tag:blogger.com,1999:blog-12338354188640944462024-02-19T13:08:41.687-03:001001 Discos BrasileirosNão precisa nem explicar, né? Os gringos lançaram aquele livrão bacana, bom de deixar do lado do trono pra gente receber nossa dose diária de leitura musical. Essa é a versão nacional, feita por gente que entende, por uns que não entendem bulhufas, mas sem dúvida por gente que ama visceralmente a música. E aí, sabe como é, a gente fica inventando essas coisas só pra ter um motivo pra passar mais tempo curtindo um sonzinho bacana.Dãohttp://www.blogger.com/profile/00692177805712075182noreply@blogger.comBlogger269125tag:blogger.com,1999:blog-1233835418864094446.post-2684157988300665882017-07-30T15:01:00.003-03:002017-07-30T18:54:50.349-03:00Francisco, el hombre - Soltasbruxa<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgdtP03Wr5W4VXvXYevRlGQzg9QLLEtASGAiZGaj0fb-c1wTMcvdlfb_A8JTtU18nSfHW9o9EVLbHIfmsYf56ZLP09ywtYxY2nsZIIOGVOxi1pBfUhETn0Y5E5Vwu3nM21_SYQJj6TiLOu5/s1600/francisco-el-hombre-soltasbruxa-capa.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="550" data-original-width="550" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgdtP03Wr5W4VXvXYevRlGQzg9QLLEtASGAiZGaj0fb-c1wTMcvdlfb_A8JTtU18nSfHW9o9EVLbHIfmsYf56ZLP09ywtYxY2nsZIIOGVOxi1pBfUhETn0Y5E5Vwu3nM21_SYQJj6TiLOu5/s320/francisco-el-hombre-soltasbruxa-capa.jpg" width="320" /></a></div>
<div style="margin: 0px 0px 13px; text-align: justify;">
<span style="font-family: "calibri";"><br /></span></div>
<div style="margin: 0px 0px 13px; text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;">Nesse ano realizei um velho
desejo de conhecer o Psicodália, um festival de música independente que ocorre durante
o carnaval em uma fazenda em Rio Negrinho (SC). No meio daquele ambiente de
paz, amor, respeito mútuo e diversidade, um grupo até então desconhecido para mim, se
destacou não apenas com suas músicas, mas também pela energia no palco e total
empatia com o espírito reinante no Festival: Francisco, el hombre.</span></div>
<div style="margin: 0px 0px 13px; text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;">Formado pelos irmãos
mexicanos-brasileiros Sebastian Piracés-Ugarte (bateria e voz) e Mateo
Piracés-Ugarte (violão e voz), Juliana Strassacapa (vocal e percussão), Rafael
Gomes (baixo) e Andrei Kozyreff (guitarra), Francisco, el hombre se formou quando
esses amigos decidiram botar o pé na estrada e saíram para “<i style="mso-bidi-font-style: normal;">viajar e tocar, tocar e viajar. E assim
passaram um bom tempo, tocando em todo tipo de lugar, de praça a hostel, de bar
a restaurante, passando o chapéu em troca de um prato de comida, de uma noite
de hospedagem, de duas noites de hospedagem e, quando tinham muita sorte, três
noites de hospedagem</i>” [1].</span></div>
<div style="margin: 0px 0px 13px; text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;">Com a vivência que adquiriram
nessa viagem, quando voltaram gravaram um disco com novas músicas. E foi assim
que nasceu Soltasbruxa. Mesmo em época de streaming, fiz questão de comprar o
disco em um dos show (acho legal manter esse hábito, principalmente com bandas
novas). E definitivamente esse disco faz por merecer (e muito) entrar nesse
blog.</span></div>
<i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="font-family: inherit;">Vejo que a chuva de fogo está por cair;</span></i><br />
<i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="font-family: inherit;">E ela vai cair</span></i><br />
<i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="font-family: inherit;">Cai;</span></i><br />
<i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="font-family: inherit;">Leva tudo que é vil pra bem longe daqui</span></i><br />
<i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="font-family: inherit;">Quebra essa porta, corta essa corda e fuja
daqui</span></i><br />
<i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="font-family: "calibri";"><span style="font-family: inherit;">Isso é real (isso é real)<span style="margin: 0px;"> </span></span></span></i><br />
<span style="font-family: inherit;"></span><br />
<div style="margin: 0px 0px 13px; text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;"><span style="font-family: "calibri";">O disco abre com a canção que dá
nome ao disco: “SoltasBruxa”, que funciona muito bem como um cartão de visita
para o que vem em seguida: “Calor da Rua”, uma música forte e que está entre as
minhas prediletas. Com uma letra contundente em relação à violência contra a
mulher (ou até mesmo contra a sociedade), tem um clipe muito bem produzido: <a href="https://www.youtube.com/watch?v=uFQ4WqcItJc">https://www.youtube.com/watch?v=uFQ4WqcItJc</a></span><span style="font-family: "calibri";">. Em
uma entrevista, Gomes (o baixista da banda) ressaltou o tom premonitório, já
que foi composta antes do país virar essa grande zona no meio do calor. <span style="margin: 0px;"> </span></span></span></div>
<div style="margin: 0px 0px 13px; text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;">“Bolsonada” é uma espécie de
grito contra aquele sujeito que nem vale a pena citar o nome. Como disse Sebástian
em uma gravação, uma música “dedicada a todos os peixes grandes que nós, peixes
pequeno juntos, podemos engolir”. Trata-se da melhor resposta ao fascismo que
esse cara representa e, como cereja do bolo, conta ainda com a participação maravilhosa
da Liniker.</span></div>
<i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="font-family: inherit;">(...)El frio que se vá y llega la primavera</span></i><br />
<div align="justify">
<i><br /></i></div>
<span style="font-family: "calibri";"><span style="font-family: inherit;">Depois de jogar purpurina em cima
daquele cara escroto em “Bolsonada”, nada melhor do que identificar que nesse
furacão há muito mais além do que se pode ver. “Primavera”, pelo menos na minha
leitura pessoal, aborda bem o espírito de integração latino-americana que eles
carregam, com uma letra de esperança cantada partes em português, partes em
espanhol. O clipe, lançado recentemente, é outra obra-prima gravada em Cuba: <a href="https://www.youtube.com/watch?v=uFQ4WqcItJc">https://www.youtube.com/watch?v=uFQ4WqcItJc</a></span></span><br />
<span style="font-family: inherit;"></span><br />
<div style="margin: 0px 0px 13px; text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;">“Não Vou Descansar” é música sem
instrumentos (vocais e palmas) que traz consigo a veia política e cultural. Nos
shows, costumam terminar essa canção trocando a parte final - <i style="mso-bidi-font-style: normal;">não vou descansar, canto e sempre vou canta</i>r
- por - <i style="mso-bidi-font-style: normal;">não vou descansar até o Temer
derrubar</i>. Que assim seja.</span></div>
<span style="font-family: inherit;"></span><br />
<div style="margin: 0px 0px 13px; text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;"><span style="font-family: inherit;"><span style="font-family: "calibri";">“Triste Louca ou Má” é um
capítulo à parte. Trata-se de uma canção belíssima sobre empoderamento feminino
(para resumir, já que muito mais poderia ser dito sobre a letra) na qual se
destaca a voz maravilhosa da Juliana Strassacapa. O clipe dessa canção também
merece ser apreciado: gravado com um balé cubano em uma casa antiga (<a href="https://www.youtube.com/watch?v=lKmYTHgBNoE">https://www.youtube.com/watch?v=lKmYTHgBNoE</a>)</span><span style="font-family: "calibri";">. O disco
Soltasbruxa é dedicado à memória da Bárbara Rosa, backing vocal da banda da
Liniker, que deveria estar presente nessa gravação (e de certa forma está, como
eles ressaltam no encarte).</span></span></span></div>
<div style="margin: 0px 0px 13px; text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;">“Tá com Dólar, tá com Deus” vem
em ritmo de carnaval. Com uma letra bem humorada, trata-se de uma música perfeita
para cantar em blocos. </span></div>
<i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="font-family: inherit;">Somos humanos ou máquinas</span></i><br />
<i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="font-family: inherit;">Animais ou máquinas</span></i><br />
<i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="font-family: inherit;">Somos humanos ou máquinas</span></i><br />
<i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="font-family: inherit;">Não me enferruja a chuvaiaiá</span></i><br />
<span style="font-family: inherit;"></span><br />
<div style="margin: 0px 0px 13px; text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;">“Como una Flor” é outro destaque
bilingue (espanhol e português) que termina com a perfeita sobreposição de
vozes do coro com a da Juliana Strassacapa. Escutem! </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "calibri";"><span style="font-family: inherit;"><span style="font-family: inherit;">“Sincero”, a música seguinte, é a
minha preferida HOJE (amanhã pode ser outra). A letra é mais densa, pesada, e
que na versão original do disco nos que remete a ritmo latino. Como essa versão
não combina com o ritmo alucinante que imprimem a seus shows, eles gravaram ao
ivo mais recentemente de forma muito mais acelerada. Assistam essa versão: <a href="https://www.youtube.com/watch?v=ES34TrMLTtU">https://www.youtube.com/watch?v=ES34TrMLTtU</a></span></span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<span style="font-family: inherit;">Depois da micromúsica
“Lobolobolobo” (com mensagem que cai muito bem nos dias de hoje), vem as duas
últimas, “Axê e Auê sem Fuzuê” e “Muro em Branco”, que encerram o disco.</span><br />
<div align="justify">
<span style="font-family: "calibri";"><span style="font-family: inherit;"></span><br /></span></div>
<span style="font-family: inherit;">A sensação que tive em relação a
esse disco (e ao grupo como um todo) não tinha desde que descobri Chico Science:
um trabalho original, autêntico, que foge de rótulos e que cria sua própria
linguagem, sempre em prol de uma integração cultural da América Latina. Além do
disco, recomendo também presenciar ao vivo a performance dessa galera. Não é à
toa que nesses últimos meses já fui em quatro shows e uma jam no hostel quando
estiveram aqui em Curitiba há poucos dias. Ocasião em que tocaram de improviso
com a banda uruguaia Cuatro Pesos de Propina e que me proporcionou a oportunidade
de conversar brevemente com alguns deles (e pegar autógrafo, claro).</span><span style="font-family: "calibri";"> </span><br />
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjm_s_WyabbOCZ0_V138VaH1iZbDmQ3t3JiANRao2BUHtW-GTfXdB51CfXE8tn5QvxD5SREezcETC9tES8qIHr2I0EegcUi1g7A1tQ0jCO7IvwhzgDBoI6bnV1LRDwMZob_RINRZ3l0tkb5/s1600/IMG_4346.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="886" data-original-width="1600" height="221" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjm_s_WyabbOCZ0_V138VaH1iZbDmQ3t3JiANRao2BUHtW-GTfXdB51CfXE8tn5QvxD5SREezcETC9tES8qIHr2I0EegcUi1g7A1tQ0jCO7IvwhzgDBoI6bnV1LRDwMZob_RINRZ3l0tkb5/s400/IMG_4346.JPG" width="400" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><span style="font-size: small;">Show da turnê Rompe Fronteiras, na última sexta-feira em Curitiba </span></td></tr>
</tbody></table>
<div style="margin: 0px 0px 13px; text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;">E tive a confirmação de mais um
detalhe pessoal interessante para mim: eles moraram um tempo em Barão Geraldo,
distrito de Campinas (SP), onde eu também vivi durante minha adolescência e
juventude. E foi lá, no Bar do Zé, que Sebastian se apresentou pela primeira
vez ao vivo tocando bateria quando tinha 14 anos. <span style="margin: 0px;"> </span>De agora em diante, sempre que passar por lá
quando estiver visitando meu pai, além das minhas memórias, lembrarei que a
energia daquele lugar serviu também de inspiração para um grande grupo.</span></div>
<div style="margin: 0px 0px 13px; text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;">Enfim, trata-se de um som para
lavar a alma, ou, melhor dizendo, para soltar as bruxas.</span></div>
<span style="font-family: inherit;">Paul</span><br />
<span style="font-family: inherit;"></span><br />
<div style="margin: 0px 0px 13px; text-align: justify;">
<span style="font-size: x-small;"><span style="font-family: "calibri";">Nota </span><span style="font-family: "calibri";">[1] Informações
obtidas em entrevista no Audio Arena, através da fala do Sebástian (https://youtu.be/Yo7rn9iGaSE)</span></span></div>
<b></b><i></i><u></u><sub></sub><sup></sup><strike></strike><span style="font-family: "calibri";"></span>Dãohttp://www.blogger.com/profile/00692177805712075182noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1233835418864094446.post-10615943303903697952017-03-19T11:51:00.000-03:002017-03-19T15:45:51.801-03:00Vôo de Coração - Ritchie, 1983<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh8WGAQjXoCQTh3WPUH4M8QJuaJI9ul6Pn-Su-lRRlJH1jTGX0huPY8vjZE_MGEpIP03WNbWR4Bu5YsNjY2o4BeTLPJnTIEen3rM4yu9hubz1FuKvpwSSecdNm3P0tY2D90UkvyKRqeUrrD/s1600/RITCHIE.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="286" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh8WGAQjXoCQTh3WPUH4M8QJuaJI9ul6Pn-Su-lRRlJH1jTGX0huPY8vjZE_MGEpIP03WNbWR4Bu5YsNjY2o4BeTLPJnTIEen3rM4yu9hubz1FuKvpwSSecdNm3P0tY2D90UkvyKRqeUrrD/s320/RITCHIE.jpg" width="320" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Existem duas maneiras de você falar de 1983. Uma delas começa em Maggie
Thatcher, Ronald Reagan e as cavalariças do Gal. João Baptista. A outra é voce tentando descobrir um lugar legal no seu quarto pra mocozar a playboy da Carla
Camurati.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Eu prefiro a segunda. 1983 não foi grande coisa. Sétima série é osso
duro, seu nariz fica maior que o rosto e aquele Nike que seu pai comprou no
chinês perto da rodoviária não se parece muito com o que os colegas descolados
trouxeram do Paraguai. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Do ponto de vista daquilo que interessa ao blogue, a música brasileira
vinha passando por transformações estilísticas e gerenciais desde o final da
década anterior. Medalhões meio perdidos, tentando se adequar ao mercado. Gente
nova penando para mostrar serviço. Gravadoras descobrindo que música é business
(ver o livro do <a href="http://1001br.blogspot.com.br/2017/03/pavoes-misteriosos-andre-barcinski-2014_19.html">Barcinski</a>). Mas isso, a gente sabe hoje. Voltando a 1983, as
preocupações, ocupações e ações eram muito mais mundanas. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Porque vale a pena ouvir? Vôo de Coração (puta nome ridículo) foi disco
de estreia do inglês Ritchie (outra coisa ridícula é esse britanismo associado
a Ritchie. Se tem uma coisa que Vôo de Coração prova é que Ritchie é
brasileiro, porra!) e vendeu 1,2 milhões de cópias segundo dados oficiais (<a href="http://1001br.blogspot.com.br/2017/03/pavoes-misteriosos-andre-barcinski-2014_19.html">Barcinski</a>!).
O número não é citado à toa: foi o disco de estreia que mais vendeu até então.
