quarta-feira, 3 de setembro de 2008

Roqueiro brasileiro sempre teve cara de bandido? (Rita Lee - 1980)

Esse disco de 1980 intitulado "apenas" Rita Lee, segue na mesma linha do disco homônimo de 1979. É muito difícil dizer qual é o melhor dos dois (eu pendo um pouco mais pra este por razões estritamente pessoais). Rita e Roberto estão no auge da forma com muito rock'n'roll, balada, pop e música de festa. Eles inauguram o pop brasileiro da década de 80, sem perder as raízes roqueiras da rainha.
Lança Perfume está no inconsciente de qualquer um que tivesse mais de 10 anos em 1980;
Bem-me-quer é rock'n'roll no melhor estilo, e a letra é sensacional. Destaque para a guitarra fuzz de Roberto;
Baila Comigo foi "a" balada de 1980 (se não me engano emplacou em alguma novela também);
Shangri-lá é outra balada. Bem lenta, a instrumentação aqui é bem econômica, uma levada de ovation acompanhada por teclado (e voz, of course). No final entram, suaves, percussão e baixo.
Caso Sério é um bolerão que tem a ginga emprestada a dupla por Roberto e a sensualidade que se tornou a marca de Rita Lee;
Nem Luxo Nem Lixo, como Chega Mais (de 79), começa com um super riff de metais. Marina Lima regravou uma versão legal na virada do milênio, mas esta aqui ainda é campeã, com direito a acordeom e tudo mais;
João Ninguém é um reggae(?) no melhor estilo A Cor-do-Som. A letra conta a história de João Ninguém, "sem talento pra ser feliz, milionário por vocação", lembrando seus tempos de cronista com os mutantes. E o disco termina botando pra quebrar com Ôrra Meu!, puta roquenrou stoniano pra lembrar a galera que ali estava a guerrilheira-forasteira Rita Lee.
[MATEUS]

2 comentários:

  1. Realmente esse disco é ótimo."Baila comigo" foi tema-prefixo de uma novela homônima(versão instrumental).

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