terça-feira, 10 de maio de 2011

Continuando a saga Sepultura



Beneath the remains


Aqui começa uma seqüência de grandes discos do Sepultura. Depois do excelente 'Schizofrenia' a banda ganhou respeito e pode gravar um disco com mais condições, depois de uma semana de negociação do Max Cavalera com a gravadora Roadrunner em Nova Iorque, com orçamento inicial de US$8.000, que depois dobrou...

Foi contratado como produtor Scott Burns, que já havia trabalhado com bandas de metal extremo na Flórida (Obituary, Death, Morbid Angel), uma escolha certeira para a originalidade e sonoridade brilhante do disco.

O disco conta mais uma vez com os sintetizadores eventuais do amigo de BH Henrique Portugal (Skank).


Começando com a faixa título, que inicia com um dedilhado limpo e vozes fantasmagóricas, seguindo em frente depois com riffs acelerados e a voz bruta de Max, além de várias mudanças de ritmo, característica marcante da banda.

A segunda faixa, 'Inner self', teve até video na MTV, com cenas de skate e a banda numa produção tosca. A música se tornou um hit da banda, sempre cantada pela massa metaleira. Tem até uma passagem estranha no meio, com uma parte dedilhada e a voz falada.

'Stronger than hate' vem em seguida com força e rapidez, com um tapping de baixo no final.

'Mass hypnosis', mais uma letra excelente da banda que melhorava muito os temas, fugindo do satanismo/anarquismo primitivo anterior. Também sempre cantada pela galera, teve um video ao vivo que rolava às vezes, tirado de um show gratuito que a banda deu em sampa, novo lar dos mineiros. Um solo muito legal e uma bateria matadora no break pós-solo, com mais um dedilhado muito legal.

Foi após esse disco que os vi pela primeira vez no Circo Voador-RJ, me impressionou o som nítido e as variações de dinâmicas. A banda começava a ficar grande e extremamente profissional.

'Sarcastic existence' começa com a bateria com bumbo duplo e a massa sonora aparece na seqüência.

'Slaves of pain' mantem o pique e a bateção de cabeça continua, até a hérnia cervical chegar...idade é foda.

'Lobotomy' é mais do mesmo, o que não chega a ser ruim, mas o estilo faz com que as músicas não sejam muito diferentes entre si, mesmo com muitas mudanças durante a música.

'Hungry' também é bem legal e mais uma do estilo 'muitas mudanças, que música é essa mesmo?'.

'Primitive future' encerra muito bem o álbum, com um dos melhores vocais (pra quem gosta do estilo) do Max.


A reedição de 1997 traz mais 3 músicas, sendo 2 versões 'drum tracks' (Inner self & Mass hipnosys) e o cover dos Mutantes 'A hora e a vez do cabelo crescer', cantada aqui em inglês. Esse cover saiu originalmente no disco Sanguinho novo, um tributo ao Arnaldo Baptista, e, se não me engano, nesse disco era cantada em português. Se alguém tiver isso, aliás, é um bom disco pra ser postado aqui!

2 comentários:

  1. Afffff maria! mais um metal, zeba, está na hora de agir!... [M]

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  2. É verdade. Mas adorei o " bandas de metal extremo".

    Dão, duas indagação, uma séria e outra nem tanto: 1. quais as demais variações do estilo metal? 2. é possível encontrar um disco de metal extremo com a capa ilustrada com uma daquelas fotos familiares oficiais de festa infantil em buffet?

    ZEBA

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