Foi o primeiro disco de <i>synthpop</i>
brasileiro, colocando a música pop nacional no mesmo calendário da do resto do
mundo. O disco é muito bem produzido, conta com um time de músicos de respeito,
<i>Liminha</i>, <i>Lulu Santos</i>, uma canja de <i>Steve Hackett</i> (ex-<i>Genesis</i>) e um desconhecido
<i>Lauro Salazar</i>, que comandou a tecladeira. Além disso, o álbum conta com algumas
boas canções, <i>A vida tem dessas coisas</i>,
<i>Pelo Interfone</i>, <i>Vôo de coração</i> e <i>Casanova</i>,
pra citar o básico. Outro fator importante é que Ritchie tinha um penteado
diferente, uma pose blasée e voz meio anasalada com leve sotaque gringo, um
<i>Bowie</i> dos trópicos, o nosso inglês, e a música era cada vez mais parceira da
televisão, então o tipo era bem apresentável e soube captar e capitalizar em
cima. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Claro: isso aqui não é o absoluto <i><a href="http://1001br.blogspot.com.br/2012/02/clube-da-esquina-o-album-branco-das.html">Clube da Esquina</a></i> nem mesmo uma pérola
como o disco de 1975 do <i><a href="http://1001br.blogspot.com.br/search/label/Di%20Melo">Di Melo</a></i> que são bons pra caralho hoje, assim como foram
na época em que saíram e como serão para todo o sempre. Isso aqui tem que ser
contextualizado: 1983. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Mas: espere! O que todo mundo lembra quando se fala em Ritchie? A
absolutamente impactante (por favor, ajuste seu relógio do tempo para fevereiro
de 1983) <i>Menina Veneno</i>. Essa canção
que, hoje eu percebo, era a mais pura ode à punheta! Menina veneno era Carla
Camurati, Tássia Camargo, Maria Angélica, Maria Virgínia, Soraya, Daniela (a
ruiva), Débora, Maria Cristina e taaaantas outras...<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><i>Meia noite no meu quarto, ela vai
subir</i> </span><br />
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">(ahan, vai subir bem
alto!) <o:p></o:p></span><br />
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><i>Ouço passos na escada, eu vejo a
porta abrir</i> </span><br />
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">(o prenúncio do
gozo)<o:p></o:p></span><br />
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><i>Em toda cama que eu durmo só dá
você</i> </span><br />
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">(ah vá, você diz isso pra
todas)<o:p></o:p></span><br />
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><i>E toda noite no meu quarto vem me
entorpecer</i> </span><br />
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">(toda noite aos 14
anos, o que poderia, toda noite, toda tarde, toda manhã, <i>me
entorpecer</i>, <i>entorpercer yeah yeah yeah
yeah</i> [note o ritmo do iê-iê...])<o:p></o:p></span><br />
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><i>Seu corpo inteiro é um prazer do
princípio ao sim</i> </span><br />
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">(ahahahah)<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><i><br /></i></span>
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><i>Sozinho no meu quarto eu acordo
sem você</i> </span><br />
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">(é tão óbvio, não?)<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Enfim. Viva o Ritchie. Ele tornou 1983 um ano melhor. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">[M]</span><o:p></o:p></div>
Dãohttp://www.blogger.com/profile/00692177805712075182noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-1233835418864094446.post-3947275380379862262017-03-19T11:45:00.003-03:002017-03-19T11:46:45.946-03:00Lindo Sonho Delirante – Bento Araujo, 2016<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhE45-qFu8EhWYTxQ9VfbxAhfRU6dEG0-7LPEqQxbfbh9HlUNKFJ7uCX5qjaN6t9X9IlzpSXQXvNZW95x2PoepjhvDmII6GMCBXVgYDZaeyITlrcabGXUPj2hIHG1qZ4ZMLye8yACw4OcHN/s1600/Lindo-Sonho-Delirante-B-652x606.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="297" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhE45-qFu8EhWYTxQ9VfbxAhfRU6dEG0-7LPEqQxbfbh9HlUNKFJ7uCX5qjaN6t9X9IlzpSXQXvNZW95x2PoepjhvDmII6GMCBXVgYDZaeyITlrcabGXUPj2hIHG1qZ4ZMLye8yACw4OcHN/s320/Lindo-Sonho-Delirante-B-652x606.jpg" width="320" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Porteira que passa um boi, passa uma boiada. Neguinho abriu pra postar
um livro, lá vem outro. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><b>Lindo Sonho Delirante – 100
discos psicodélicos do Brasil</b>
saiu em 2016 pela <i>Poeirapress</i>, e o
autor é Bento Araujo, jornalista que escreve, edita e distribui (e cuida com
carinho d)o <i>Poeira Zine</i>,
especializado em Rock, principalmente naquilo que meu sobrinho Vitor chama de
‘universo bolha’. Ah, Vitor e Bento são amigos de infância, e foi assim que eu
conheci o poeira. Além disso, Bento é colecionador, o que pode ser até mais
interessante para um trabalho deste tipo do que ser jornalista (e o cara é os
dois, então...)<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span lang="ES-TRAD"><b><br /></b></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span lang="ES-TRAD"><b><span lang="PT-BR"><a href="http://poeirazine.com.br/">http://poeirazine.com.br/</a></span></b></span><b><u><o:p></o:p></u></b></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">É onde você encontra tanto o <i>fanzine</i>
quanto o livro. Diferente do livro resenhado anteriormente, este aqui é mais
informativo do que analítico. Ainda assim, vale cada centavo. A edição é
caprichada, o formato é quadrado (ou quase!) e não é à toa: a brochura é
dividida entre o texto à esquerda da divisória central e a foto da capa a que
se refere, à direita. E a capa é essencial pois a intenção é falar de
psicodelia, e o autor adverte já no prefácio que a arte da capa entrou em consideração
com peso enorme – talvez tanto quanto a música?<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Da mesma forma que no <i>post</i>
anterior, adverte-se o óbvio: devido à limitação de espaço, o autor seleciona
dentro de um período que vai de 1968 a 1975, 100 (cem) discos. E mais uma vez,
não vale a pena chorar pelo que ficou de fora: massa é curtir o que está ali. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Os tropicalistas, Gil, Caetano, Gal, Tom Zé, Duprat... Os Mutantes e
Secos Molhados... Galera do samba e bossa nova como Jorge Bem, Marcos Valle e
João Donato... Teoricamente impensáveis Erasmo Carlos e Ronnie Von (são quatro
discos da fase psicodélica do príncipe!); bandas emblemáticas da época como Som
Imaginário, Casa das Máquinas, Moto Perpétuo, o Têrço... uma geração nordestina
pra lá de porreta com os primeiros discos dos Novos Bahianos (na época
escrevia-se assim), Alceu, Geraldo Azevedo, Zé Ramalho. Toda essa galera tá
aqui.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Mas o melhor do livro mesmo fica reservado para aquilo em que o Bentão é
especialista: o cara que você não conhece, nunca ouviu falar, não sabia nem que
existia (não você que está lendo, claro, você conhece tudo... falo da massa, da
patuleia, do povão...): Suely e os Kantikus, Luiz Carlos Vinhas, Loyce e os
Gnomos (este vale a pena mencionar o título do compacto: O Despertar dos
Mágicos), Célio Balona, Brazilian Octopus (a capa deste é sensacional, não só a
foto, mas a história. Não, não vou contar. Como diria o Tim Maia: lê-ê-ia ô
livro!), Equipe Mercado (o nome do compacto é uma viagem à parte...), Free-son,
Tribo Massáhi, Guilherme Lamounier, Sidney Miller, Arnaud, Perfume Azul do
Sol... E por aí vai. Cito uns nomes, talvez um pouco cansativo, mas é pra dar
um gostinho. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">As resenhas individuais sobre os discos são curtas (uma vez que a página
de texto inclui, em duas colunas, uma versão em inglês). Sacrifica-se um pouco
de informação, mas a leitura fica mais dinâmica. Ate porque, talvez, nem sempre
sobre cada um deste discos conseguir-se-ia preencher uma página inteira de
texto. Ainda assim, histórias curtas, curiosidades, personagens que hoje são
nomes famosos, desfilam por estas páginas ainda como iniciantes, muitas das
vezes como integrantes de conjuntos que pouca gente conhece. Eu por exemplo
descobri que Hermeto Pascoal e Lanny Gordin estrearam em 1969 a bordo de uma
banda (a mesma banda! Porra, como eu queria ter visto isso...) citada aqui.
Outro personagem da cena psicodélica da época é ninguém menos que Jacques
Morelenbaum. Isso eu só descobri aqui. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">E pra finalizar, o mesmo golpe baixo: <b><u>Incluí mais cem discos no blogue</u></b>! Aha! <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">(Ainda que alguns deles já tenham sido resenhados aqui). </span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Legal que o
Bentão incluiu o Clube de Esquina, um dos meus favoritos de todos os tempos
ainda que eu nunca tenha pensado nele em termos de psicodelia...<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Última dica. Pra quem tem <i>Spotify</i>,
Bentão preparou uma lista com o mesmo nome do livro, 164 músicas, mais de 9
horas de psicodelia nacional! No dilema do Dão, correr está definitivamente
fora de cogitação!<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">[M]</span><o:p></o:p></div>
Dãohttp://www.blogger.com/profile/00692177805712075182noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-1233835418864094446.post-2221582218137647562017-03-19T11:43:00.000-03:002017-03-19T11:46:26.216-03:00Pavões Misteriosos, André Barcinski - 2014<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjyJtt_3x7wQv7ByXESxwVxliq9iDHme8wNUK-HN7wvccq6DnKck_gQjtKaCOm-c9wRQ_2La0mSCwyESEeIYrOkuKUhE5ND_gaDKbm0-t3KfVTHW96wgeXMMmKVOm3uRT0mLi7u9E0d0nfr/s1600/capa_pavoesmist.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjyJtt_3x7wQv7ByXESxwVxliq9iDHme8wNUK-HN7wvccq6DnKck_gQjtKaCOm-c9wRQ_2La0mSCwyESEeIYrOkuKUhE5ND_gaDKbm0-t3KfVTHW96wgeXMMmKVOm3uRT0mLi7u9E0d0nfr/s320/capa_pavoesmist.png" width="213" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Ok, vamos subverter um pouco a proposta original: a resenha é de um
livro. Ok, ainda não está descambado pra putaria geral (basta o país, o blog é
sério): é um livro sobre música brasileira. Então de repente tá valendo. Ao
final você decide se sim ou não.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Eu não conhecia o autor, André Barcinski, mas isso é culpa minha, não dele, porque o cara é colunista da folha (faz muito mais que isso,
claro) e escreve em blogues e portais por aí, de tal forma que, você que está
lendo provavelmente o conhece melhor do que eu, cujo primeiro contato foi este
livro precioso (mas o cara é premiado com um livro sobre o rock underground
americano e um documentário sobre <i>Zé do Caixão</i>, foi mal, não consigo conhecer
tudo... E chega de falar do autor, a estrela aqui é o livro.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Sim, o título é emprestado do sucesso de Ednardo, mas o subtítulo é que
desvenda o mistério da emplumada - <b><i>1974-1983: a explosão da música pop no
Brasil</i></b>.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">A proposta é levada a cabo com a maestria, nem aquela chatice
enciclopédica, nem uma coisa pueril pra ler como quem conversa com um grupo de
<i>whats</i>. O resultado é uma leitura fluente e gostosa, que vai mistura descobertas
e tantas boas recordações (pelo menos para quem é mais ou menos da faixa etária
do autor). Claro que tem sempre o chato (antes fosse assim, no singular...) que
avalia a obra pelo que ela deixou de citar, se você não é assim, leitura
altamente recomendada.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Após uma curta abertura e um rápido prólogo, cada capítulo é um ano,
iniciando-se em 1974, entre os sacis e as fadas, na explosão da música pop
brasileira. Ao longo dos capítulos você pode saborear o desfile de vários
personagens clássicos e alguns tanto esquecidos que ajudaram a construir a
música brasileira neste período de 10 anos. Nem sempre centrado no aspecto
musical (mas também no fator comportamento e mercado, afinal, trata-se de
música pop) e nem sempre falando apenas de Brasil, mas de olho no contexto
mundial da música onde nós estamos natural e inexoravelmente inseridos.
Barcinski conduz a história deliciosamente sem preconceitos, e ainda que a
estrutura dos capítulos sugira uma certa descontinuidade, a leitura é
incrivelmente fluida. Além dos gigantes da MPB, <i>Gil</i>, <i>Caetano</i>, <i>Chico</i>; dos
roqueiros, <i>Rita</i>, <i>Raul</i> e <i>Tim</i>; dos malditos <i>Macalé</i> e <i>Lanny Gordin</i>; o autor é
generoso (e honesto!) com a época ao incluir <i>Guilherme Arantes</i>, <i>Fábio Jr</i>,
<i>Sidney Magal</i>, <i>As Frenéticas</i>, <i>Gretchen</i>, <i>Roupa Nova</i> e <i>Balão Mágico</i> até encerrar o livro em 1983 com <i>Ritchie</i>,
<i>Sullivan</i> e <i>Massadas</i>. E não é isso mesmo? <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">O livro saiu em 2014 pela <i>Editora
Três Estrelas</i>, tem 207 páginas de textos e uma magrinha fila de fotografias
(que nem seria necessária, mas, enfim... tá ali, aproveite!), inclui referências
bibliográficas (o que significa que deste livro pode-se ir para outros, e eu já
estou de olho), índice remissivo e, tan-tan-ran-ran, <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">uma lista de cinquenta discos
fundamentais do pop brasileiro!<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">(dos quais poucos, se algum, resenhado aqui)</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Valeu André, com essa você me salvou, num <i>post</i> só já indiquei 50 discos, ninguém me segura, campeão!<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">[M]</span><o:p></o:p></div>
Dãohttp://www.blogger.com/profile/00692177805712075182noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1233835418864094446.post-16934366630810685872016-11-02T22:28:00.000-03:002016-11-03T08:08:44.839-03:00O Homem Bruxa, André Abujamra<!--[if gte mso 9]><xml>
<w:WordDocument>
<w:View>Normal</w:View>
<w:Zoom>0</w:Zoom>
<w:TrackMoves/>
<w:TrackFormatting/>
<w:HyphenationZone>21</w:HyphenationZone>
<w:PunctuationKerning/>
<w:ValidateAgainstSchemas/>
<w:SaveIfXMLInvalid>false</w:SaveIfXMLInvalid>
<w:IgnoreMixedContent>false</w:IgnoreMixedContent>
<w:AlwaysShowPlaceholderText>false</w:AlwaysShowPlaceholderText>
<w:DoNotPromoteQF/>
<w:LidThemeOther>PT-BR</w:LidThemeOther>
<w:LidThemeAsian>X-NONE</w:LidThemeAsian>
<w:LidThemeComplexScript>X-NONE</w:LidThemeComplexScript>
<w:Compatibility>
<w:BreakWrappedTables/>
<w:SnapToGridInCell/>
<w:WrapTextWithPunct/>
<w:UseAsianBreakRules/>
<w:DontGrowAutofit/>
<w:SplitPgBreakAndParaMark/>
<w:EnableOpenTypeKerning/>
<w:DontFlipMirrorIndents/>
<w:OverrideTableStyleHps/>
</w:Compatibility>
<m:mathPr>
<m:mathFont m:val="Cambria Math"/>
<m:brkBin m:val="before"/>
<m:brkBinSub m:val="--"/>
<m:smallFrac m:val="off"/>
<m:dispDef/>
<m:lMargin m:val="0"/>
<m:rMargin m:val="0"/>
<m:defJc m:val="centerGroup"/>
<m:wrapIndent m:val="1440"/>
<m:intLim m:val="subSup"/>
<m:naryLim m:val="undOvr"/>
</m:mathPr></w:WordDocument>
</xml><![endif]--><!--[if gte mso 9]><xml>
<w:LatentStyles DefLockedState="false" DefUnhideWhenUsed="false"
DefSemiHidden="false" DefQFormat="false" DefPriority="99"
LatentStyleCount="374">
<w:LsdException Locked="false" Priority="0" QFormat="true" Name="Normal"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="9" QFormat="true" Name="heading 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="9" SemiHidden="true"
UnhideWhenUsed="true" QFormat="true" Name="heading 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="9" SemiHidden="true"
UnhideWhenUsed="true" QFormat="true" Name="heading 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="9" SemiHidden="true"
UnhideWhenUsed="true" QFormat="true" Name="heading 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="9" SemiHidden="true"
UnhideWhenUsed="true" QFormat="true" Name="heading 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="9" SemiHidden="true"
UnhideWhenUsed="true" QFormat="true" Name="heading 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="9" SemiHidden="true"
UnhideWhenUsed="true" QFormat="true" Name="heading 7"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="9" SemiHidden="true"
UnhideWhenUsed="true" QFormat="true" Name="heading 8"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="9" SemiHidden="true"
UnhideWhenUsed="true" QFormat="true" Name="heading 9"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="index 1"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="index 2"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="index 3"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="index 4"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="index 5"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="index 6"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="index 7"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="index 8"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="index 9"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="39" SemiHidden="true"
UnhideWhenUsed="true" Name="toc 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="39" SemiHidden="true"
UnhideWhenUsed="true" Name="toc 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="39" SemiHidden="true"
UnhideWhenUsed="true" Name="toc 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="39" SemiHidden="true"
UnhideWhenUsed="true" Name="toc 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="39" SemiHidden="true"
UnhideWhenUsed="true" Name="toc 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="39" SemiHidden="true"
UnhideWhenUsed="true" Name="toc 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="39" SemiHidden="true"
UnhideWhenUsed="true" Name="toc 7"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="39" SemiHidden="true"
UnhideWhenUsed="true" Name="toc 8"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="39" SemiHidden="true"
UnhideWhenUsed="true" Name="toc 9"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Normal Indent"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="footnote text"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="annotation text"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="header"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="footer"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="index heading"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="35" SemiHidden="true"
UnhideWhenUsed="true" QFormat="true" Name="caption"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="table of figures"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="envelope address"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="envelope return"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="footnote reference"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="annotation reference"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="line number"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="page number"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="endnote reference"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="endnote text"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="table of authorities"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="macro"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="toa heading"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="List"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="List Bullet"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="List Number"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="List 2"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="List 3"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="List 4"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="List 5"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="List Bullet 2"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="List Bullet 3"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="List Bullet 4"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="List Bullet 5"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="List Number 2"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="List Number 3"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="List Number 4"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="List Number 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="10" QFormat="true" Name="Title"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Closing"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Signature"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="1" SemiHidden="true"
UnhideWhenUsed="true" Name="Default Paragraph Font"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Body Text"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Body Text Indent"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="List Continue"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="List Continue 2"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="List Continue 3"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="List Continue 4"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="List Continue 5"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Message Header"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="11" QFormat="true" Name="Subtitle"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Salutation"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Date"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Body Text First Indent"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Body Text First Indent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Note Heading"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Body Text 2"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Body Text 3"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Body Text Indent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Body Text Indent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Block Text"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Hyperlink"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="FollowedHyperlink"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="22" QFormat="true" Name="Strong"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="20" QFormat="true" Name="Emphasis"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Document Map"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Plain Text"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="E-mail Signature"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="HTML Top of Form"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="HTML Bottom of Form"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Normal (Web)"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="HTML Acronym"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="HTML Address"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="HTML Cite"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="HTML Code"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="HTML Definition"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="HTML Keyboard"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="HTML Preformatted"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="HTML Sample"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="HTML Typewriter"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="HTML Variable"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Normal Table"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="annotation subject"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="No List"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Outline List 1"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Outline List 2"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Outline List 3"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table Simple 1"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table Simple 2"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table Simple 3"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table Classic 1"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table Classic 2"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table Classic 3"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table Classic 4"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table Colorful 1"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table Colorful 2"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table Colorful 3"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table Columns 1"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table Columns 2"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table Columns 3"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table Columns 4"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table Columns 5"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table Grid 1"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table Grid 2"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table Grid 3"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table Grid 4"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table Grid 5"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table Grid 6"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table Grid 7"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table Grid 8"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table List 1"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table List 2"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table List 3"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table List 4"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table List 5"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table List 6"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table List 7"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table List 8"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table 3D effects 1"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table 3D effects 2"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table 3D effects 3"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table Contemporary"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table Elegant"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table Professional"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table Subtle 1"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table Subtle 2"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table Web 1"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table Web 2"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table Web 3"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Balloon Text"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="39" Name="Table Grid"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table Theme"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" Name="Placeholder Text"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="1" QFormat="true" Name="No Spacing"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="60" Name="Light Shading"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="61" Name="Light List"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="62" Name="Light Grid"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="63" Name="Medium Shading 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="64" Name="Medium Shading 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="65" Name="Medium List 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="66" Name="Medium List 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="67" Name="Medium Grid 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="68" Name="Medium Grid 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="69" Name="Medium Grid 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="70" Name="Dark List"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="71" Name="Colorful Shading"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="72" Name="Colorful List"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="73" Name="Colorful Grid"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="60" Name="Light Shading Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="61" Name="Light List Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="62" Name="Light Grid Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="63" Name="Medium Shading 1 Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="64" Name="Medium Shading 2 Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="65" Name="Medium List 1 Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" Name="Revision"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="34" QFormat="true"
