sábado, 11 de dezembro de 2010
O Canto do Cisne da Gal
Já indiquei aqui alguma coisa do Roberto Carlos, que tem como destaque em sua trajetória a sua acentuada decadência. Gênio autêntico em minha opinião, mas que imagino ter uma montanha de contas e compromissos a saldar. Só isso justifica continuar do jeito que anda.
O mesmo vale para o Titãs...e para a Gal.
Em algum momento tiveram uma chance de ouro para parar, jogar toalha e curtir seus netos ou bichinhos de estimação em paz. Comprar brinquedos pra sobrinhos ou jaquetinhas pra poodles era o que poderiam estar fazendo já há algum tempo.
Mas não! deram uma de Rocky Balboa e insistiram. Lástima.
Tudo isso para indicar o MINA D'ÁGUA DO MEU CANTO.
Diz uma antiga crença que o cisne-branco é mudo durante toda a sua vida, mas pode cantar uma bela e triste canção imediatamente antes de morrer.
Esse disco foi o canto do cisne da Gal. Naturalmente ninguém aqui tá matando a moça, por óbvio.
Disco de 1995 realmente bom. Somente com musicas de Chico e Caetano. E musicas escolhidas a dedo!
Só para ficar numa única indicação de cada um: Desalento e Milagres do Povo. As demais seguem o mesmo padrão.
Sempre acreditei que atingir o seu melhor tão cedo acaba se tornando uma maldição. Gal fez o seu "Gal Canta Caymmi - 1976" e "Gal Tropical - 1979". Ok, maravilhosos, indispensáveis mesmo. O problema é o "Gal a Todo Vapor - 1971". Simplesmente não dava para fazer coisa melhor! Já em 1971 a moça iniciou sua queda. Claro! quem não desejaria uma queda nestes termos...mas...
O "MINA D'ÁGUA DO MEU CANTO" apenas findou o processo de forma elegante. Depois dele deixei de me preocupar com a Gal.
ZEBA
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Primeira pessoa que escreve sobre música, que eu conheço, que pensa assim.Também concordo,acho que cantor e compositor são como atleta ,deviam parar no auge
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