quinta-feira, 23 de outubro de 2008

Não é coletânea não!!!!!! (Pai Herói - 1979)




A última novela que acompanhei com certo prazer foi “a última vítima”. Poxa, isso já faz tempo! Esta indicação é de uma novela de 1979, há mais tempo ainda.

É do tempo em que as trilhas sonoras das novelas não vinham com atores estampando as capas. É do tempo de Janete Clair. Não é preciso dizer mais sobre a novela propriamente dita.

É do tempo que os discos anuais do Roberto Carlos eram ansiosamente aguardados...e valiam a espera. Mas estou digredindo.

Mas, é do tempo em que as seleções musicais eram realmente ótimas. Esse disco é um exemplo.

Imagino que todos aqui que tenham mais ou menos a mesma idade viam os pais, religiosamente, comprarem não só as trilhas sonoras nacionais, como as internacionais das novelas. Sempre uma delícia!

“Pai” e “14 anos” são as melhores músicas do repertório de Fábio Jr e Guilherme Arantes, respectivamente. Singularmente autorais; ímpares. Sem pensar muito não consigo indicar outras tão boas na mesma linha.

“Homem Calado” é triste de doer. Linda. Música tema do personagem de Dionizio Azevedo.

“Pode Esperar” e “Meu Drama” sambas indispensáveis em qualquer discoteca básica sobre o ritmo.

Era com “Passarinho” que eu tentava fazer Nana voltar a dormir nas madrugadas insones de novo pai. Não tendo nem sombra do talento de Beth Carvalho, as tentativas não eram tão bem sucedidas.

“Espírito Esportivo” é uma das músicas mais deliciosas que conheci. A relação entre futebol e os riscos do amor é sensacional.

Mais umas três ou quatro trilhas de novelas não fariam feio por aqui. Mas Pai Herói tem que ser a primeira e ponto final.

Ah. Um comentário final: para os que, como eu, tem severas restrições a coletâneas, defendo que trilhas musicais não se enquadram na espécie. Possuem uma história, um começo, meio e fim.

(ZEBA)

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