Name="List Paragraph"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="29" QFormat="true" Name="Quote"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="30" QFormat="true"
Name="Intense Quote"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="66" Name="Medium List 2 Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="67" Name="Medium Grid 1 Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="68" Name="Medium Grid 2 Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="69" Name="Medium Grid 3 Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="70" Name="Dark List Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="71" Name="Colorful Shading Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="72" Name="Colorful List Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="73" Name="Colorful Grid Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="60" Name="Light Shading Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="61" Name="Light List Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="62" Name="Light Grid Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="63" Name="Medium Shading 1 Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="64" Name="Medium Shading 2 Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="65" Name="Medium List 1 Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="66" Name="Medium List 2 Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="67" Name="Medium Grid 1 Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="68" Name="Medium Grid 2 Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="69" Name="Medium Grid 3 Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="70" Name="Dark List Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="71" Name="Colorful Shading Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="72" Name="Colorful List Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="73" Name="Colorful Grid Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="60" Name="Light Shading Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="61" Name="Light List Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="62" Name="Light Grid Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="63" Name="Medium Shading 1 Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="64" Name="Medium Shading 2 Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="65" Name="Medium List 1 Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="66" Name="Medium List 2 Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="67" Name="Medium Grid 1 Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="68" Name="Medium Grid 2 Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="69" Name="Medium Grid 3 Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="70" Name="Dark List Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="71" Name="Colorful Shading Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="72" Name="Colorful List Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="73" Name="Colorful Grid Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="60" Name="Light Shading Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="61" Name="Light List Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="62" Name="Light Grid Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="63" Name="Medium Shading 1 Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="64" Name="Medium Shading 2 Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="65" Name="Medium List 1 Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="66" Name="Medium List 2 Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="67" Name="Medium Grid 1 Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="68" Name="Medium Grid 2 Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="69" Name="Medium Grid 3 Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="70" Name="Dark List Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="71" Name="Colorful Shading Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="72" Name="Colorful List Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="73" Name="Colorful Grid Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="60" Name="Light Shading Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="61" Name="Light List Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="62" Name="Light Grid Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="63" Name="Medium Shading 1 Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="64" Name="Medium Shading 2 Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="65" Name="Medium List 1 Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="66" Name="Medium List 2 Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="67" Name="Medium Grid 1 Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="68" Name="Medium Grid 2 Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="69" Name="Medium Grid 3 Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="70" Name="Dark List Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="71" Name="Colorful Shading Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="72" Name="Colorful List Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="73" Name="Colorful Grid Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="60" Name="Light Shading Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="61" Name="Light List Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="62" Name="Light Grid Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="63" Name="Medium Shading 1 Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="64" Name="Medium Shading 2 Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="65" Name="Medium List 1 Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="66" Name="Medium List 2 Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="67" Name="Medium Grid 1 Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="68" Name="Medium Grid 2 Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="69" Name="Medium Grid 3 Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="70" Name="Dark List Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="71" Name="Colorful Shading Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="72" Name="Colorful List Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="73" Name="Colorful Grid Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="19" QFormat="true"
Name="Subtle Emphasis"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="21" QFormat="true"
Name="Intense Emphasis"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="31" QFormat="true"
Name="Subtle Reference"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="32" QFormat="true"
Name="Intense Reference"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="33" QFormat="true" Name="Book Title"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="37" SemiHidden="true"
UnhideWhenUsed="true" Name="Bibliography"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="39" SemiHidden="true"
UnhideWhenUsed="true" QFormat="true" Name="TOC Heading"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="41" Name="Plain Table 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="42" Name="Plain Table 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="43" Name="Plain Table 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="44" Name="Plain Table 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="45" Name="Plain Table 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="40" Name="Grid Table Light"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="46" Name="Grid Table 1 Light"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="47" Name="Grid Table 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="48" Name="Grid Table 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="49" Name="Grid Table 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="50" Name="Grid Table 5 Dark"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="51" Name="Grid Table 6 Colorful"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="52" Name="Grid Table 7 Colorful"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="46"
Name="Grid Table 1 Light Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="47" Name="Grid Table 2 Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="48" Name="Grid Table 3 Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="49" Name="Grid Table 4 Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="50" Name="Grid Table 5 Dark Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="51"
Name="Grid Table 6 Colorful Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="52"
Name="Grid Table 7 Colorful Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="46"
Name="Grid Table 1 Light Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="47" Name="Grid Table 2 Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="48" Name="Grid Table 3 Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="49" Name="Grid Table 4 Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="50" Name="Grid Table 5 Dark Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="51"
Name="Grid Table 6 Colorful Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="52"
Name="Grid Table 7 Colorful Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="46"
Name="Grid Table 1 Light Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="47" Name="Grid Table 2 Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="48" Name="Grid Table 3 Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="49" Name="Grid Table 4 Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="50" Name="Grid Table 5 Dark Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="51"
Name="Grid Table 6 Colorful Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="52"
Name="Grid Table 7 Colorful Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="46"
Name="Grid Table 1 Light Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="47" Name="Grid Table 2 Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="48" Name="Grid Table 3 Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="49" Name="Grid Table 4 Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="50" Name="Grid Table 5 Dark Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="51"
Name="Grid Table 6 Colorful Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="52"
Name="Grid Table 7 Colorful Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="46"
Name="Grid Table 1 Light Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="47" Name="Grid Table 2 Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="48" Name="Grid Table 3 Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="49" Name="Grid Table 4 Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="50" Name="Grid Table 5 Dark Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="51"
Name="Grid Table 6 Colorful Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="52"
Name="Grid Table 7 Colorful Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="46"
Name="Grid Table 1 Light Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="47" Name="Grid Table 2 Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="48" Name="Grid Table 3 Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="49" Name="Grid Table 4 Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="50" Name="Grid Table 5 Dark Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="51"
Name="Grid Table 6 Colorful Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="52"
Name="Grid Table 7 Colorful Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="46" Name="List Table 1 Light"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="47" Name="List Table 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="48" Name="List Table 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="49" Name="List Table 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="50" Name="List Table 5 Dark"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="51" Name="List Table 6 Colorful"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="52" Name="List Table 7 Colorful"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="46"
Name="List Table 1 Light Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="47" Name="List Table 2 Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="48" Name="List Table 3 Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="49" Name="List Table 4 Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="50" Name="List Table 5 Dark Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="51"
Name="List Table 6 Colorful Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="52"
Name="List Table 7 Colorful Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="46"
Name="List Table 1 Light Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="47" Name="List Table 2 Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="48" Name="List Table 3 Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="49" Name="List Table 4 Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="50" Name="List Table 5 Dark Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="51"
Name="List Table 6 Colorful Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="52"
Name="List Table 7 Colorful Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="46"
Name="List Table 1 Light Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="47" Name="List Table 2 Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="48" Name="List Table 3 Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="49" Name="List Table 4 Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="50" Name="List Table 5 Dark Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="51"
Name="List Table 6 Colorful Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="52"
Name="List Table 7 Colorful Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="46"
Name="List Table 1 Light Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="47" Name="List Table 2 Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="48" Name="List Table 3 Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="49" Name="List Table 4 Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="50" Name="List Table 5 Dark Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="51"
Name="List Table 6 Colorful Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="52"
Name="List Table 7 Colorful Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="46"
Name="List Table 1 Light Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="47" Name="List Table 2 Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="48" Name="List Table 3 Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="49" Name="List Table 4 Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="50" Name="List Table 5 Dark Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="51"
Name="List Table 6 Colorful Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="52"
Name="List Table 7 Colorful Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="46"
Name="List Table 1 Light Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="47" Name="List Table 2 Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="48" Name="List Table 3 Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="49" Name="List Table 4 Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="50" Name="List Table 5 Dark Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="51"
Name="List Table 6 Colorful Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="52"
Name="List Table 7 Colorful Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Mention"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Smart Hyperlink"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Hashtag"/>
</w:LatentStyles>
</xml><![endif]--><!--[if gte mso 10]>
<style>
/* Style Definitions */
table.MsoNormalTable
{mso-style-name:"Tabela normal";
mso-tstyle-rowband-size:0;
mso-tstyle-colband-size:0;
mso-style-noshow:yes;
mso-style-priority:99;
mso-style-parent:"";
mso-padding-alt:0cm 5.4pt 0cm 5.4pt;
mso-para-margin-top:0cm;
mso-para-margin-right:0cm;
mso-para-margin-bottom:10.0pt;
mso-para-margin-left:0cm;
line-height:115%;
mso-pagination:widow-orphan;
font-size:11.0pt;
font-family:"Calibri",sans-serif;
mso-ascii-font-family:Calibri;
mso-ascii-theme-font:minor-latin;
mso-hansi-font-family:Calibri;
mso-hansi-theme-font:minor-latin;
mso-bidi-font-family:"Times New Roman";
mso-bidi-theme-font:minor-bidi;
mso-fareast-language:EN-US;}
</style>
<![endif]-->
<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<span style="font-size: small;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgZJaKAtPmKnLMZ_NhHd45ipHqMd8t1AXhz_8WZbL0SxwrZEVX3yCuY9wYERJEfdJuegyGuJAnloXKgHQvJ5RCXj8jUZrs15xFHMOfFP7DCJS7xwakA4EiR-aXJqwzZJoJ3cMKkYyw47jbq/s1600/homem-bruxa.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="225" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgZJaKAtPmKnLMZ_NhHd45ipHqMd8t1AXhz_8WZbL0SxwrZEVX3yCuY9wYERJEfdJuegyGuJAnloXKgHQvJ5RCXj8jUZrs15xFHMOfFP7DCJS7xwakA4EiR-aXJqwzZJoJ3cMKkYyw47jbq/s400/homem-bruxa.jpg" width="400" /></a></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span style="font-size: small;">Difícil para mim falar de
qualquer disco do André Abujamra sem lembrar de shows memoráveis de Os Mulheres
Negras na época Unicamp no final dos anos 80. Aquela dupla, auto intitulada a
terceira menor <i>big band</i> do mundo, era
o que tinha de mais representativo de uma música verdadeiramente inovadora, que
estava ali para quebrar paradigmas e ressignificar o que se entendia por música
nacional. Tão boa aquela fase que um dos discos deles já foi resenhado aqui
anteriormente.</span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span style="font-size: small;">
</span></span><br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span style="font-size: small;">Mas André Abujamra não ficou só
naquilo. Longe disso. Desde então desenvolveu uma série de trabalhos, incluindo
teatro, gravações com a banda Karnak (que também tem excelentes discos), Fatmarley
(dj maluco que ele não falava que era ele) e dezenas de trilhas sonoras
(dezenas mesmo). Como eu sei disso? Ouvindo uma das criativas músicas dele
chamada “Curriculum”, que integra outro disco solo, O Infinito de Pé, de 2004.</span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span style="font-size: small;">
</span></span><br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span style="font-size: small;">Tudo isso até chegar ao atual e
excelente “O Homem Bruxa”, disco que foi feito para homenagear seu pai ainda em
vida (veio a falecer assim que acabou de gravar). </span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span style="font-size: small;">
</span></span><br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt 3cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span style="font-size: small;"><i>Yo soy el hombre bruja</i></span></span></div>
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span style="font-size: small;">
</span></span><br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt 3cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span style="font-size: small;"><i>Yo soy um transformador<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"> </span>(...)</i></span></span></div>
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span style="font-size: small;">
</span></span><br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt 3cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span style="font-size: small;"><i>Que tristeza e que coisa mais linda</i></span></span></div>
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span style="font-size: small;">
</span></span><br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt 3cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span style="font-size: small;"><i>Um amor de sarjeta</i></span></span></div>
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span style="font-size: small;">
</span></span><br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt 3cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span style="font-size: small;"><i>É o Sebastião amando a Florinda</i></span></span></div>
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span style="font-size: small;">
</span></span><br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt 3cm; text-align: justify;">
</div>
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span style="font-size: small;">
</span></span><br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span style="font-size: small;">O disco abre com a canção que
batizou esse trabalho: “O Homem Bruxa”. Crítico, sem perder a veia humorística
e <i>transformando coisas feias em coisas
lindas de valor</i>, o homem bruxa serve como um fio condutor de todo o disco. Fazendo
referências à magia, o clipe remete ao bom e velho cinema mudo com cenas da
lâmpada mágica do Aladim: <a href="https://youtu.be/SyjooHpoMlA">https://youtu.be/SyjooHpoMlA</a></span></span></div>
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span style="font-size: small;">
</span></span><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span style="font-size: small;"> </span></span><br />
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Em “Mendigo” ele dá voz ao
Sebastião, citado na música anterior, para falar sobre a invisibilidade de
moradores de rua, fugindo dos discursos mais fáceis, sem deixar a ironia de
lado (<a href="https://youtu.be/YjT_s-JF3zE">https://youtu.be/YjT_s-JF3zE</a>). </span><br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span style="font-size: small;">Na terceira música, “Espelho do
Tempo”, sobressai a influência mais oriental (eu, na minha ignorância, diria
indiana). O destaque fica por conta da narração inconfundível do seu pai,
Antonio Abujamra, retratado como mestre dos bruxos<i>: o seu tataraneto terá o brilho do seu olhar.</i></span></span></div>
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span style="font-size: small;">
</span></span><br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt 3cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span style="font-size: small;"><i>Um homem sobe na montanha azul</i></span></span></div>
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span style="font-size: small;">
</span></span><br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt 3cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span style="font-size: small;"><i>E lá em cima vê a lua cheia</i></span></span></div>
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span style="font-size: small;">
</span></span><br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt 3cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span style="font-size: small;"><i>Quase que dá pra pegar</i></span></span></div>
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span style="font-size: small;">
</span></span><br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt 3cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span style="font-size: small;"><i>Mas não dá</i></span></span></div>
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span style="font-size: small;">
</span></span><br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt 3cm; text-align: justify;">
</div>
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span style="font-size: small;">
</span></span><br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span style="font-size: small;">“50”, cujo título remete à sua
idade e, talvez, às razões desse ser seu trabalho mais reflexivo, inicia-se
como se fosse mais uma bela trilha sonora de um filme ao som de um piano que
nos convida a sonhar. Ao longo da canção, o ritmo vai crescendo com a entrada
da bateria até atingir o ápice com sua guitarra distorcida. Exceção dos
instrumentos de corda (violino, viola, cello, etc), Abujamra assume todos os
demais não só nessa canção, como nas demais. No espetáculo que leva o nome do
disco (e que tive a grata oportunidade de assistir em Curitiba no último
domingo 30/10/16), ele aproveita do fato de ser um trabalho realmente solo e
literalmente dialoga com seus instrumentos (ideia do seu filho caçula Pedro). </span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span style="font-size: small;">
</span></span><br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span style="font-size: small;">Na canção seguinte (Mãe Cazu)
sobressai os instrumentos de cordas (esses sim, tocados por músicos convidados)
com um ritmo bem suave. A animação retorna em “Ovô”, que conta com uma flauta
chinesa e som de balalaica entre outros instrumentos. O estilo dessa divertida música
bilíngue remete, para meus ouvidos, àquele adotado no início de sua carreira
com os Mulheres Negras. No youtube tem um clipe idealizado, dirigido e editado
pelo próprio Abujamra, filmado em um simples Iphone, que tem como protagonistas,
entre outros, o filho Pedro e seus avôs (imagino): <a href="https://www.youtube.com/watch?v=YDv1gsfID8M">https://www.youtube.com/watch?v=YDv1gsfID8M</a></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span style="font-size: small;"> </span></span>
</div>
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span style="font-size: small;">
</span></span><br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt 3cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span style="font-size: small;"><i>Bom demais viver</i></span></span></div>
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span style="font-size: small;">
</span></span><br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt 3cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span style="font-size: small;"><i>Mesmo que a vida dê rasteiras</i></span></span></div>
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span style="font-size: small;">
</span></span><br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span style="font-size: small;">O ritmo volta a ser suave em “Rio
Quente”, música com um levada que me lembra aquelas boas canções de ninar.
