domingo, 19 de junho de 2011





Após tantas caveiras, crucifixos inversos e bizarrices satânicas do glorioso Dão, me julgo na obrigação de tomar uma atitude controversa no sentido contrário.




ROUPA NOVA! Sim senhores! tratando-se de 1001 possibilidades, apenas antecipo a tragédia!




O que falar do grupo (banda seria forçar a amizade)? Quais informações seriam realmente relevantes? Que o baterista Serginho foi detentor de um dos mullets mais representativos do cenário musical? mullet que, imagino, deve ter causado despeito até no Paulo Ricardo. Que o líder, o Paulinho, se destacou mais por ter sido marido da Gretchen, num casamento mais conturbado que o de Erasmo e Narinha?




Não necessariamente.




O fato é que quem aqui já passou dos 40 deve se lembrar do repertório meigo, fofinho dos caras. Tanto é verdade, que o nome dos seus principais integrante está no diminutivo, mais apropriado para monitores de crianças em pousadas do circuito das águas aqui de São Paulo.




E, realmente, a criançada da época - eu incluso - se identificava com suas músicas pouco indicadas para diabéticos.




Esse disco é o que há de mais representativo dos caras.




É de 1985, época em que eu só podia contar com uns gatos pingados nerds leais para um jogo de botão, war ou bets. Garotas, nem pensar, naturalmente.




Mas podia contar também com:




"Show de rock'n roll" clássico inapelável deles. O equivalente a Detalhes do Robertão.




"Tão Rica" com um indisfarçável xilofone tipo hering e uma bateria absolutamente trivial. Uma beleza!




"Dona". É até desnecessário apontar que foi o tema musical de viúva Porcina no Roque Santeiro. E isso bem antes de Regina Duarte se tornar a medrozinha do Brasil. Aqui preciso me expor e confessar que a achava uma delícia, a viúva, quero dizer.




"Feito pra sonhar" é totalmente constrangedora. Começa reproduzindo uma conversinha languida, realmente cafona. O ambiente é de uma festa, com copos, som ambiente e coisas que taís. Ainda hoje não me conformo de ter gostado disso.




Com "Linda demais" creio que eles pretendiam uma coisa grandiosa, apoteótica. Só isso explica o arranjo naquele crescente. Naturalmente, fracassaram miseravelmente. Mas virou história entre nós despossuídos de garotas.




"Corações Psicodélicos" é uma regravação de uma música consagrada do Lobão, se não me engano. Começa com uma coisa coral, úuuuuuuhhhh, uma bossa nova réba que só ficou na intenção.



E, por último, "Seguindo no trem azul". É o caso de parar por aqui essa indicação. Essa música demanda comentários coletivo. É um absoluto despropósito! Nunca deixei de associar esse música com a "fã nº 1" do Guilherme Arantes. Tem um momento em que o cara fala que não faz mal não ser compositor. FAZ MAL SIM! a prova é a própria música.




Enfim, ouso dizer que esse disco inaugura o espaço "de tão ruim, são bons"




ZEBA




ET. E aí Mateus, dessa vez falei do disco?
















3 comentários:

  1. Genial, Zeba! e eu gosto de Roupa Nova tb, mas minha coletânea não tem 'Dona', falha total...(Dão)

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  2. Caiu a bomba atômica, finalmente!!!! Está de parabéns Zeba, a resenha ficou um primor, mesmo tendo falado do disco... [M]

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