Este é o primeiro disco de rock dos Paralamas, ainda que muito do som característico da banda ainda tenha lugar garantido. Depois de Cinema Mudo, O Passo do Lui (ver nos postos anteriores), Selvagem, Bora-Bora e Big Bang; onde predominavam ska, reggae e ritmos latinos, Os Grãos trazem os Paralamas mais roqueiros, (quase) sintonizados com o som grunge que dominava o hemisfério norte. Tribunal de Bar ainda traz resquícios dos trabalhos anteriores, apesar de alguns efeitos eletrônicos. O mesmo vale para a excelente Sábado, um skazão ainda carregado de sopros, mas que contém samples de Good Times Bad Times do Led Zeppelin e uma guitarra mais ardida que o de costume.
Tendo a Lua é uma das melhores baladas do Paralamas, a melancolia do Herbert (eu hoje joguei tanta coisa fora...) é muito bem acompanhada pela banda e ele parece ter encontrado o ponto certo de inserir comentários de guitarra que vão além da simples execução do ritmo. A faixa título, Os Grãos, é um pouco mais experimental, na linha da faixa que abre o disco e que viria a ser mais explorado no disco seguinte, O Rio Severino. Carro Velho que vem depois, é uma faixa que caberia muito bem em Big Bang e é a última música deste disco mais ao estilo dos anteriores.
Vai Valer é uma música linda, uma balada acústica orquestrada de forma imponente que confere um crescente a música que faz lembrar o folk dos anos 60 (ou o Refavela do Gil), uma balada hippie, melancolicamente otimista.
Trac-Trac é a versão em português da música de Fito Paez (que aparece nos vocais) e foi a música de rádio do disco. Pop-rock irresistível num estilo que os Paralamas não gravavam desde Vital e sua Moto.
A minha favorita é a próxima. O Rouxinol e a Rosa abre com um riff inspirado por Keith Richards: sujo e malandro. A guitarra com a distorção no ponto certo executa uma frase simples e sincopada, mas a música que entra em seguida é uma surpresa, um r&b gostoso pra quem se deixou se enganar pelo riff de abertura. O solo também é inspirado nos stones dos 70, com jeitão de Mick Taylor (pelo jeito Stikcy Fingers andava fazendo a cabeça do Herbert nesta época).
A Outra Rota é daquelas canções de amor tristes e arrependidas de Herbert Viana, tentando descobrir caminhos a seguir. Dainos segue com uma melancolia levemente psicodélica. As duas canções lembram que o disco é um tanto irregular, com ótimas canções e outras nem tanto. Ah, Maria! recupera o fôlego das boas canções do disco e mostra o lado mais pop e inspirado da banda. Não Adianta traz um pouco das baladas mais antigas do Paralamas (como Caleidoscópio) mas com uma produção mais bem resolvida. E o disco termina com a quase-bossa Trinta Anos, lembrando que o tempo passa, eu já não uso óculos e até mesmo o rock pode ser bom quando maduro. [MATEUS]
Vai Valer é uma música linda, uma balada acústica orquestrada de forma imponente que confere um crescente a música que faz lembrar o folk dos anos 60 (ou o Refavela do Gil), uma balada hippie, melancolicamente otimista.
Trac-Trac é a versão em português da música de Fito Paez (que aparece nos vocais) e foi a música de rádio do disco. Pop-rock irresistível num estilo que os Paralamas não gravavam desde Vital e sua Moto.
A minha favorita é a próxima. O Rouxinol e a Rosa abre com um riff inspirado por Keith Richards: sujo e malandro. A guitarra com a distorção no ponto certo executa uma frase simples e sincopada, mas a música que entra em seguida é uma surpresa, um r&b gostoso pra quem se deixou se enganar pelo riff de abertura. O solo também é inspirado nos stones dos 70, com jeitão de Mick Taylor (pelo jeito Stikcy Fingers andava fazendo a cabeça do Herbert nesta época).
A Outra Rota é daquelas canções de amor tristes e arrependidas de Herbert Viana, tentando descobrir caminhos a seguir. Dainos segue com uma melancolia levemente psicodélica. As duas canções lembram que o disco é um tanto irregular, com ótimas canções e outras nem tanto. Ah, Maria! recupera o fôlego das boas canções do disco e mostra o lado mais pop e inspirado da banda. Não Adianta traz um pouco das baladas mais antigas do Paralamas (como Caleidoscópio) mas com uma produção mais bem resolvida. E o disco termina com a quase-bossa Trinta Anos, lembrando que o tempo passa, eu já não uso óculos e até mesmo o rock pode ser bom quando maduro. [MATEUS]
quais foram as suas musicas que fizeram mais sucesso no ano de 1991 pq eu preciso fazer um trabalho e eu sei que nesse ano vcs eatavom bombano . sera que dava pra vcs mi mandarem?????
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