Quando eu tiver filhos, colocarei essa música no berço para que os ouvidos já
se acostumem com bons sons desde bebê. </span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span style="font-size: small;">
</span></span><br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span style="font-size: small;">O bom e velho som de sintetizador
que marcou bastante trabalhos anteriores, reaparece na criativa “3 Homens, 3
Celulares”, de autoria do velho parceiro Maurício Pereira. Trata-se da única
canção que não é de autoria própria em “O Homem Bruxa</span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span style="font-size: small;">
</span></span><br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span style="font-size: small;">Retomando com força o tema desse
trabalho, “O Segredo da Levitação” tem um tom grandioso para inserir com ironia
a atual era da informação. Tendo Abujamra tocando todos os instrumentos, o
destaque fica por conta da narração de Edinho Moreno, locução bastante familiar
por diversas publicidades que acostumamos a ouvir diariamente. Essa canção
serve para encerrar o show de mesmo nome, com uma performática levitação do
próprio Abujamra. Para quem duvidar, recomendo assistir. </span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span style="font-size: small;">
</span></span><br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt 3cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span style="font-size: small;"><i>O olhar do olho de quem vê a vida vindo
vendo o vento</i></span></span></div>
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span style="font-size: small;">
</span></span><br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt 3cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span style="font-size: small;"><i>Minha cabeça também venta e eu vivo de
inventar</i></span></span></div>
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span style="font-size: small;">
</span></span><br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt 3cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span style="font-size: small;"><i>Venta forte balança tudo e começo a ver a
ventania</i></span></span></div>
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span style="font-size: small;">
</span></span><br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span style="font-size: small;">Depois de flutuar por diversos
estilos e influências, o disco encerra brilhantemente com aquela que, na minha
opinião, é a melhor: “Magia do Vento”. Para mim, parece com uma receita de quem,
como ele, vive de inventar, colocando tudo que se pode imaginar. O disco não
poderia se encerrar de melhor forma. O clipe vale a pena ser conferido
justamente pela sua simplicidade que lembra aqueles vídeos amadores: <a href="https://www.youtube.com/watch?v=awWCypqiP08">https://www.youtube.com/watch?v=awWCypqiP08</a>
. Eu achei muito bom justamente por isso.</span></span></div>
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"></span><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"></span><br />
<!--[if gte mso 9]><xml>
<w:WordDocument>
<w:View>Normal</w:View>
<w:Zoom>0</w:Zoom>
<w:TrackMoves/>
<w:TrackFormatting/>
<w:HyphenationZone>21</w:HyphenationZone>
<w:PunctuationKerning/>
<w:ValidateAgainstSchemas/>
<w:SaveIfXMLInvalid>false</w:SaveIfXMLInvalid>
<w:IgnoreMixedContent>false</w:IgnoreMixedContent>
<w:AlwaysShowPlaceholderText>false</w:AlwaysShowPlaceholderText>
<w:DoNotPromoteQF/>
<w:LidThemeOther>PT-BR</w:LidThemeOther>
<w:LidThemeAsian>X-NONE</w:LidThemeAsian>
<w:LidThemeComplexScript>X-NONE</w:LidThemeComplexScript>
<w:Compatibility>
<w:BreakWrappedTables/>
<w:SnapToGridInCell/>
<w:WrapTextWithPunct/>
<w:UseAsianBreakRules/>
<w:DontGrowAutofit/>
<w:SplitPgBreakAndParaMark/>
<w:EnableOpenTypeKerning/>
<w:DontFlipMirrorIndents/>
<w:OverrideTableStyleHps/>
</w:Compatibility>
<m:mathPr>
<m:mathFont m:val="Cambria Math"/>
<m:brkBin m:val="before"/>
<m:brkBinSub m:val="--"/>
<m:smallFrac m:val="off"/>
<m:dispDef/>
<m:lMargin m:val="0"/>
<m:rMargin m:val="0"/>
<m:defJc m:val="centerGroup"/>
<m:wrapIndent m:val="1440"/>
<m:intLim m:val="subSup"/>
<m:naryLim m:val="undOvr"/>
</m:mathPr></w:WordDocument>
</xml><![endif]--><!--[if gte mso 9]><xml>
<w:LatentStyles DefLockedState="false" DefUnhideWhenUsed="false"
DefSemiHidden="false" DefQFormat="false" DefPriority="99"
LatentStyleCount="374">
<w:LsdException Locked="false" Priority="0" QFormat="true" Name="Normal"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="9" QFormat="true" Name="heading 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="9" SemiHidden="true"
UnhideWhenUsed="true" QFormat="true" Name="heading 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="9" SemiHidden="true"
UnhideWhenUsed="true" QFormat="true" Name="heading 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="9" SemiHidden="true"
UnhideWhenUsed="true" QFormat="true" Name="heading 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="9" SemiHidden="true"
UnhideWhenUsed="true" QFormat="true" Name="heading 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="9" SemiHidden="true"
UnhideWhenUsed="true" QFormat="true" Name="heading 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="9" SemiHidden="true"
UnhideWhenUsed="true" QFormat="true" Name="heading 7"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="9" SemiHidden="true"
UnhideWhenUsed="true" QFormat="true" Name="heading 8"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="9" SemiHidden="true"
UnhideWhenUsed="true" QFormat="true" Name="heading 9"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="index 1"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="index 2"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="index 3"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="index 4"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="index 5"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="index 6"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="index 7"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="index 8"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="index 9"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="39" SemiHidden="true"
UnhideWhenUsed="true" Name="toc 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="39" SemiHidden="true"
UnhideWhenUsed="true" Name="toc 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="39" SemiHidden="true"
UnhideWhenUsed="true" Name="toc 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="39" SemiHidden="true"
UnhideWhenUsed="true" Name="toc 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="39" SemiHidden="true"
UnhideWhenUsed="true" Name="toc 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="39" SemiHidden="true"
UnhideWhenUsed="true" Name="toc 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="39" SemiHidden="true"
UnhideWhenUsed="true" Name="toc 7"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="39" SemiHidden="true"
UnhideWhenUsed="true" Name="toc 8"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="39" SemiHidden="true"
UnhideWhenUsed="true" Name="toc 9"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Normal Indent"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="footnote text"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="annotation text"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="header"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="footer"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="index heading"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="35" SemiHidden="true"
UnhideWhenUsed="true" QFormat="true" Name="caption"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="table of figures"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="envelope address"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="envelope return"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="footnote reference"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="annotation reference"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="line number"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="page number"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="endnote reference"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="endnote text"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="table of authorities"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="macro"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="toa heading"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="List"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="List Bullet"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="List Number"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="List 2"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="List 3"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="List 4"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="List 5"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="List Bullet 2"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="List Bullet 3"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="List Bullet 4"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="List Bullet 5"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="List Number 2"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="List Number 3"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="List Number 4"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="List Number 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="10" QFormat="true" Name="Title"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Closing"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Signature"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="1" SemiHidden="true"
UnhideWhenUsed="true" Name="Default Paragraph Font"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Body Text"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Body Text Indent"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="List Continue"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="List Continue 2"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="List Continue 3"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="List Continue 4"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="List Continue 5"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Message Header"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="11" QFormat="true" Name="Subtitle"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Salutation"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Date"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Body Text First Indent"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Body Text First Indent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Note Heading"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Body Text 2"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Body Text 3"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Body Text Indent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Body Text Indent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Block Text"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Hyperlink"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="FollowedHyperlink"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="22" QFormat="true" Name="Strong"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="20" QFormat="true" Name="Emphasis"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Document Map"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Plain Text"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="E-mail Signature"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="HTML Top of Form"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="HTML Bottom of Form"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Normal (Web)"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="HTML Acronym"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="HTML Address"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="HTML Cite"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="HTML Code"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="HTML Definition"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="HTML Keyboard"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="HTML Preformatted"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="HTML Sample"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="HTML Typewriter"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="HTML Variable"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Normal Table"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="annotation subject"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="No List"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Outline List 1"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Outline List 2"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Outline List 3"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table Simple 1"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table Simple 2"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table Simple 3"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table Classic 1"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table Classic 2"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table Classic 3"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table Classic 4"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table Colorful 1"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table Colorful 2"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table Colorful 3"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table Columns 1"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table Columns 2"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table Columns 3"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table Columns 4"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table Columns 5"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table Grid 1"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table Grid 2"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table Grid 3"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table Grid 4"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table Grid 5"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table Grid 6"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table Grid 7"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table Grid 8"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table List 1"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table List 2"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table List 3"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table List 4"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table List 5"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table List 6"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table List 7"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table List 8"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table 3D effects 1"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table 3D effects 2"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table 3D effects 3"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table Contemporary"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table Elegant"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table Professional"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table Subtle 1"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table Subtle 2"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table Web 1"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table Web 2"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table Web 3"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Balloon Text"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="39" Name="Table Grid"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table Theme"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" Name="Placeholder Text"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="1" QFormat="true" Name="No Spacing"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="60" Name="Light Shading"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="61" Name="Light List"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="62" Name="Light Grid"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="63" Name="Medium Shading 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="64" Name="Medium Shading 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="65" Name="Medium List 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="66" Name="Medium List 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="67" Name="Medium Grid 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="68" Name="Medium Grid 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="69" Name="Medium Grid 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="70" Name="Dark List"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="71" Name="Colorful Shading"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="72" Name="Colorful List"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="73" Name="Colorful Grid"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="60" Name="Light Shading Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="61" Name="Light List Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="62" Name="Light Grid Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="63" Name="Medium Shading 1 Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="64" Name="Medium Shading 2 Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="65" Name="Medium List 1 Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" Name="Revision"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="34" QFormat="true"
Name="List Paragraph"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="29" QFormat="true" Name="Quote"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="30" QFormat="true"
Name="Intense Quote"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="66" Name="Medium List 2 Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="67" Name="Medium Grid 1 Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="68" Name="Medium Grid 2 Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="69" Name="Medium Grid 3 Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="70" Name="Dark List Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="71" Name="Colorful Shading Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="72" Name="Colorful List Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="73" Name="Colorful Grid Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="60" Name="Light Shading Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="61" Name="Light List Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="62" Name="Light Grid Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="63" Name="Medium Shading 1 Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="64" Name="Medium Shading 2 Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="65" Name="Medium List 1 Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="66" Name="Medium List 2 Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="67" Name="Medium Grid 1 Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="68" Name="Medium Grid 2 Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="69" Name="Medium Grid 3 Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="70" Name="Dark List Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="71" Name="Colorful Shading Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="72" Name="Colorful List Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="73" Name="Colorful Grid Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="60" Name="Light Shading Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="61" Name="Light List Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="62" Name="Light Grid Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="63" Name="Medium Shading 1 Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="64" Name="Medium Shading 2 Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="65" Name="Medium List 1 Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="66" Name="Medium List 2 Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="67" Name="Medium Grid 1 Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="68" Name="Medium Grid 2 Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="69" Name="Medium Grid 3 Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="70" Name="Dark List Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="71" Name="Colorful Shading Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="72" Name="Colorful List Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="73" Name="Colorful Grid Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="60" Name="Light Shading Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="61" Name="Light List Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="62" Name="Light Grid Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="63" Name="Medium Shading 1 Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="64" Name="Medium Shading 2 Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="65" Name="Medium List 1 Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="66" Name="Medium List 2 Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="67" Name="Medium Grid 1 Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="68" Name="Medium Grid 2 Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="69" Name="Medium Grid 3 Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="70" Name="Dark List Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="71" Name="Colorful Shading Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="72" Name="Colorful List Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="73" Name="Colorful Grid Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="60" Name="Light Shading Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="61" Name="Light List Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="62" Name="Light Grid Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="63" Name="Medium Shading 1 Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="64" Name="Medium Shading 2 Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="65" Name="Medium List 1 Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="66" Name="Medium List 2 Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="67" Name="Medium Grid 1 Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="68" Name="Medium Grid 2 Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="69" Name="Medium Grid 3 Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="70" Name="Dark List Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="71" Name="Colorful Shading Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="72" Name="Colorful List Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="73" Name="Colorful Grid Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="60" Name="Light Shading Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="61" Name="Light List Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="62" Name="Light Grid Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="63" Name="Medium Shading 1 Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="64" Name="Medium Shading 2 Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="65" Name="Medium List 1 Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="66" Name="Medium List 2 Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="67" Name="Medium Grid 1 Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="68" Name="Medium Grid 2 Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="69" Name="Medium Grid 3 Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="70" Name="Dark List Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="71" Name="Colorful Shading Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="72" Name="Colorful List Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="73" Name="Colorful Grid Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="19" QFormat="true"
Name="Subtle Emphasis"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="21" QFormat="true"
Name="Intense Emphasis"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="31" QFormat="true"
Name="Subtle Reference"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="32" QFormat="true"
Name="Intense Reference"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="33" QFormat="true" Name="Book Title"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="37" SemiHidden="true"
UnhideWhenUsed="true" Name="Bibliography"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="39" SemiHidden="true"
UnhideWhenUsed="true" QFormat="true" Name="TOC Heading"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="41" Name="Plain Table 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="42" Name="Plain Table 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="43" Name="Plain Table 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="44" Name="Plain Table 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="45" Name="Plain Table 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="40" Name="Grid Table Light"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="46" Name="Grid Table 1 Light"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="47" Name="Grid Table 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="48" Name="Grid Table 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="49" Name="Grid Table 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="50" Name="Grid Table 5 Dark"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="51" Name="Grid Table 6 Colorful"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="52" Name="Grid Table 7 Colorful"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="46"
Name="Grid Table 1 Light Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="47" Name="Grid Table 2 Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="48" Name="Grid Table 3 Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="49" Name="Grid Table 4 Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="50" Name="Grid Table 5 Dark Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="51"
Name="Grid Table 6 Colorful Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="52"
Name="Grid Table 7 Colorful Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="46"
Name="Grid Table 1 Light Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="47" Name="Grid Table 2 Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="48" Name="Grid Table 3 Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="49" Name="Grid Table 4 Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="50" Name="Grid Table 5 Dark Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="51"
Name="Grid Table 6 Colorful Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="52"
Name="Grid Table 7 Colorful Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="46"
Name="Grid Table 1 Light Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="47" Name="Grid Table 2 Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="48" Name="Grid Table 3 Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="49" Name="Grid Table 4 Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="50" Name="Grid Table 5 Dark Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="51"
Name="Grid Table 6 Colorful Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="52"
Name="Grid Table 7 Colorful Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="46"
Name="Grid Table 1 Light Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="47" Name="Grid Table 2 Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="48" Name="Grid Table 3 Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="49" Name="Grid Table 4 Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="50" Name="Grid Table 5 Dark Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="51"
Name="Grid Table 6 Colorful Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="52"
Name="Grid Table 7 Colorful Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="46"
Name="Grid Table 1 Light Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="47" Name="Grid Table 2 Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="48" Name="Grid Table 3 Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="49" Name="Grid Table 4 Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="50" Name="Grid Table 5 Dark Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="51"
Name="Grid Table 6 Colorful Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="52"
Name="Grid Table 7 Colorful Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="46"
Name="Grid Table 1 Light Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="47" Name="Grid Table 2 Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="48" Name="Grid Table 3 Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="49" Name="Grid Table 4 Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="50" Name="Grid Table 5 Dark Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="51"
Name="Grid Table 6 Colorful Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="52"
Name="Grid Table 7 Colorful Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="46" Name="List Table 1 Light"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="47" Name="List Table 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="48" Name="List Table 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="49" Name="List Table 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="50" Name="List Table 5 Dark"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="51" Name="List Table 6 Colorful"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="52" Name="List Table 7 Colorful"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="46"
Name="List Table 1 Light Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="47" Name="List Table 2 Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="48" Name="List Table 3 Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="49" Name="List Table 4 Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="50" Name="List Table 5 Dark Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="51"
Name="List Table 6 Colorful Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="52"
Name="List Table 7 Colorful Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="46"
Name="List Table 1 Light Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="47" Name="List Table 2 Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="48" Name="List Table 3 Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="49" Name="List Table 4 Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="50" Name="List Table 5 Dark Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="51"
