terça-feira, 17 de abril de 2012

Sexo!! , Ultraje a Rigor




Como a Andrea sugeriu, vamos botar fogo no blog!




Comecei a fazer esse post e fui conferir, porra, será que não tem este álbum no blog, porraaaaa? Não tinha, mas é indispensável.




Claro que, em comparação com o primeiro, qualquer disco pareceria menor, mas este aqui é muito bom, diria excelente, e ainda tem 3 das melhores músicas nacionais dos anos 80!




Não acerta em todas, ou quase todas como o primeiro, dando umas derrapadas feias, mas o saldo é muito positivo.




Eu gosto de mulher é um maravilhoso início pra qualquer disco ou show, machista e divertida, mas não homofóbica, roqueira e festeira, animada e acelerada!




Dênis, o que você quer ser quando crescer? Pergunta de pai ou de professor, chata e geradora de ansiedade, principalmente para crianças ou jovens hiper-ativos, eu falo por exteriência própria...mas a música é legal, com muita guitarras legais e aquela letra sempre inteligente do Roger.




Em terceiro lugar, Terceiro, a música predileta do Zeba ou do Zedu, não tenho certeza. Mas um hino do espírito brazuca, ao lado de Inútil, Que país é esse, Até quando esperar, etc e tal. Por que se esforçar? Meritocracia não é pra latinos católicos, né, Weber, Xampu e Roger? Ou não? Voltemos à música, que é muito legal, com batida new wave tipo Rebelde sem causa, mas desacelerada, guitarras surf da melhor qualidade, refrão popular e até um solo de baixo no finalzinho, normalmente cortado pelas rádios fm da época...




Aí chega a primeira derrapada, A festa, uma música chata e arrastada, lenta e entediante, que nunca chega a lugar nenhum. Só salva um solo metal lá no meio, mas que soa meio deslocado na música meio Jovem Guarda (?). A letra é quase boa, sobre aquela onda adolescente de ensaiar o que fazer na festa, o que falar pra gatinha, essas coisas, que na prática nunca funcionam. FAIL...




E a segunda derrapada é logo na seqüência, Prisioneiro, o único heavy metal do grupo. É engraçado que se vc procurar resenhas por aí, principalmente em sites mais metal, tem pessoas que dizem que o grupo poderia ter ficado mais pesado, que o baixista Maurício Defendi (que canta essa música) saiu porque queria justamente isso e bla bla bla...mas a música é uma merda. E olha que gosto de metal, mas ainda bem que o Ultraje se manteve Ultraje.


Vá lá, a letra é inteligente e crítica e realista, mas isso é o mínimo pro Roger:


"Prisioneiro, prisioneiro, prisioneiro não


Se você me pegar eu vou chamar meu irmão
Com tanta gente roubando ninguém vai me pegar


Sigo tranqüilo no meio ninguém vai me dedar


Vivo bem com o tráfico e com a corrupção


Se o negócio sujar é só tomar um avião (...)


Duvido que um dia isso possa mudar


Tem prá todos ninguém irá tentar


Me tirar o apoio e a posição


Me colocar enfim numa prisão (...)”




Essa música e a anterior são as últimas participações do guitarrista solo Carlos Bartolini (Carlinhos) com a banda, tendo ele ido pra Califórnia eu acho, pra estudar produção musical e engenharia de som, se não me engano.


No seu lugar, ou melhor, no lado B, entrou o também excelente Sérgio Serra.


O Ultraje é, em grande parte, Roger Moreira, pelas letras e concepção do grupo, mas por outro lado, o excelente som de guitarras dos dois primeiros discos deve muito a esses dois guitarristas, era realmente muito superior a tudo que se ouvia de guitarra no Brock. Aliás, a tudo que se tinha gravado de guitarra antes. Com ressalvas para as guitarras limpas do Lulu e dos Paralamas.




Começando o lado B, Sexo, sensacional, crítica e ácida, divertida e inteligente, dinâmica com partes só com baixo e bateria, barulinhos de guitarra, backing vocais u u uuuu, letra genial, até solo de flauta do Roger tem! Solo de guitarra matador no final.




Pelado é toda genial! Solo marcante de poucas notas, rock'n'roll animado de poucos (e bons) acordes, vocaizinhos divertidos e harmonizados, mais um solo veloz no meio e aquele final só com baixo (by Liminha) e bateria pronto pro strip tease...


"Que legal nós dois pelados aqui


Que nem me conheceram o dia que eu nasci


Que nem no banho, por baixo da etiqueta


É sempre tudo igual, o curioso e a xerêta


Que gostoso, sem disfarce, sem frescura, sem fantasia


Que nem seu pai, sua mãe,seu avô,sua tia


Proibido pela censura, o decôro e a moral


Liberado e praticado pelo gosto geral


Pelado todo mundo gosta, todo mundo quer


A é? É


Pelado todo mundo fica, todo mundo é


Pelado, pelado, nú com a mão no bolso


Indecente é você ter que ficar despido de cultura


Dai não tem jeito quando a coisa fica dura


Sem roupa, sem saúde, sem casa, tudo é tão imoral


A barriga pelada é que é a vergonha nacional"




Ponto de ônibus é legalzinha, diminuída pela anteriores, bons vocais, com guitarras bem sacadas e arranjadas diferentemente.


"Ônibus? Nããããããããããooooo...


Quando eu tiver dinheiro eu prometo que eu só vou andar de táááááxi


O que que eu tô fazendo aqui?"






Maximillian Sheldon, é meio mistura de surf music, trilhas de filmes (com referência a Agente 86, acho que é o nome do cara) e guitarras reggae, inclusive com solo de bateria do João Barone, muito legal, backing vocais fantasmagóricos, letra mediana e meio nonsense, o Roger tem crédito sobrando...




A última, Will Robinson e seus robots é quase uma instrumental, só com umas falas referentes ao seriado Perdidos no espaço 'perigo perigo' e 'cuidaaado'. Diferente. Edgar Scandurra faz guitarra base e solo!




(Dão)

Um comentário:

  1. TERCEIRO e PORRADA (titãs) são as musicas mais divertidas deste período. Toda vez que escuto não consigo deixar de rir! (ZEBA)

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