domingo, 19 de junho de 2011

Música para beber & brigar, Matanza

Para o Zeba, que é curioso acerca das subdivisões metal, chega a surpresa do domingo metal: o countrycore!! ;)
Uma mistura louca de uns mutcho loucos cariocas (Jimmy London, autor da lapidar "Estou cagando para os meus fãs, sou músico, não sou modelo de vida", e seus comparsas Donida nas guitarras, China no baixo e Fausto na bateria) que gostam de punk quanto de Johnny Cash e até de música irlandesa.
Pesado e divertido, ao mesmo tempo violento e mal-humorado, não é uma banda para ouvidos fracos e frescos.
Este aqui é o segundo álbum da banda, que depois disso, até hoje 2011, gravou mais 2 de inéditas e um tributo matador ao citado Johnny Cash (To hell with Johnny Cash).
Este é um dos discos que me anima muito a postar aqui, pois é uma banda muito legal e pouquíssimo conhecida.

'Pé na porta, soco na cara' já dá o tom! "e toda paciência um dia chega ao fim...essa noite vai dormir feliz"...Refrãozão, deve ser boa de começar shows.

'O último bar' já apresenta elementos country, pesadão, além do clima velho oeste.
"O último bar quando fecha de manhã
Só me lembra que não tenho aonde ir.
Bourbon tenho demais,
Mas que diferença faz se você não está aqui pra dividir?
Toda noite tem sempre alguém pra me dizer,
Que mulher que vai querer te ver assim.
Pleno festival, mulherada, carnaval e eu aqui
Com uma garrafa já no fim"

'Todo ódio da vingança de Jack Buffalo Head' começa meio instrumental, de repente dá uma acelerada e atropela.
"Meio dia pego o trem
que dessa cidade eu ja cansei
Todas puta ja comi
o que tinha de roubar eu ja roubei
Quem vai me dizer se eu to errado
se eu to vivo muito bem e não tem pra ninguem
Quem tentou me segurar pro inferno mandei
Procurado vivo ou morto
no retrato até que eu fiquei bem"

'Maldito hippie sujo' é mais pesadona e cadenciada com um riff bacana de guitarra pesada. E polêmica, ou engraçada se vc ouve como piada.

'Bota com buraco de bala' é um quase romântica, meio rock'n'roll acelerado, com um slide muito legal.
"Eu sei que ela me ama, e eu vivo só por isso, mas não é exatamente um paraiso.
Com ela eu não discuto é sempre sim senhora, e quando fica puta pega as coisas e vai embora.
E não há nada que eu diga, não há nada que eu peça, com essa vagabunda eu não consigo ter um pingo de conversa.
E só o que sobrou foi um buraco de bala"

'Taberneira, traga o gim' dá uma desacelerada, mas mantem o nível alcoólico...aquele efeito conhecidíssimo "que fica a cada drink mais bonita".

'Interceptor v-6' fala sobre carro, tema comum no rock'n'rol, no caso um Diplomata, "nem o demônio eu vi bebendo tanta gasolina". Punk acelerado. Tem um fim falso surpresa.

'Busted' é uma versão de uma música do Cash, bem de leve, aquele ritmo de valsa country. Porra, eu não queria gostar de algo como Johnny Cash, mas eu adoro. Mais ainda no vozeirão original.

E aí vem de volta a porradaria na sensacional 'Bom é quando faz mal'!
"20 caixas de cerveja
um barril de puro whisky
Quilos de carne vermelha
Fique longe não se arrisque
Não importa onde esteja
E sempre onde tem mais barulho, maior cheiro de bagulho
Disso eu me orgulho
Vai saber o que é normal?
E só que eu posso lhe dizer:bom e quando faz mal!
Conseqüência qualquer coisa traz
Quando é bom nunca e demais
E se faz bem ou mal tanto faz, tanto faz, tanto faz..."

'Pandemonium' começa com um trovão e depois vem a guitarra com um riff punk aceleradíssimo, contando uma história de bebida, assassinato e ressaca...No meio dá aquela quebrada cadenciada meio heavy pro solo simples e eficiente.

'Quando bebe desse jeito', countrycore acelerado com slide country sinuoso e banjo discreto, é auto-explicativa, né? Mas de qualquer jeito segue um pouco mais da letra:
"Segunda-feira, dia do bebum profissional
Mal a noite cai, já vai cair no mal
Nunca vai faltar um bom motivo pra quem quer se divertir
Não precisa de momento nem de ocasião
Todo dia é dia, é só chamar que vai
Tudo que não presta, certamente, deixa a vida mais feliz"

'Matarei', mais do mesmo estilo divertido, um pouco mais metal pé-na-porta, boa pra roda de pogo ao vivo!

Pra terminar a grossa balada country acelerada 'Bebe, arrota e peida'. Minha filha adorava essa música quando era menorzinha, mas em geral não faz muito sucesso com o público feminino, claro, ainda mais com essa letra:
"Chega já pedindo a saideira
Mais é saideira uma atrás da outra
e assim lá pela décima terceira
Já tá trocando o nome da garota
Não vá não, fique por aqui
Você não tem nenhuma condição de dirigir
Não consegue se manter de pé
Bebe, arrota e peida bem na frente da mulher"
IIIIHAAAAAAAA!!!!

Quem sabe uma hora o Tarantino não descobre os caras.

2 comentários:

  1. Pô Dão, a garota é bem totozina, não? O detalhe do cara esborrachado no balcão é maravilho. Mandou bem, V. Sra. ZEBA.

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  2. Disco divertido, vc vai gostar! (Dão)

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