Name="List Table 6 Colorful Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="52"
Name="List Table 7 Colorful Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="46"
Name="List Table 1 Light Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="47" Name="List Table 2 Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="48" Name="List Table 3 Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="49" Name="List Table 4 Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="50" Name="List Table 5 Dark Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="51"
Name="List Table 6 Colorful Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="52"
Name="List Table 7 Colorful Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="46"
Name="List Table 1 Light Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="47" Name="List Table 2 Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="48" Name="List Table 3 Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="49" Name="List Table 4 Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="50" Name="List Table 5 Dark Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="51"
Name="List Table 6 Colorful Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="52"
Name="List Table 7 Colorful Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="46"
Name="List Table 1 Light Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="47" Name="List Table 2 Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="48" Name="List Table 3 Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="49" Name="List Table 4 Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="50" Name="List Table 5 Dark Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="51"
Name="List Table 6 Colorful Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="52"
Name="List Table 7 Colorful Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="46"
Name="List Table 1 Light Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="47" Name="List Table 2 Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="48" Name="List Table 3 Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="49" Name="List Table 4 Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="50" Name="List Table 5 Dark Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="51"
Name="List Table 6 Colorful Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="52"
Name="List Table 7 Colorful Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Mention"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Smart Hyperlink"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Hashtag"/>
</w:LatentStyles>
</xml><![endif]--><!--[if gte mso 10]>
<style>
/* Style Definitions */
table.MsoNormalTable
{mso-style-name:"Tabela normal";
mso-tstyle-rowband-size:0;
mso-tstyle-colband-size:0;
mso-style-noshow:yes;
mso-style-priority:99;
mso-style-parent:"";
mso-padding-alt:0cm 5.4pt 0cm 5.4pt;
mso-para-margin-top:0cm;
mso-para-margin-right:0cm;
mso-para-margin-bottom:10.0pt;
mso-para-margin-left:0cm;
line-height:115%;
mso-pagination:widow-orphan;
font-size:11.0pt;
font-family:"Calibri",sans-serif;
mso-ascii-font-family:Calibri;
mso-ascii-theme-font:minor-latin;
mso-hansi-font-family:Calibri;
mso-hansi-theme-font:minor-latin;
mso-bidi-font-family:"Times New Roman";
mso-bidi-theme-font:minor-bidi;
mso-fareast-language:EN-US;}
</style>
<![endif]-->
<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Enfim, filho de uma das maiores
lendas do teatro nacional, André não poderia ter crescido em ambiente mais
propício para desenvolver todo o seu potencial criativo e nos presentear com uma
riquíssima e, antes de tudo, ímpar carreira musical. Que continue assim por
mais 50.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span style="font-size: small;">Paul</span></span><br />
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span style="font-size: small;">P<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">S.</span> aproveito para d<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">eixar a dic<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">a: quem pu<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">der, assista ao es<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">petácu<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">lo O Home<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">m Bruxa. Simple<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">smente sensacional.</span></span></span></span></span></span></span></span></span></div>
<div class="MsoListParagraph" style="text-align: justify;">
<br /></div>
Dãohttp://www.blogger.com/profile/00692177805712075182noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1233835418864094446.post-70894620846772054402016-04-21T19:06:00.000-03:002016-04-25T17:18:24.788-03:00"Nave Manha", Trupe Chá de Boldo<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiewqiD8Qs1igbl1UEfS_fxZnIL_6SWEJtQ-MFaTF3solYTTh7SrDfGsxjdTY4qLVxa2oO14dsPbpvVf5Kjqk9XAAl5MuD6SFb_ZjagKs7vwwLDPMe7rhPYfTC948BiiCcBp810I2qeZTkH/s1600/Trupe-Ch%25C3%25A1-de-Boldo-Nave-Manha-300x300.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiewqiD8Qs1igbl1UEfS_fxZnIL_6SWEJtQ-MFaTF3solYTTh7SrDfGsxjdTY4qLVxa2oO14dsPbpvVf5Kjqk9XAAl5MuD6SFb_ZjagKs7vwwLDPMe7rhPYfTC948BiiCcBp810I2qeZTkH/s1600/Trupe-Ch%25C3%25A1-de-Boldo-Nave-Manha-300x300.jpg" /></a></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "calibri";">Foi escutando música no Spotify
que descobri essa trupe. Acho que foi quando escutava Bárbara Eugênia ou algum músico contemporâneo que reparei com certa
curiosidade, entre os artistas relacionados, um nome no mínimo curioso: "Trupe Chá de Boldo”. Resolvi matar minha curiosidade e me surpreendi com um som bem
original, animado, com letras criativas e um gingado gostoso de ouvir,
tudo isso com sob influência da boa e velha vanguarda paulistana, mas com uma roupagem mais atual.</span></div>
<span style="font-family: "calibri";">Passei a escutar com frequência cada
vez maior até que tive a oportunidade de vê-los ao vivo
há pouco tempo no aconchegante Teatro Paiol de Curitiba (uma espécie de La
Bombonera local, como eles mesmos citaram). Foi um show memorável de uma trupe
de 11 músicos (no disco em questão são 12). Poderia ser um time de futebol, mas
é uma banda! E que banda! </span><br />
<br />
<div style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "calibri";">No final do show, pude conhecer
rapidamente alguns de seus integrantes e comprar seus dois CDs (devidamente
autografados por um deles): o mais recente (Presente) e o primeiro (Nave
Manha), de 2012, selecionado para ingressar o rol dos 1001 discos brasileiros para escutar antes de morrer.</span></div>
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjczh4c8BHzyTABC1eSoOzFXU2Xf2fOIPQgg6oZEl55HWnmO981PuOOfHW79ymct_F5W8Dz5phbiBY2z1gZ_-tEK2daqmI8vPXzsLRK27YKwIHxx362UwSB_k-xyTVmXVYVAU5U8TEuFe_C/s1600/trup.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjczh4c8BHzyTABC1eSoOzFXU2Xf2fOIPQgg6oZEl55HWnmO981PuOOfHW79ymct_F5W8Dz5phbiBY2z1gZ_-tEK2daqmI8vPXzsLRK27YKwIHxx362UwSB_k-xyTVmXVYVAU5U8TEuFe_C/s400/trup.jpg" width="400" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Encarte do CD, com ilustração de Laura Teixeira</td></tr>
</tbody></table>
<div style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "calibri";">Produzido por Gustavo Ruiz (irmão da Tulipa Ruiz) e contando com uma bela ilustração de Laura
Teixeira, <u>Nave Manha</u> inicia “No Escuro”, música de autoria de Gustavo Galo
(responsável pela voz dessa música). Trata-se de uma espécie de bossa com som que remete a Tom Zé, tendo a
cidade de São Paulo como cenário. Começou muito bem! </span></div>
<span style="font-family: "calibri";">Saindo da Estação da Luz (citada
em “No Escuro”) para o rush no Minhocão, a segunda é outra preciosidade bem-humorada
e repleta de duplo sentido: “A Rolinha e o Minhocão”. A música começa com uma
linha de baixo interessante. No YouTube, tem um clipe dessa música muito
original, gravado dentro do carro percorrendo as ruas de Sampa (chegando até o
Minhocão, obviamente). Vale a pena checar: https://www.youtube.com/watch?v=k8ClQ9LOP1I</span><br />
<span style="font-family: "calibri";"><br /></span>
<span style="font-family: "calibri";">Depois de “Se For Parar” (com a
participação, entre outras, de Alzira E), vem “Apesar”, uma baladinha gostosa
de ouvir que termina com “</span><i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="font-family: "calibri";">então me leve
para longe daqui</span></i><span style="font-family: "calibri";">”. No caso do disco, para “Belém Berlin”, a canção seguinte
que conta com a participação de André Abujamra e Gustavo Ruiz: </span><i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="font-family: "calibri";">me leve meu bem pra Belém pra Berlin. </span></i><br />
<br />
<span style="font-family: "calibri";">A seguir vem a agradável “Box
11”, outra repleta de referências paulistanas que, segundo informações do
encarte, aborda um homem solitário que se
depara um outro apaixonado fazendo uma serenata para recuperar o seu amor. Após
essa, o disco atinge o clímax: </span><br />
<br />
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 3.0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;">
<i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="font-family: "calibri";">Não quero gota</span></i></div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 3.0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;">
<i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="font-family: "calibri";">Não quero gota</span></i></div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 3.0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;">
<i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="font-family: "calibri";">Quero você gostoso todo</span></i></div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 3.0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;">
<i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="font-family: "calibri";">Na garrafa</span></i></div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 3.0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;">
<i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="font-family: "calibri";">Não quero gota</span></i></div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 3.0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;">
<i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="font-family: "calibri";">Eu quero o gosto</span></i></div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 3.0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;">
<i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="font-family: "calibri";">De te tomar inteiro</span></i></div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 3.0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;">
<i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="font-family: "calibri";">Pra ver se chapa</span></i></div>
<br />
<div style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "calibri";">“Na Garrafa”, é a melhor do disco
e apresenta todas as características de um ótimo hit: letra sensacional, batida
animada, vocais entusiasmados. Um clássico. A versão que tem no disco já é
excelente e dá vontade de sair dançando, mas ao vivo consegue melhorar ainda
mais, com uma performance empolgante, principalmente com a vocalista Julia
Valiengo e do Cabelo na guitarra. Auge do disco e do show. Vale a pena ver
também o clipe muito bem produzido dessa música: </span><a href="https://www.youtube.com/watch?v=sBG0k8k7hLU"><span style="color: blue; font-family: "calibri";">https://www.youtube.com/watch?v=sBG0k8k7hLU</span></a><u><span style="color: blue; font-family: "calibri";">. </span></u><span style="font-family: "calibri";">Além disso,
essa canção fez parte do disco “Rolê, News Sounds of Brazil”, lançado em 2014.</span></div>
<br />
<div style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "calibri";">As duas seguintes parecem estarem
propositalmente nessa ordem: primeiro “Mar Morro”, (outra das minhas preferidas)
que relata a descida para o litoral para, em seguida, com uma levada caribenha,
vem a canção “Verão”. </span></div>
<br />
<div style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "calibri";">“Splix”, a próxima, é uma
composição conjunta do Galo com a Ciça (outra vocalista) e Peri Pane, que
juntamente com Tatá Aeroplano, participam da sua gravação. Novamente diversão
garantida! </span></div>
<br />
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 3.0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;">
<i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="font-family: "calibri";">(...) Pra você que transforma</span></i><br />
<i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="font-family: "calibri";">Rímel em rima</span></i><br />
<i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="font-family: "calibri";">Fuga em fogo</span></i></div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 3.0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;">
<i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="font-family: "calibri";">Pra você que transforma</span></i></div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 3.0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;">
<i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="font-family: "calibri";">Linha em lenha</span></i><br />
<i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="font-family: "calibri";">Careta em carinho (...)</span></i></div>
<br />
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 3.0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<span style="font-family: "calibri";">Para fechar o disco em alto
estilo, “Até Chegar no Mar”. Música mais suave com uma letra lindíssima.</span><br />
<br />
<div style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "calibri";">Com disco bem produzido, esse time
demonstra que é uma verdadeira seleção, com som equilibrado desde as linhas de
baixo do Felipe Botelho bem articuladas com a bateria e a percussão de Gongom e
Rafinha, acompanhado de bons metais de Mumu e Remi, guitarras afinadas de
Bastos e Cabelo, tendo como a cereja do bolo os vocais do Galo, Ciça, Julia e
Leila, além de músicos como Rayraí e outros convidados. Talvez eu tenha até
errado a referência a algum deles, mas a intenção era citar todos. </span></div>
<span style="font-family: "calibri";">O show que tive a oportunidade de
presenciar foi espetacular. Espero que não demorem mais 10 anos para retornar
(foi o primeiro deles aqui). Além do ótimo som, destaca-se ainda a postura
politizada e bem esclarecida, algo fundamental nesse momento em que a
democracia tem sido violentada nesse país. Vida longa para essa trupe! </span><br />
<br />
<div style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "calibri";"> </span><span style="font-family: "calibri";">Paul</span></div>
<b></b><i></i><u></u><sub></sub><sup></sup><strike></strike>Dãohttp://www.blogger.com/profile/00692177805712075182noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-1233835418864094446.post-77592884705239079932016-04-18T22:37:00.003-03:002016-04-19T08:31:33.495-03:00Beth Carvalho, Nos Botequins da Vida<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgUPR1BJgx4xS97a6lVEr-u8vIwU2uQjp8Jf3mKlmgyO1e3-j8kg-XPxM-r_CkRphXakURZrXTRrrT645C70yT3OkbpqZxctsKQs_oaAhpLQq0VfHUNOPXq8xU9gjauSOoEzt9MZc6-KSHW/s1600/bethcarvalho.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="318" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgUPR1BJgx4xS97a6lVEr-u8vIwU2uQjp8Jf3mKlmgyO1e3-j8kg-XPxM-r_CkRphXakURZrXTRrrT645C70yT3OkbpqZxctsKQs_oaAhpLQq0VfHUNOPXq8xU9gjauSOoEzt9MZc6-KSHW/s320/bethcarvalho.jpg" width="320" /></a></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "calibri";"><br /></span></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "calibri";">Ontem, 17 de abril de 2016, foi um dia triste na
história do Brasil e da sua frágil democracia. Como se não bastasse o golpe
impulsionado por figuras mais deploráveis da política nacional, a votação
transmitida ao vivo escancarou o estarrecedor nível dos deputados federais. Foi
um espetáculo dantesco.</span></div>
<span style="font-family: "calibri";">E nessas horas, tentando me
apegar a algo que possa dar algum significado ou esperança, lembrei de tantos
artistas que se mobilizaram nos últimos dias em prol da democracia. Gente do
nível de um Chico Buarque, Chico César e Beth Carvalho, que chegou a lançar um
samba contra o golpe.</span><br />
<br />
<div style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "calibri";">Ao ouvir o samba da Beth Carvalho
nesse momento da história do país, minha memória afetiva me levou diretamente
para 1977, ano em que, criança, morei no Rio de Janeiro e, acompanhando minha
mãe em algumas festas de amigos dela, passei a conhecer a fina nata da MPB e do
samba, a começar pelo disco “Nos Botequins da Vida” que, inclusive, fazia parte
da discografia de casa. </span></div>
<br />
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 3.0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;">
<i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="font-family: "calibri";"> “Meu
Deus mas para que tanto dinheiro</span></i><br />
<i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="font-family: "calibri";">Dinheiro só pra gastar</span></i></div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 3.0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;">
<i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="font-family: "calibri";">Que saudade tenho do tempo de outrora</span></i></div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 3.0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;">
<i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="font-family: "calibri";">Que vida que eu levo agora</span></i></div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 3.0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;">
<i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="font-family: "calibri";">Já me sinto esgotado</span></i></div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 3.0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;">
<i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="font-family: "calibri";">E cansado de penar, meu Deus</span></i></div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 3.0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;">
<i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="font-family: "calibri";">Sem haver solução</span></i></div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 3.0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;">
<i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="font-family: "calibri";">De que me serve um saco cheio de dinheiro</span></i></div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 3.0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;">
<i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="font-family: "calibri";">Pra comprar um quilo de feijão”</span></i></div>
<br />
<div style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "calibri";">O disco, lançado em março de
1977, abre com um clássico “Saco de Feijão” de autoria de Francisco Santana,
com uma bem-humorada crítica às dificuldades econômicas da época do regime
militar (e pensar que tem gente que sente saudades...). </span></div>
<span style="font-family: "calibri";">Em seguida, outro samba clássico
na voz da Beth Carvalho: “Olho por Olho”, de Zé Maranhão e Daniel: </span><i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="font-family: "calibri";">Dente por dente, olho por olho. Se tentar me
enganar, bota a barba de molho.</span></i><span style="font-family: "calibri";"> Irônico ela celebrar que </span><i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="font-family: "calibri";">a partir de hoje os direitos são iguais</span></i><span style="font-family: "calibri";">
justamente quando se colocam em pauta dentro do Congresso Nacional diversas
pautas retrógradas, inclusive relacionadas aos direitos das mulheres.</span><br />
<span style="font-family: "calibri";"><br /></span>
<span style="font-family: "calibri";">Depois, o primeiro samba-enredo
da Portela: “Dinheiro Não Há (lá vem ela chorando), de Benedito Lacerda- Ernani Alvarenga, de 1932. Consta que no
desfile oficial </span><span style="color: #333333; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 9.0pt; line-height: 115%;">da Praça XI, a então "Vai Como
Pode" desfilaria </span><span style="font-family: "calibri";">com um samba de Paulo. Contudo, quando o líder
portelense ouviu o samba de Alvarenga, imediatamente preferiu retirar seu
samba, reconhecendo a superioridade da composição do amigo. Quase na hora do
desfile, Paulo, empolgado, disse: "Alvarenga, o seu samba é melhor, nós
vamos com ele. Vou retirar o meu" (1). Foi o primeiro samba apresentado em
desfile a fazer sucesso nas rádios.</span><br />
<br />
<div style="line-height: 12pt; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<span style="color: #333333; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 9.0pt;">Os clássicos seguem com “Deus não
castiga ninguém” (Paulinho Soares). Seria interessante que os nobres deputados
de um país laico soubessem disso, afinal <i style="mso-bidi-font-style: normal;">a
gente mesmo é quem se castiga, meu bem</i>.</span></div>
<br />
<div style="line-height: 12pt; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="color: #333333; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 9.0pt;">Não Quero me vingar porque...vingança é sinal de covardia</span></i><span style="color: #333333; font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 8.5pt;">..: </span><span style="font-family: "calibri";">O disco
segue em ritmo de roda de samba, com “Vingança”, de Carlos Cachaça. Talvez se
Cunha gostasse de samba, poderiam ter poupado o Brasil do show de horrores
proporcionado por vingança.</span></div>
<br />
<span style="font-family: "calibri";">Tempo para respirar um pouco com “As moças”, de
Paulinho Soares e Paulo César Pinheiro. Nessa, a roda de samba abre espaço para
uma espécie de bossa. </span><br />
<br />
<div style="line-height: 12pt; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "calibri";">A roda de samba volta com “Se você me ouvisse” do
Nelson Cavaquinho e “Carro de Boi”, clássico de Manacea, que conta com a
participação da Velha Guarda da Portela.</span></div>
<br />
<span style="font-family: "calibri";">Depois de “Cuidado com a minha viola”, de Gracia do
Salgueiro, vem “Desengano”, de Aniceto:</span><br />
<br />
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 3.0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;">
<i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="font-family: "calibri";">Um desengano dói</span></i><br />
<i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="font-family: "calibri";">A minha alma tanto sente</span></i><br />
<i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="font-family: "calibri";">Uma dor pungente, </span></i></div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 3.0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;">
<i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="font-family: "calibri";">Que invadiu meu coração</span></i><br />
<i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="font-family: "calibri";">Depois de ser tão benevolente</span></i><br />
<i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="font-family: "calibri";">Deste-me o desprezo ao invéz de gratidão</span></i></div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 3.0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;">
<i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="font-family: "calibri";">Recompensar-te a regalia que gozaste em
minha companhia</span></i><br />
<i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="font-family: "calibri";">Sempre procurei te agradar porém em vão</span></i><br />
<i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="font-family: "calibri";">Me abandonaste sem qualquer satisfação</span></i><br />
<i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="font-family: "calibri";">Hoje vivo assim a lamentar a minha sorte</span></i></div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 3.0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;">
<i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="font-family: "calibri";">Algo que só esquecerei com a morte.</span></i></div>
<br />
<span style="font-family: "calibri";">Embora a letra remeta claramente
a um desengano amoroso, ouvindo-a logo após o fatídico golpe de 2016,
impossível não lembrar do Temer. </span><br />
<br />
<div style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "calibri";">O ritmo diminui um pouco nas duas
últimas lindas canções, deixando um certo ar de melancolia. Primeiro com “Sempre
Só” (Edmundo Souto – Joaquim Vaz de Carvalho) para depois fechar com o clássico
“O Mundo é um Moinho” do Cartola. Embora haja certos rumores de que ele teria
composto essa música quando a filha estava saindo de casa, não encontrei nenhuma
fonte confiável a respeito disso. De qualquer forma, quando a Beth Carvalho interpreta
brilhantemente “</span><i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="font-family: "calibri";">Vai triturar teus sonhos
tão mesquinhos... Vai reduzir as ilusões à pó”, </span></i><span style="font-family: "calibri";">ficamos com certa esperança
de que isso seja um recado ao Cunha e seus asseclas. Pode ser que demore, mas
chegará um dia que quando notarem, estarão à beira de um abismo que cavaram a
seus pés. Espero que não ainda tenha algo no país para ser salvo quando
conseguirmos nos livrar desses bandidos. E que a luta da Beth Carvalho não seja
em vão. </span><br />
<span style="font-family: "calibri";"><br /></span>
<span style="font-family: "calibri";">Para escutar no YouTube: https://www.youtube.com/watch?v=j2bgQW_vFu8</span><br />
<span style="font-family: "calibri";"><br /></span></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "calibri";">Paul</span></div>
<i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="font-family: "calibri";">Nota</span></i><br />
<i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;"><span style="mso-list: Ignore;"><span style="font-family: "calibri";">(1)</span><span style="font: 7.0pt "Times New Roman";">
</span></span></span></i><i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="font-family: "calibri";">Informações
obtidas em 18/042016 no site: </span><a href="http://www.portelaweb.com.br/arquivos.php?codigo=30&cod_cat=3"><span style="color: blue; font-family: "calibri";">http://www.portelaweb.com.br/arquivos.php?codigo=30&cod_cat=3</span></a></i><br />
<b></b><i></i><u></u><sub></sub><sup></sup><strike></strike>Dãohttp://www.blogger.com/profile/00692177805712075182noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1233835418864094446.post-60539393350922662322016-01-10T17:08:00.002-03:002016-01-10T17:08:24.235-03:00Elis Regina: "Falso Brilhante"<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhC8DMIVT0enNhyphenhyphenLDLSRkqk_l-_GRxeDc5eywd7VEwBNx7CqsCTC4Qt4tPOPQn_JwBrXSORM81GE2m4O8SXV8JBarpER63YlfPQOH6b7YqwH8NV8d63s2NlbskMipWtTm2Z08lGBefipls8/s1600/Falso_Brilhante.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhC8DMIVT0enNhyphenhyphenLDLSRkqk_l-_GRxeDc5eywd7VEwBNx7CqsCTC4Qt4tPOPQn_JwBrXSORM81GE2m4O8SXV8JBarpER63YlfPQOH6b7YqwH8NV8d63s2NlbskMipWtTm2Z08lGBefipls8/s1600/Falso_Brilhante.jpg" /></a></div>
<br />
<div style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Calibri;">Para fazer justiça, finalmente o blog inclui um
disco de uma das maiores intérpretes brasileiras: Elis Regina. Há
tempos já pensava em me arriscar a resenhar um disco dela, mas não sabia se
estaria à altura desse desafio, já que embora grande admirador do seu talento e
da sua voz imortal, não sou especialista na sua carreira e nos seus discos.</span></div>
<br />
<div style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Calibri;">Entretanto, na sexta-feira, dia 8/1/16, no caminho do trabalho,
escutei na BandNews o seu filho e crítico de música, João Marcelo Bôscoli tecendo diversos comentários interessantes, e
encarei o fato de tê-lo escutado como um sinal de que era para finalmente incluir um disco da Elis
no blog.</span></div>
<br />
<div style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Calibri;">O escolhido para inaugurá-la aqui
é </span><u><span style="font-family: Calibri;">Falso Brilhante</span></u><span style="font-family: Calibri;">, gravado em 1976 a partir de um espetáculo da
Elis Regina que esteve em cartaz no Teatro Bandeirantes, em
São Paulo, durante 14 meses entre 1975 e 1976 com mais de 300 apresentações, sempre
com lotação esgotada e enorme sucesso.</span></div>
<br />
<div style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Calibri;">As duas canções que abrem o
discos são de autoria do Belchior e certamente a belíssima interpretação
da Elis para ambas contribuiu para o reconhecimento dele como compositor. “Como
nossos pais” tornou-se um clássico da MPB, enquanto “Velha Roupa Colorida” tem
uma letra tão boa que suas frases permanecem na memória de muita gente até hoje,
como: “</span><i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="font-family: Calibri;">O passado é uma roupa que não nos
serve mais”</span></i><span style="font-family: Calibri;">.</span></div>
<br />
<div style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Calibri;">Depois, trazendo um caráter
libertário para o espetáculo, Elis interpreta a belíssima “Los Hermanos”, um
verdadeiro clássico da América Latina, de autoria de Atahualpa Yupanqui,
nome artístico de Héctor Roberto Chavero, argentino cujo pseudônimo vem de
Atahualpa e de Tupac Yupanqui, dois dos últimos governantes Incas antes da
consolidação do domínio espanhol (1). </span></div>
<br />
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 3.0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;">
<i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="font-family: Calibri;">“Lavo as mãos e prossigo adiante ... </span></i></div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 3.0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;">
<i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="font-family: Calibri;">Eu por mim mesma... </span></i><i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="font-family: Calibri;">Todos por mim, meu oportuno herói”</span></i></div>
<br />
<div style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Calibri;">A quarta música é uma das três
interpretações de canções de João Bosco e Aldir Blanc nesse disco. Ao longo da
sua carreira, Elis encontrou nessa parceria uma das suas principais
fontes de canções que, com sua voz, alcançaram maior brilhantismo.</span></div>
<span style="font-family: Calibri;">Depois vem “Fascinação”, uma versão
em português de Fascination, popular valsa francesa composta por F. D.
