quarta-feira, 24 de setembro de 2008

Meu nome é Gal! (Gal Tropical - Gal Costa - 1979)

Se esse disco só tivesse Samba Rasgado e Noites Cariocas já seria motivo suficiente para estar nesta lista. Se. Por que Gal Tropical de 79 começa arrebentando com essas duas canções maravilhosas e continua sem perder o rebolado noite adentro... O clássico deste disco é Balancê, que tocou até furar o disco naqueles tempos, mas Gal Tropical vai muito além de Balancê... Até onde ela é melodramática, em Índia, Força Estranha, Dez Anos, Olha e, principalmente, em Juventude Transviada; ela simplesmente arrebenta. Completam o disco releituras da Preta do Acarajé (de Caymmi) e de Meu Nome é Gal (de Roberto e Erasmo), gravados em álbuns anteriores da Gal; a Estrada do Sol e o Bater do Tambor. A seleção dos compositores, sempre muito criteriosa, inclui além dos já citados: Caetano Veloso, Tom Jobim, Jacob do Bandolim... Na banda, uma curiosidade: o guitarrista era Robertinho do Recife (metaaaaaaaall!, ver post anteriores), que faz um dueto com a cantora em Meu Nome é Ga-a-aal... Talvez tenha sido o último grande disco da Gal, infelizmente. Mas se foi uma despedida, foi simplesmente impecável. [MATEUS]

4 comentários:

  1. Quando indiquei o Gal canta Caymmy, este estava na outra mão.

    Noites Cariocas tem uma beleza gramatical...o vocabulário é incomum, fora de série. Lembro de ser a única da Gal que indiquei naquela lista de musica nacionais que construimos todos.

    Mas, gostaria de destacar - um pouco mais - a "preta do acarajé". O clima sombrio às "dez horas da noita, na rua deserta" com "a preta mercando, parece um lamento", dá pra cortar com uma faca. Sempre começo o disco com essa.

    Sem contar que a Gal conseguiu a façanha de interpretar uma do RC melhor que o próprio. (para quem é fã do homem é difícil reconhecer). (ZEBA)

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  2. O que tenho a dizer é que esse é o disco que mais exprime a brasilidade total que eu já vi. Não sei se é saudosismo meu. Gal Costa nunca mais fez outro disco assim depois deste, não sei por quê. Estava hiperinspirada mesmo na escolha do repertório. Até as duas músicas do Roberto e do Erasmo são mesmo de abafar qualquer um. Aliás, esse disco abafa todos ou quase todos de Roberto Carlos (perdoem-me os fãs do cara...). Abafa até muitos do Erasmo, e olha que sempre considerei Erasmo muito superior ao Roberto em tudo.
    No mais, autêntico samba, frevo de rasgar, bolero sem breguice alguma, e recriação de canções que nunca mais serão feitas hoje em dia. Gal Tropical é o passado e o futuro da MPB, e ainda é mais além disso. É a síntese da MPB velha e nova da época de 1979, e mesmo hoje não nada igual a esse disco ainda. E será muito, mas muito difícil haver, por mais gente boa que exista hoje fazendo boa música. Nota 10, mas 10 em tudo!

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  3. Eu amo O Caras & Bocas de 1977 onde A Gal mostra o seu lado jazz, Mas sou apaixonado mesmo pelo inesquecível Gal Tropical! E olhe que eu nessa época só tinha 14 anos mas quando os agudos de Meu nome é Gal soava no toca disco era de arrepiar de tamanha perfeição vocal e ainda lembro com precisão quando o Sidney Moreira fez a reportagem desse show ainda no Jornal Nacional que foi estreado no dia 11 de fevereiro no teatro dos Quatro no Rio de Janeiro e foi uma noite esplendorosa! De luxo Só! E aproveitando aqui para fazer um comentário contra a resmasterização que a Sony fez no cd desse disco que uma verdadeira catástrofe, o som é bastante abafado nem si compara a perfeição do vinil e claro que ouvir de cd é bem melhor sem duvida mas essa tal remasterizaçao irresponsável que a gravadora está fazendo minha nota é 0.
    Um abraço ao povo de boa cultura.

    Marcos Antonio

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  4. Este disco da Gal é realmente muito bom.o de 81 e 92 também são ótimos,além do "Profana".

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