Tenha em mente que trata-se de um disco do Erasmo Carlos. Isso ninguém pode tirar dele. É o Tremendão, dá um close nele. Como na história do copo com água pela metade, falta muita coisa aqui, mas é possível olhar para a parte cheia do copo. Dito isso, o nome não mente: é um disco de rock and roll honesto e coeso, tanto quanto possível para quem está no ramo musical já há tanto tempo, e transitou pelos mais diversos ritmos. Diria que com a chegada furacônica da Tropicália que catalisou o som dos baianos, dos Mutantes, e o rock tupiniquim que viria a se firmar na década de 70, Raul, Rita, Secos e Molhados e bandas mais ou menos obscuras, o pessoal pioneiro da jovem guarda foi colocado pra escanteio e acabou encontrando um nicho acolhedor na chamada “música brega”. Se foi bom ou ruim não vem ao caso. Aconteceu e pronto.
Pra quem conhece a fase psicodélica do Ronnie Von e também do Tremendão (e o baiano tem que postar este disco, que é maravilhoso!) é um alívio tê-lo de volta. Em grande estilo, ele trouxe Liminha para produzir o disco que trouxe Dadi (o time que fez o Hein? da Ana Cañas que gostaríamos de ver em breve por aqui, postado pela musa do blogue), com quem divide guitarras e baixo (entre alguns convidados eventuais) e o baterista das antigas Cesinha. Os timbres são todos setentistas, a escolha dos instrumentos, amplificação e ambientação foi cuidadosa e o resultado é ótimo. Erasmo divide as composições com diversos parceiros, entre eles o próprio Liminha, Nelson Motta, Chico Amaral (do Skank e não “o prefeito ideal”) e Nando Reis (uma música boa e outra decepcionante).
O fato é que você não vai encontrar aqui canções que possam aparecer no especial de final de ano do outro Carlos, o Roberto. Dentro da medida do possível, até mesmo as baladas são um pouco mais agressivas do que o que se espera do Grande Tremendo, e predomina no disco, de fato, Rock. A música brasileira costuma ser muito apoiada nas letras, mas, se você relevar este fato e gostar do bom (e velho, bem velho) rock and roll... [M]
Pra quem conhece a fase psicodélica do Ronnie Von e também do Tremendão (e o baiano tem que postar este disco, que é maravilhoso!) é um alívio tê-lo de volta. Em grande estilo, ele trouxe Liminha para produzir o disco que trouxe Dadi (o time que fez o Hein? da Ana Cañas que gostaríamos de ver em breve por aqui, postado pela musa do blogue), com quem divide guitarras e baixo (entre alguns convidados eventuais) e o baterista das antigas Cesinha. Os timbres são todos setentistas, a escolha dos instrumentos, amplificação e ambientação foi cuidadosa e o resultado é ótimo. Erasmo divide as composições com diversos parceiros, entre eles o próprio Liminha, Nelson Motta, Chico Amaral (do Skank e não “o prefeito ideal”) e Nando Reis (uma música boa e outra decepcionante).
O fato é que você não vai encontrar aqui canções que possam aparecer no especial de final de ano do outro Carlos, o Roberto. Dentro da medida do possível, até mesmo as baladas são um pouco mais agressivas do que o que se espera do Grande Tremendo, e predomina no disco, de fato, Rock. A música brasileira costuma ser muito apoiada nas letras, mas, se você relevar este fato e gostar do bom (e velho, bem velho) rock and roll... [M]
ps: o disco foi dica do Dão, o rei da tolerância elástica...
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