Marcheti e Maurice de Féraudy em 1905 que, em 1946, Arnaldo Louzada traduziu para o
português, sendo interpretada originalmente por Carlos Galhardo. Ao longo do tempo, em diversas versões, esta
música foi interpretada por gente do calibre de Nat King Cole e Edith Piaf. Mesmo ao lado dessa gente, Elis deixou também sua marca e imortalizou-a também. (2).</span><br />
<span style="font-family: Calibri;"><br /></span>
<span style="font-family: Calibri;">O ritmo muda novamente em "Jardim
de Infância” (outra composição da dupla João Bosco e Aldir Blanc). Nessa canção
são citadas diversas brincadeiras de crianças, sob um inegável tom metafórico
referindo-se à “brincadeiras” de adultos e a sua violência. Aldir Blanc
caprichou na letra. </span><br />
<br />
<i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="font-family: Calibri;"> “Quero ver o sol atrás do muro ...</span></i><br />
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 3.0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;">
<i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="font-family: Calibri;">Quero um refúgio que seja seguro </span></i></div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 3.0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;">
<i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="font-family: Calibri;">Uma nuvem branca sem pó, nem fumaça</span></i></div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 3.0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;">
<i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="font-family: Calibri;">Quero um mundo feito sem porta ou vidraça”</span></i></div>
<br />
<div style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Calibri;"> </span><span style="font-family: Calibri;">Em “Quero”, de autoria de Thomas
Roth, tanto a letra quanto a melodia rementem à turma do Clube de Esquina, com
referências a uma vida lúdica e rural que ficou para trás. </span></div>
<span style="font-family: Calibri;">O tom libertário latino retoma em
“Gracias a la Vida”, outro clássico, anteriormente imortalizado na voz de
Mercedes Sosa, de composição da chilena Violeta Parra.</span><br />
<span style="font-family: Calibri;"><br /></span>
<span style="font-family: Calibri;">A penúltima é “Cavaleiro e os
Moinhos”, outra canção da dupla Bosco e Blanc. Começando com uma marcha, a
canção altera o ritmo e remete aos anos de chumbo da ditadura que estavam
vivenciando naquele período.</span><br />
<br />
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 3.0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;">
<i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="font-family: Calibri;">“Quero ficar no teu corpo</span></i></div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 3.0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;">
<i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="font-family: Calibri;">Feito tatuagem</span></i></div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 3.0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;">
<i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="font-family: Calibri;">Que é pra te dar coragem</span></i></div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 3.0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;">
<i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="font-family: Calibri;">Pra seguir viagem</span></i></div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 3.0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;">
<i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="font-family: Calibri;">Quando a noite vem”</span></i></div>
<br />
<div style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Calibri;">O disco fecha brilhantemente com “Tatuagem”,
linda canção romântica do Chico Buarque e Ruy Guerra, do repertório de Calabar,
e que Elis conseguiu, acertando na dramaticidade, eternizar com uma interpretação
magnífica. </span></div>
<span style="font-family: Calibri;">Enfim, trata-se de um disco
impecável do começo ao fim que serviu para colocar a </span><i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="font-family: Calibri;">Pimentinha
</span></i><span style="font-family: Calibri;">(apelido que a acompanhou durante sua carreira) definitivamente no rol das
maiores intérpretes nacionais de todos os tempos. </span><br />
<span style="font-family: Calibri;"><br /></span>
<span style="font-family: Calibri;">Em uma entrevista, Rita Lee
lembrou que quando foi presa pela ditadura, a Elis foi a primeira e única
pessoa a visita-la na prisão e que a ajudou muito não só para ser solta, mas
para retomar a carreira posteriormente (3). No início de 1982, a Elis acabou
falecendo com apenas 36 anos, mas felizmente nos deixou não apenas uma vasta obra, mas também uma bela história de vida.</span><br />
<br />
<span style="font-family: Calibri;">Para escutar mais esse clássico
da MPB pode-se utilizar o aplicativo de músicas Spotify: </span><a href="https://open.spotify.com/album/1F57xqKnbpTQB2SPoovTGJ"><span style="color: blue; font-family: Calibri;">https://open.spotify.com/album/1F57xqKnbpTQB2SPoovTGJ</span></a><br />
<br />
<div style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Calibri;"> Paul</span></div>
<br />
<div style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Calibri;">Notas</span></div>
<br />
<div style="margin: 0cm 0cm 0pt 36pt; text-align: justify; text-indent: -18pt;">
<span style="mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;"><span style="mso-list: Ignore;"><span style="font-family: Calibri;">(1)</span><span style="font: 7.0pt "Times New Roman";"> </span></span></span><span style="font-family: Calibri;">Informações
obtidas em </span><a href="http://douglasciriaco.net/2011/11/24/cancoes-libertarias-los-hermanos/"><span style="color: blue; font-family: Calibri;">http://douglasciriaco.net/2011/11/24/cancoes-libertarias-los-hermanos/</span></a></div>
<br />
<div style="margin: 0cm 0cm 0pt 36pt; text-align: justify; text-indent: -18pt;">
<span style="mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;"><span style="mso-list: Ignore;"><span style="font-family: Calibri;">(2)</span><span style="font: 7.0pt "Times New Roman";"> </span></span></span><span style="font-family: Calibri;">Informações
obtidas em </span><a href="https://acervomusical.wordpress.com/2010/04/03/album-falso-brilhante-de-elis-regina/"><span style="color: blue; font-family: Calibri;">https://acervomusical.wordpress.com/2010/04/03/album-falso-brilhante-de-elis-regina/</span></a></div>
<br />
<div style="margin: 0cm 0cm 10pt 36pt; text-align: justify; text-indent: -18pt;">
<span style="mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;"><span style="mso-list: Ignore;"><span style="font-family: Calibri;">(3)</span><span style="font: 7.0pt "Times New Roman";"> </span></span></span><span style="font-family: Calibri;">Vídeo
da entrevista: </span><a href="https://www.youtube.com/watch?v=ghUnVxgXvus"><span style="color: blue; font-family: Calibri;">https://www.youtube.com/watch?v=ghUnVxgXvus</span></a></div>
<b></b><i></i><u></u><sub></sub><sup></sup><strike></strike>Dãohttp://www.blogger.com/profile/00692177805712075182noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1233835418864094446.post-56317507103429406852015-12-29T17:38:00.003-03:002016-01-04T13:25:08.786-03:00Chico Canta (Calabar: o elogio da traição)<br />
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi3uvlWHRAzTtGFhiFhhMbAxLWwgrx8Em2BWrmzzX2wimjhPfEwgFZ1eIGzP2P9b6w-afW93GSUZAIhTTGXT37sDz40zKcdSZwTiZugLU7jJY1f9AGHl3mCVwdlFD1KtMqrIBGOzLYzLJMY/s1600/chico-canta_branca.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi3uvlWHRAzTtGFhiFhhMbAxLWwgrx8Em2BWrmzzX2wimjhPfEwgFZ1eIGzP2P9b6w-afW93GSUZAIhTTGXT37sDz40zKcdSZwTiZugLU7jJY1f9AGHl3mCVwdlFD1KtMqrIBGOzLYzLJMY/s400/chico-canta_branca.jpg" width="400" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">À esquerda, a primeira capa, branca após censurarem a capa original com Calabar escrito, e à direita, a capa de outras edições, com o nome Chico Canta</td></tr>
</tbody></table>
<br />
<br />
<br />
<div style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Calibri;">Após serem citados três álbuns do
Chico Buarque no presente blog (um que eu mesmo tinha escrito – Construção), percebi
que certamente caberia mais. Um deles, em especial, merece uma atenção especial: Calabar (cujo nome foi censurado e ficou Chico
Canta).</span></div>
<br />
<div style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Calibri;">Entre 1972 e 1974, em parceira
com Ruy Guerra, Chico Buarque escreve uma peça musical denominada “Calabar: o
elogio da traição” tendo como tema a vida de Domingos Fernandes Calabar, senhor
de engenho do início do século XVII que se aliou aos holandeses e que, por
isso, foi condenado e entrou na história (escrita pelos portugueses) como um
traidor. </span></div>
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left; margin-right: 1em; text-align: left;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjpili9urCwKSMCQ9leqjxpqqLpAz3sTXimXr_w8Xd1JhfQnszcHBLIpmvw-3iC6zH9XcP_bza3RuDTOxUGpT-PTtl2zvNoQuIzwQqtPJC43tZ1ME3WcDfo2tLjOhFXqOG0OYogEcGtPxA1/s1600/chico+canta+calabar+original.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjpili9urCwKSMCQ9leqjxpqqLpAz3sTXimXr_w8Xd1JhfQnszcHBLIpmvw-3iC6zH9XcP_bza3RuDTOxUGpT-PTtl2zvNoQuIzwQqtPJC43tZ1ME3WcDfo2tLjOhFXqOG0OYogEcGtPxA1/s1600/chico+canta+calabar+original.jpg" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Capa original censurada</td></tr>
</tbody></table>
<div style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Calibri;">Na véspera da estreia da peça, a
Policia Federal censurou totalmente a sua apresentação, estendendo a proibição
à divulgação de que o espetáculo tinha sido proibido. Quanto ao disco com a
trilha do musical, o nome Calabar foi proibido. Por isso, o disco teve que
excluir seu nome e foi lançado apenas como “Chico Canta”. Muito mais do que
questionar versões oficiais e demonstrar que a história depende de quem a
escreve, a peça foi uma forma inteligente de questionar a própria ditadura que
o Brasil vivia no início da década de 1970. </span></div>
<br />
<div style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Calibri;">O disco começa com uma canção
instrumental denominada “Prólogo”, para emendar em uma das minhas preferidas do
Chico: “Cala a Boca, Bárbara”, canção que apresenta as faces romântica e
política lado a lado. Como pessoalmente não conhecia o teor exato da peça
proibida, fui pesquisar sobre quem seria a personagem Bárbara e encontrei uma
análise muito interessante feita pela ensaísta Adélia Bezerra de Meneses,
professora de literatura da USP e da Unicamp e autora de dois livros que
dissecam a poética de Chico Buarque em entrevista à CULT ( ver http://revistacult.uol.com.br/home/2010/03/lirismo-e-resistencia-de-chico-buarque).</span></div>
<br />
<div style="margin: 0cm 0cm 10pt 3cm; text-align: justify;">
<span style="background: white; color: black; font-family: "Georgia",serif; font-size: 11.5pt; line-height: 115%;"> “</span><i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="font-family: Calibri;">O “Cala a boca” que marca a canção
estigmatiza a peça e os tempos que a geraram: remete ao mesmo silêncio imposto
de “Cálice” (= Cale-se) da época em a canção foi produzida, a década de chumbo
dos inícios dos anos 70, auge da ditadura militar; mas também remete a uma
imposição de silêncio, à proibição de pronunciar o nome de Calabar, personagem
da história colonial do Brasil, na época do domínio holandês, e que tinha sido
julgado pelos portugueses como traidor, executado e esquartejado, e condenado à
extinção de sua memória, o que implicaria a proibição de mesmo pronunciar o seu
nome (o que é infringido na canção, à força de repetição do refrão: CALA a boca
BARbara: CALABAR). E esse é um dos mais belos poemas eróticos da língua
portuguesa.”</span></i></div>
<br />
<div style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Calibri;">A terceira é a bela “Tatuagem” (</span><i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="font-family: Calibri;">quero ficar no seu corpo feito tatuagem...
que é pra te dar coragem..pra seguir viagem...quando a noite vem</span></i><span style="font-family: Calibri;">..). </span></div>
<br />
<div style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Calibri;">“Ana de Amsterdam”, que vem na sequência,
é outra música que retrata uma personagem da peça, no caso uma prostituta
holandesa que cruzou o oceano em busca de dias melhores. Ana de Amsterdam
reaparece na canção seguinte (“Bárbara”) em um tocante diálogo de amor entre as
duas: </span><i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="font-family: Calibri;">Bárbara... Bárbara..nunca é tarde,
nunca é demais. (...) Vamos ceder enfim à tentação das nossas bocas cruas
..E mergulhar no poço escuro de nós duas.”</span></i></div>
<br />
<div style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Calibri;">As próximas duas (“Não existe
peca ao sul do Equador/ Boi Voador não pode”), gravadas juntas, são marchinhas
de carnaval levadas com muita alegria. A censura moralista novamente incomodou
e o Chico teve que trocar o verso</span><i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="font-family: Calibri;"> “Vamos
fazer um pecado safado debaixo do meu cobertor” por “Vamos fazer um
pecado rasgado, suado, a todo vapor</span></i><span style="font-family: Calibri;">”. Anos depois, ao ser gravada
por Ney Matogrosso, atingiu grande popularidade.</span></div>
<br />
<div style="margin: 0cm 0cm 10pt 3cm; text-align: justify;">
<i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="font-family: Calibri;">“(...) Sabe, no fundo eu sou um sentimental...Todos
nós herdamos no sangue lusitano uma boa dosagem de lirismo... (além da sífilis,
é claro)...Mesmo quando as minhas mãos estão ocupadas em torturar, esganar,
trucidar. ..Meu coração fecha os olhos e sinceramente chora. (...)”</span></i></div>
<br />
<div style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Calibri;">“Fado Tropical” (com pequeno
trecho citado acima), tem, como o próprio nome diz, o tradicional ritmo
lusitano que dá nome à música, uma verdadeira poesia. Nesta há partes cantadas
por Chico Buarque, que se contrapõem aos lindos versos recitados por Ruy
Guerra. O resultado é belíssimo. Para variar, a censura novamente interferiu e
mandou suprimir a palavra “sífilis”. Na gravação final restou um breve silêncio
no lugar.</span></div>
<br />
<div style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Calibri;">Depois do romantismo de “Tira as
mãos do mim”, “Cobra de Vidro” retoma a crítica política finalizando
sensacionalmente com vários </span><i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="font-family: Calibri;">Presta
Atenção</span></i><span style="font-family: Calibri;"> com inegável tom policialesco. </span></div>
<br />
<div style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Calibri;">“Vence na Vida quem diz sim” teve
a letra totalmente censurada, restando na primeira versão do disco apenas a
versão instrumental. Posteriormente, com a letra um pouco alterada, Nara Leão
gravou-a, com a participação do Chico Buarque.</span></div>
<br />
<div style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Calibri;">Para fechar o álbum, a breve e
contundente “Fortaleza”: (...) </span><i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="font-family: Calibri;">minha
fortaleza é de um silêncio infame... Bastando a si mesma, retendo o derrame... A
minha represa”. </span></i><span style="font-family: Calibri;">Simples e forte ao mesmo tempo.</span></div>
<span style="font-family: Calibri;"><br /></span>
<br />
<div style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<div style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Calibri;">Sou obrigado a confessar que
quando comprei esse disco (em formato CD há uns 20 anos) e com o nome de “Chico
Canta” (com a sua foto de perfil na capa), desconhecia a sua história e até
mesmo o fato de que o nome era para ser “Calabar”. Mesmo assim sempre gostei
muito desse disco a ponto de, como muito bem lembrou a
Carol, ter sido o escolhido como trilha sonora para o primeiro café da manhã
que fiz para ela. Quanto à capa, tempos depois de ter sido lançado com a branca
ou ainda com o seu perfil, o disco finalmente teve sua capa original divulgada.
Pena que nos tempos atuais poucos compram CD ou vinil. </span></div>
<span style="font-family: Calibri;">
</span></div>
<br />
<div style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Calibri;">Sobre a influência dos anos de
chumbo, que se caracterizou pela forte repressão e censura na primeira metade da
década de 1970, em entrevista à Rádio Eldorado em 1989 (encontra-se em seu site
oficial </span><a href="http://www.chicobuarque.com.br/"><span style="color: blue; font-family: Calibri;">www.chicobuarque.com.br</span></a><span style="font-family: Calibri;">)
Chico Buarque diz o seguinte:</span></div>
<br />
<div style="margin: 0cm 0cm 10pt 3cm; text-align: justify;">
<i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="font-family: Calibri;">“Existe alguma coisa de abafado, pode ser
chamado de protesto... eu nem acho que eu faça música de protesto....mas
existem músicas aqui que se referem imediatamente à realidade que eu estava
vivendo, à realidade política do país”.</span></i></div>
<br />
<div style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Calibri;">De fato, fica evidente essa
relação e só temos a agradecer o Chico Buarque por ter transformado esses
graves obstáculos políticos em inspiração para compor e encantar. Triste é
constar que quarenta anos depois, Chico Buarque ao invés de lidar com estúpidos
censores de uma ditadura, tenha que aguentar os filhotes da ditadura que voltam
a perturbar todos aqueles que, como Chico Buarque, lutaram por um país mais
democrático. A esses, resta dizer um sonoro "Tire as Mãos de Mim!"</span></div>
<br />
<div style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Calibri;">Para escutar esse verdadeiro
clássico da MPB pode-se utilizar o aplicativo de músicas Spotify: </span><a href="https://open.spotify.com/album/2HbAJZnA6a8orrEtZEooRH"><span style="color: blue; font-family: Calibri;">https://open.spotify.com/album/2HbAJZnA6a8orrEtZEooRH</span></a><span style="font-family: Calibri;">
</span><br />
<span style="font-family: Calibri;"><br /></span>
<span style="font-family: Calibri;">Paul</span></div>
<b></b><i></i><u></u><sub></sub><sup></sup><strike></strike>Dãohttp://www.blogger.com/profile/00692177805712075182noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-1233835418864094446.post-36433815227363511832015-02-22T15:24:00.001-03:002015-02-22T18:34:38.325-03:00"Eu quero é botar meu bloco na rua", Sérgio Sampaio<!--[if gte mso 9]><xml>
<o:OfficeDocumentSettings>
<o:RelyOnVML/>
<o:AllowPNG/>
</o:OfficeDocumentSettings>
</xml><![endif]--><br />
<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiZdxeyLUW-EFRXYbi8y_U6AzBhPYEavO504hiKnosx1wGi-C4bMiLgIFlOyuljXgtZj23uSWO7om5yu-HUOpkJ_xCo5hzL521i9OWpDhXk_bD_JFgD9-pPhXIikpCiuASm9FlNgcSe8-UD/s1600/sergiosampaio.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiZdxeyLUW-EFRXYbi8y_U6AzBhPYEavO504hiKnosx1wGi-C4bMiLgIFlOyuljXgtZj23uSWO7om5yu-HUOpkJ_xCo5hzL521i9OWpDhXk_bD_JFgD9-pPhXIikpCiuASm9FlNgcSe8-UD/s1600/sergiosampaio.jpg" height="320" width="320" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Capixaba de Cachoeiro do
Itapemirim, tal como Roberto Carlos, chegou no Rio de Janeiro em 1967 para dar
início a sua carreira artística, a começar com trabalhos em rádios como locutor.
Após um início repleto de dificuldades e vivendo intensamente as noites
cariocas, conheceu Raul Seixas, quando este era produtor da CBS, e gravaram juntos
A Sociedade da Grã-Ordem Cavernista apresenta Sessão das 10 (<span style="-webkit-text-stroke-width: 0px; float: none; orphans: auto; text-align: start; widows: auto; word-spacing: 0px;"><span style="-webkit-text-stroke-width: 0px; float: none; orphans: auto; text-align: start; widows: auto; word-spacing: 0px;"><span lang="EN-US" style="mso-ansi-language: EN-US;"><span lang="EN-US" style="mso-ansi-language: EN-US;">disco que também merece uma resenha nesse blog)</span></span></span></span>, em companhia de
Edy Star e Míriam Batucada em 1971, inspirado por Freak Out<span style="-webkit-text-stroke-width: 0px; float: none; orphans: auto; text-align: start; widows: auto; word-spacing: 0px;"> (1966), de Frank Zappa<span style="-webkit-text-stroke-width: 0px; float: none; orphans: auto; text-align: start; widows: auto; word-spacing: 0px;"> e Sgt. Pepper's Lonely Hearts Club Band<a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Sgt._Pepper%27s_Lonely_Hearts_Club_Band" title="Sgt. Pepper's Lonely Hearts Club Band"><span lang="EN-US" style="color: windowtext; mso-ansi-language: EN-US; text-decoration: none; text-underline: none;"></span></a><span lang="EN-US" style="mso-ansi-language: EN-US;"><span style="-webkit-text-stroke-width: 0px; float: none; orphans: auto; text-align: start; widows: auto; word-spacing: 0px;"> (1967), dos Beatles</span><span lang="EN-US" style="mso-ansi-language: EN-US;">. </span></span></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Em 1972, sua carreira finalmente parecia
que iria decolar quando apresentou-se no VII Festival Internacional da Canção com
a marcha-rancho “Eu Quero é Botar meu Bloco na Rua”. Apesar de não ganhar o
festival, foi um imenso sucesso popular, servindo como carro-chefe para que o
disco das melhores canções do VII FIC chegasse a 500 mil cópias vendidas. Parte
do seu sucesso pode ser atribuída ao fato de sua letra simbolizar tão bem um
sentimento coletivo na época do auge da repressão imposta pelo regime militar
no Brasil.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
No ano seguinte, catapultado pelo
sucesso dessa música, assinou com a Philips/Polygram para gravar um disco com
esse mesmo nome. Segundo André Midani, presidente da gravadora na época, Sérgio
Sampaio chegou à gravadora como um artista completo<a href="https://www.blogger.com/blogger.g?blogID=1233835418864094446#_ftn1" name="_ftnref1" style="mso-footnote-id: ftn1;" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="mso-special-character: footnote;"><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Calibri",sans-serif; font-size: 11.0pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-language: AR-SA; mso-bidi-theme-font: minor-bidi; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin; mso-hansi-theme-font: minor-latin;">[1]</span></span></span></span></a>.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Produzido por ninguém menos que Raul
Seixas, acompanhado ainda por músicos como José Roberto Bertrami, Alexandre
Malheiros, Ivan Conti, Renato Piau e Wilson das Neves, o disco inicia-se com a
criativa “Leros, Leros e Boleros”, cujo ritmo faz mesmo menção a um bom bolero
e segue com a ótima “Filme de Terror”, que inspirou um criativo vídeo de Antonio
Celso Barbieri (<a href="https://www.youtube.com/watch?v=M2RjMh17CVk">https://www.youtube.com/watch?v=M2RjMh17CVk</a>).</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Em seu conjunto, o vinil
apresenta algumas canções mais autorais (“Pobre meu Pai”, “Eu sou aquele que
disse”), outras mais melódicas (“Não tenha medo não”) e por fim algumas com uma
batida mais ritmada como “Labirintos Negros”. </div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Destaca-se ainda a ótima “Cala a
boca Zebedeu”, composta por seu pai, Raul Sampaio, maestro de uma banda em sua
cidade natal; a bela letra de “Viajei de Trem”, que conta com a participação de
Raul Seixas; e o animado samba “Odete” (<i style="mso-bidi-font-style: normal;">não
é vivendo que se aprende, Odete... mas é vivendo que se aprende a viver</i>),
em que cita trechos de “Que Maravilha” de Jorge Ben.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
O disco culmina de maneira
apoteótica com “Eu quero é Botar meu Bloco na Rua”, a sua mais conhecida e tantas vezes regravada, e finaliza com “Raulzito Seixas”, uma espécie
de homenagem ao seu parceiro que o ajudou no início. Para escutar o disco mais
facilmente para quem não conhece, recomendo acessar: <a href="https://www.youtube.com/watch?v=etf6oyZmS-A">https://www.youtube.com/watch?v=etf6oyZmS-A</a></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Apesar de músicas como Cala a
boca, Zebedeu", "Odete" e "Viajei de trem" terem
tocado nas rádios, infelizmente as vendas decepcionaram (estima-se em 5 mil
cópias). Nessa época, Sérgio Sampaio já era muito conhecido pelo seu
comportamento inquieto, um artista fora do sistema, <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>considerado para muitos como o maldito da MPB.
Como diria Jairo Severiano e Zuza Homem de Mello, <i style="mso-bidi-font-style: normal;">com seu porte magérrimo, seu cabelão comprido e seu comportamento
bizarro, sempre bebendo, cantando ou gargalhando com espalhafato, ele jamais
poderia passar despercebido ao mais distraído habitu</i>é de bares da zona sul
carioca<a href="https://www.blogger.com/blogger.g?blogID=1233835418864094446#_ftn2" name="_ftnref2" style="mso-footnote-id: ftn2;" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="mso-special-character: footnote;"><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Calibri",sans-serif; font-size: 11.0pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-language: AR-SA; mso-bidi-theme-font: minor-bidi; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin; mso-hansi-theme-font: minor-latin;">[2]</span></span></span></span></a>. </div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Nos anos 1970 e início dos 1980 teve
ainda dois discos lançados (o último de forma independente) e acabou atravessando
a maior parte da década de 1980 esquecido, embora compondo canções cada vez
mais aprimoradas.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Tentou retomar a carreira nos anos
1990 mas morreu antes de finalizar seu novo trabalho, “Cruel, que acabou sendo
posteriormente produzido e lançado por Zeca Baleiro em 2006. Em termos de
melodias e qualidade das canções, pode-se afirmar que o resultado desse último
trabalho supera o aqui citado, mas optei por começar com esse pela sua
importância histórica com o intuito mais de falar do artista do que do disco em
si. </div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Embora sua importância para a
música brasileira tenha sido relegada a segundo plano durante muito tempo, felizmente
nos últimos anos trabalhos como a sua biografia escrita por Rodrigo Moreira; regravações
interpretadas por cantores como Zeca Baleiro e Elba Ramalho; ou ainda o documentário
"Cabine 103", de Julia Bosco (filha de João Bosco), Gustavo Macacko e
Juliano Rabujah, com direção de Chico Regueira e Inês Garçoni (<a href="https://www.youtube.com/watch?v=yAS3nrLn8_U">https://www.youtube.com/watch?v=yAS3nrLn8_U</a>)
tem contribuído para o justo resgate de sua memória. </div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Depois de tanto tempo vivendo no ostracismo
e após sua morte quase no esquecimento, nos damos conta da falta que nos faz
artistas que como ele que contestam o sistema e que, fundamentalmente, vivem
com intensidade. De acordo com Sérgio Natureza, seu parceiro em diversas
canções e autor do prefácio do livro de Rodrigo Moreira, Sérgio Sampaio foi o
verdadeiro "Garrincha da MPB" devido à postura rebelde e não
enquadrada que sempre norteou sua vida. Tal como o eterno camisa 7, Sérgio
Sampaio morreu abandonado, mas nos deixou um belo legado.<a href="https://www.blogger.com/blogger.g?blogID=1233835418864094446#_ftn3" name="_ftnref3" style="mso-footnote-id: ftn3;" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="mso-special-character: footnote;"><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Calibri",sans-serif; font-size: 11.0pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-language: AR-SA; mso-bidi-theme-font: minor-bidi; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin; mso-hansi-theme-font: minor-latin;">[3]</span></span></span></span></a><br />
<br />
<span class="MsoFootnoteReference"><span style="mso-special-character: footnote;"><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Calibri",sans-serif; font-size: 11.0pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-language: AR-SA; mso-bidi-theme-font: minor-bidi; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin; mso-hansi-theme-font: minor-latin;">[Paul] </span></span></span></span>
</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="mso-element: footnote-list;">
<br clear="all" />
<hr align="left" size="1" width="33%" />
<div id="ftn1" style="mso-element: footnote;">
<div class="MsoFootnoteText">
<a href="https://www.blogger.com/blogger.g?blogID=1233835418864094446#_ftnref1" name="_ftn1" style="mso-footnote-id: ftn1;" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="mso-special-character: footnote;"><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Calibri",sans-serif; font-size: 10.0pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-language: AR-SA; mso-bidi-theme-font: minor-bidi; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin; mso-hansi-theme-font: minor-latin;">[1]</span></span></span></span></a>
MIDANI, André. Mùsica, Ídolos e Poder – do vinil ao download, Rio de Janeiro:
Nova Fronteira, 2008.</div>
</div>
<div id="ftn2" style="mso-element: footnote;">
<div class="MsoFootnoteText">
<a href="https://www.blogger.com/blogger.g?blogID=1233835418864094446#_ftnref2" name="_ftn2" style="mso-footnote-id: ftn2;" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="mso-special-character: footnote;"><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Calibri",sans-serif; font-size: 10.0pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-language: AR-SA; mso-bidi-theme-font: minor-bidi; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin; mso-hansi-theme-font: minor-latin;">[2]</span></span></span></span></a>
SEVERIANO, Jairo e HOMEM DE MELLO, Zuza, A Canção no Tempo – 85 anos de músicas
brasileiras, São Paulo: Editora 34, 2006 (5ª. Edição).</div>
</div>
<div id="ftn3" style="mso-element: footnote;">
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<a href="https://www.blogger.com/blogger.g?blogID=1233835418864094446#_ftnref3" name="_ftn3" style="mso-footnote-id: ftn3;" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="mso-special-character: footnote;"><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Calibri",sans-serif; font-size: 11.0pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-language: AR-SA; mso-bidi-theme-font: minor-bidi; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin; mso-hansi-theme-font: minor-latin;">[3]</span></span></span></span></a>
Parte das informações que constam aqui é de Bruno Ribeiro, no site: <a href="http://www.samba-choro.com.br/artistas/sergiosampaio">http://www.samba-choro.com.br/artistas/sergiosampaio</a>,
obtido em 22 de fevereiro de 2015.</div>
<div class="MsoFootnoteText">
<br /></div>
</div>
</div>
Dãohttp://www.blogger.com/profile/00692177805712075182noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-1233835418864094446.post-7544830909215860912015-01-17T13:56:00.003-03:002015-01-17T23:02:42.760-03:00Álibi. Maria Bethania.<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiwT0Lm705bgoXxoylU6auA5koEnw7ii6pouYCoiv8TlXcltJxxEZQcpcZPz8NVv8Y1gNMRTqozrLl3nML_f2Qytc6yBERvx5P9xmzgORAkpC-VrqxJibhXefT9cIrsdQTN0JmXhy5UfAKp/s1600/Alibi_1978.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiwT0Lm705bgoXxoylU6auA5koEnw7ii6pouYCoiv8TlXcltJxxEZQcpcZPz8NVv8Y1gNMRTqozrLl3nML_f2Qytc6yBERvx5P9xmzgORAkpC-VrqxJibhXefT9cIrsdQTN0JmXhy5UfAKp/s400/Alibi_1978.jpg" /></a></div>
É batata! Vez ou outra você se vê num desses programas de índio inevitáveis e se pergunta: quéqueutôfazendoaqui? Churrascos com prazo de validade de duas horas, por exemplo. É nessa hora que sempre fantasio a perfeição. A perfeição atende pelo nome de Jair Rodrigues, Antonio Carlos Mussum, Maria Alcina e Wally Salomão. Churrasco perfeito.
Wally Salomão é co-autor da musica mais bacana desse disco: A faixa nº 4. O que nos remete a curiosidade desse disco icônico, que é a de, possivelmente, ser o único trabalho genial onde as três primeiras musicas não valem uma pataca.
O que torna indispensável o “Álibi” são as faixas 5, 6 e 7. Simplesmente são as versões definitivas de Ronda, Explode Coração e Negue. Isso em 1978. Seria algo comparável ao Pelé ser eleito o melhor jogador do século faltando vinte anos para o fim daquele centenário. Quero dizer, ninguém jamais interpretará melhor, enquanto esse globo for habitável, essas três musicas depois de 78.
Outra curiosidade do disco é que as duas parcerias com Bethania em musicas maravilhosas resultaram em uma coisa xoxa. E parceiras que em 1978 estavam no auge da voz. Alcione em “O meu Amor” e Gal em “Sonho meu”. Até Claudia Ohana e Marieta Severo no “Opera do Malandro” disco filme e disco peça fizeram mais bonito com Elba Ramalho neste “O meu Amor”.
“Cálice” está ótima com Bethania. Mas Cálice é Cálice. Possivelmente, junto com “Brejo da Cruz” e “Uma canção Desnaturada”, é a musica mais intensa do Chico. Meu, até Ritchie faria bonito! Seja como for, ainda perde para versão original com Milton no disco “Feijoada Completa”.
Voltando as faixas 5, 6 e 7. Me recordo de meu amigo Pimenta um dia asseverar: “Zeba, a coisa é o seguinte: se Maria Bethania cantar parabéns para você, nesta data querida...você realmente se sente envelhecendo mais um ano.
ZEBA
ET. Tá sem foto do disco, pq não sei como fazer isso.Dãohttp://www.blogger.com/profile/00692177805712075182noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-1233835418864094446.post-32182478994140755362015-01-06T12:55:00.001-03:002016-05-20T13:16:09.442-03:00"É o que Temos" - Bárbara Eugênia<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEht9XfVlw5HsszDnTh7DrXE-npqvhyNoNzc8NmXBq9hGi3xLWCUBnb-GDx3sBWEQ0E5xsRzNwlSAcfes_h1nUaPy8pWvBr5Ncv2qN3VRbMwUWLemLYjYrdDWO0cfRjdg9lbASKw4c6ugagh/s1600/barbara-eugenia-e-o-que-temos.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="357" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEht9XfVlw5HsszDnTh7DrXE-npqvhyNoNzc8NmXBq9hGi3xLWCUBnb-GDx3sBWEQ0E5xsRzNwlSAcfes_h1nUaPy8pWvBr5Ncv2qN3VRbMwUWLemLYjYrdDWO0cfRjdg9lbASKw4c6ugagh/s1600/barbara-eugenia-e-o-que-temos.jpg" width="400" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;">
</div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "calibri";">Nascida em Niterói e residente em
Sampa desde 2005, Bárbara Eugênia estreou com pé direito ao participar da
trilha sonora do filme “O Cheiro do Ralo” dois anos mais tarde. Desde então ela
tem atuado em diversos projetos solos ou em conjunto com outros músicos, sempre bem acompanhada, exibindo seu
talento tanto como intérprete, quanto como compositora.<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "calibri";">Depois do promissor “Jornal da Bad”
em 2010, seu primeiro trabalho solo, Bárbara Eugênia seguiu conquistando
terreno até que obteve como prêmio no </span><span style="background: white; color: #3c4a54; font-family: "courier new"; font-size: 10.5pt; line-height: 115%;">“</span><span style="font-family: "calibri";">Festival
MPTM (Música Para Todo Mundo)” a gravação de seu segundo álbum: “É o que Temos”,
lançado em 2013.<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "calibri";">Com a produção e participação de Edgard
Scandurra (já parceiro dela em outros projetos)</span><a href="file:///C:/Users/Paulo/Documents/Pessoal/Blog/1001br/barbara%20eugenia.docx" name="_ftnref1" style="mso-footnote-id: ftn1;" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="mso-special-character: footnote;"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "calibri" , sans-serif; font-size: 11pt; line-height: 115%;"><span style="color: blue;">[1]</span></span></span><!--[endif]--></span></span></a><span style="font-family: "calibri";">
e de Clayton Martin (baterista do Cidadão Instigado), o disco ficou tão bom que faturou o
prêmio Multishow naquele ano. Vamos ao disco então...<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "calibri";">Depois de iniciar suavemente com
“Coração”, a segunda canção merece destaque especial por resgatar “Porque
brigamos”, sucesso da Jovem Guarda no início do anos 70 com a Diana
interpretando uma versão de Rossini Pinto para “I am...I sad” de Neil Diamond. A
nova versão ficou tão boa que até mesmo o som do órgão de Astronauta Pinguim (tecladista) consegue nos levar para a atmosfera “brega” (sem nenhuma conotação pejorativa) que fazia parte da
gravação original da Diana. Para completar, o clipe dirigido por André
Gagliardo e disponível no <i style="mso-bidi-font-style: normal;">youtube </i>é
simplesmente genial. <o:p></o:p></span></div>
<a href="https://www.youtube.com/watch?v=Nr5xeHMIGDQ"><span style="color: blue; font-family: "calibri";">https://www.youtube.com/watch?v=Nr5xeHMIGDQ</span></a><o:p></o:p><br />
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;">
<i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="background: white; font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 10pt; line-height: 115%;">Tudo se resume, tudo se resume a uma<br />
Uma dúzia, tantas dúvidas, as mesmas velhas dúvidas<br />
E você numa atitude irresponsável me deixou suspenso no ar<br />
Não é do meu feitio, mas vou entregar<o:p></o:p></span></i></div>
<i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="background: white; font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 10pt; line-height: 115%;">Se foram as noites brancas que te dei<br />
Por que essa roupa suja pra lavar<br />
Se não tínhamos o menor cabimento<br />
E pensando bem a gente deu o que tinha que dar<o:p></o:p></span></i><br />
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "calibri";">Mantendo como pano de fundo uma
crise de relacionamento, “Roupa Suja”, composta e gravada em parceira com
Pélico, mostra toda a sua capacidade de se cercar de bons músicos. O clipe,
lançado recentemente em uma versão mais “acústica”, também merece ser observado
com atenção: </span><a href="https://www.youtube.com/watch?v=pudTZfJllps"><span style="color: blue; font-family: "calibri";">https://www.youtube.com/watch?v=pudTZfJllps</span></a><o:p></o:p></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;">
<i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="background: white; font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 10pt; line-height: 115%;">Você devia mudar o seu rumo<br />
Você devia achar que merece mais<o:p></o:p></span></i></div>
<span style="font-family: "calibri";">“O Peso dos seus Erros”, a quarta
canção do álbum, nos leva novamente para o ambiente da Jovem Guarda, mas desta
vez com uma canção de sua autoria. <o:p></o:p></span><br />
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "calibri";">Em “I Wonder”, a parceria desta
vez é com os músicos de Mustache e os Apaches. O banjo de Pedro Pastoriz e o
coro bem arranjado produzem um resultado muito criativo. <o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "calibri";">A próxima canção, “Sozinha” é uma
adaptação feita por ela mesma de “Me siento solo”, do francês Adanowsky (Adan_Jodorowsky).
Eu, particularmente, não conhecia a original, mas cheguei à conclusão que a versão da Bárbara Eugênia
ficou muito melhor.<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "calibri";">A sétima música, “</span><a href="https://soundcloud.com/barbara-eugenia/07-jusqua-la-mort"><span style="color: windowtext; text-decoration: none; text-underline: none;"><span style="font-family: "calibri";">Jusqu'a La
Mort</span></span></a><span style="font-family: "calibri";">” é, pessoalmente, uma das minhas prediletas. Para falar de amor, desta vez ela
se arrisca a compor em francês e acertou a mão incrivelmente, com uma
sonoridade que me faz pensar em um improvável casamento do rock progressivo (Pink
Floyd na veia) com o tropicalismo. O som de uma das guitarras me remete ao vocal da Gal Costa nos velhos tempos (viagem minha). Como se não bastasse, o clipe
é de uma sensualidade de muito bom gosto: </span><a href="https://www.youtube.com/watch?v=26qBo16Uo0A"><span style="color: blue; font-family: "calibri";">https://www.youtube.com/watch?v=26qBo16Uo0A</span></a><o:p></o:p></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "calibri";">Em seguida, ela acelera o ritmo
em um excelente rock com “Ugabuga Feeling”, canção na qual o amor se coloca de
uma forma mais visceral e carnal, sob uma batida bem primitiva. Sensacional.<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;">
<i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="background: white; font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 10pt; line-height: 115%;">Eu piso na poça debaixo da chuva<br />
Sai um arco-íris com raios de sol<br />
Eu danço no vento, me perco no tempo<br />
Balanço, sacudo o cabelo e não fico só<br />
Não tenho medo da chuva e não fico só<o:p></o:p></span></i></div>
<span style="font-family: "calibri";">“Eu Não Tenho Medo Da Chuva e Não
Fico Só”, a próxima, é fruto da sua parceria com Tatá Aeroplano (que no
primeiro disco já tinha rendido bons frutos), contando ainda com a participação
de Chankas, com quem ela gravou o trabalho mais recente: Aurora. Nela o amor
flui leve, sem medo. <o:p></o:p></span><br />
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "calibri";">Em “You wish, You get it”, retoma
o tom mais animado, <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>alto astral, em uma
feliz composição dela, desta vez em inglês, tal como a canção que encerra o
álbum, “Out to the Sun”, que conta com a participação especial do violoncelo de
Peri Pane, outro parceiro que rende bons trabalhos para ambos, como na “Note”,
que faz parte do disco dele.<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "calibri";">Por fim, tendo no amor das mais
diversas formas como fio condutor, ela vagueia pelas canções com sua voz doce e
afinada. Uma ponte unindo Niterói a São Paulo, canções próprias a versões,
letras em português àquelas em inglês ou francês. Quase sempre com clipes muito
bem produzidos (vale uma busca no YouTube na página dela). A sua beleza se traduz em suas canções. A continuar assim, sua carreira vai longe. Por enquanto, é o que
temos, mas para Bárbara, nunca é tarde, nunca é demais.</span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;">
<o:p><span style="font-family: "calibri";"> [Paul] </span></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;">
</div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;">
</div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;">
</div>
<br />
<div style="mso-element: footnote-list;">
<!--[if !supportFootnotes]--><br />
<hr align="left" size="1" width="33%" />
<!--[endif]-->
<br />
<div id="ftn1" style="mso-element: footnote;">
<div class="MsoFootnoteText" style="margin: 0cm 0cm 0pt;">
<a href="file:///C:/Users/Paulo/Documents/Pessoal/Blog/1001br/barbara%20eugenia.docx" name="_ftn1" style="mso-footnote-id: ftn1;" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="mso-special-character: footnote;"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "calibri" , sans-serif; font-size: 10pt; line-height: 115%;"><span style="color: blue;">[1]</span></span></span><!--[endif]--></span></span></a><span style="font-family: "calibri"; font-size: x-small;">
Entre outros projetos dela com Scandurra, destaca-se o a homenagem a Serge Gainsbourg
com o Les Provocateurs e a gravação do programa MTV na Brasa, com uma versão matadora
de “Dor e Dor”, do Tom Zé: </span><a href="https://www.youtube.com/watch?v=wbbKbTrl0WU"><span style="color: blue; font-family: "calibri"; font-size: x-small;">https://www.youtube.com/watch?v=wbbKbTrl0WU</span></a><span style="font-size: x-small;"><span style="font-family: "calibri";">
<o:p></o:p></span></span></div>
</div>
</div>
Dãohttp://www.blogger.com/profile/00692177805712075182noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1233835418864094446.post-9142301785912382672015-01-03T12:03:00.003-03:002015-01-03T12:48:33.521-03:00"Eu Menti pra Você", Karina Buhr<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj3I6DRpRPjOiqBnqEoU_Ul_W5I3JLCuCcM9cPtJLgupjevxj0olpl_En2HV9ABl1nqA9OyKpA1h7euumYF19gDI3I5_MthxDwO_CoG0fQ3ao9VDRE3WnfqSb92ShnINbS5WFhtibj5aXCk/s1600/karina-buhr-eu-menti-pra-voce.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj3I6DRpRPjOiqBnqEoU_Ul_W5I3JLCuCcM9cPtJLgupjevxj0olpl_En2HV9ABl1nqA9OyKpA1h7euumYF19gDI3I5_MthxDwO_CoG0fQ3ao9VDRE3WnfqSb92ShnINbS5WFhtibj5aXCk/s1600/karina-buhr-eu-menti-pra-voce.jpg" height="361" width="400" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Calibri;">Cantora, compositora, percursionista, atriz, desenhista,
ativista, enfim, Karina Buhr é uma artista completa. E como se não
bastasse, os dois discos da sua carreira solo são tão bons que foi
difícil escolher qual deles seria primeiramente selecionado para entrar nesse
blog.<span style="mso-spacerun: yes;"> </span><o:p></o:p></span></div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Calibri;">Depois de muito escutá-los, resolvi falar sobre o primeiro.
Com perdão do trocadilho, eu mentiria para você se dissesse que ouvi esse disco
na época do seu lançamento, em 2010.<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Não
me recordo ao certo como que fui descobrir a Karina Buhr, mas creio que foi em 2012 através da internet e posso afirmar que foi paixão à primeira
vista.<o:p></o:p></span></div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Calibri;">Baiana de nascimento, crescida em Recife, Karina Buhr é
daquelas que se entrega de corpo e alma ao que faz. Embora eu ainda não tenha tido a
oportunidade de assisti-la ao vivo (aguardo-a em Curitiba), já pude constatar
em vídeos que seus shows são espetaculares. Sua música é carregada de
energia<i style="mso-bidi-font-style: normal;">. Seu suor, solidifica, vira pó</i>.
<o:p></o:p></span></div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Calibri;">Com currículo recheado de diversas manifestações culturais, em
1997 Karina Buhr formou a banda </span><a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Comadre_Fulozinha_(banda)" title="Comadre Fulozinha (banda)"><span style="color: windowtext; text-decoration: none; text-underline: none;"><span style="font-family: Calibri;">Comadre Fulozinha</span></span></a><span style="font-family: Calibri;">, com a qual gravou três
discos</span><a href="file:///C:/Users/Paulo/Documents/Pessoal/Blog/1001br/Karina%20Buhr.docx" name="_ftnref1" style="mso-footnote-id: ftn1;" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="mso-special-character: footnote;"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Calibri",sans-serif; font-size: 11pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-language: AR-SA; mso-bidi-theme-font: minor-bidi; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin; mso-hansi-theme-font: minor-latin;"><span style="color: blue;">[1]</span></span></span><!--[endif]--></span></span></a><span style="font-family: Calibri;">.
Esse rico histórico certamente contribuiu para que seu disco solo de estreia já
apresentasse uma sonoridade tão marcante, combinando canções ao mesmo tempo
bonitas e fortes. Mas vamos ao disco em questão:<o:p></o:p></span></div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Calibri;">Depois de abrir com a canção que batiza o CD, na qual o
sotaque pernambucano agrega muito à música e demonstra toda sua singularidade, o
disco segue com a original “Vira Pó”, para emendar numa canção que é, para mim,
uma das suas melhores: Avião Aeroporto.<o:p></o:p></span></div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="background: white; color: #666666; font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 10.5pt; line-height: 115%;">“Porque o corpo humano tem a resistência
perfeita<br />
Se bate de leve, dói, bate de com força, mata”<o:p></o:p></span></i></div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Calibri;">Além de uma letra contundente, a música tem uma batida que
nos remete ao mangue beat. No youtube tem algumas versões dessa canção
nas quais ela dá um verdadeiro espetáculo. Recomendo a gravação no programa Na
Brasa, com a participação da guitarra singular do Edgard Scandurra: </span><a href="https://www.youtube.com/watch?v=cltr2yXbn0M"><span style="color: blue; font-family: Calibri;">https://www.youtube.com/watch?v=cltr2yXbn0M</span></a><o:p></o:p></div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="background: white; color: #666666; font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 10.5pt; line-height: 115%;">“Dorme antes do míssil passar<br />
Daqui a um segundo Eu posso não ter mais você<br />
Você não mais que isso”<o:p></o:p></span></i></div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Calibri;">“Nassíria e Najaf” nos emociona ao falar do universo de
crianças que vivem nessas duas cidades iraquianas fortemente bombardeadas
durante a guerra do Iraque. Infelizmente, esse tema se mantém na Palestina,
Afeganistão e outros tantos lugares, tornando a música tragicamente
atual. Seu clipe é tocante: </span><a href="https://www.youtube.com/watch?v=aPx5e4BVlWI"><span style="color: blue; font-family: Calibri;">https://www.youtube.com/watch?v=aPx5e4BVlWI</span></a><o:p></o:p></div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Calibri;">O disco segue brilhantemente com “O Pé” e “Ciranda do
Incentivo”, canção na qual é faz uma paródia com o mercado fonográfico: <o:p></o:p></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="background: white; color: #666666; font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 10.5pt; line-height: 115%;">“Eu não sei negociar...eu sei no máximo tocar
meu tamborzinho e olhe lá...”<o:p></o:p></span></i></div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Calibri;">Depois vem “Telekphonen”, música experimental em que ela
insere uma letra em alemão. Som completamente diferente, mas que vale a pena
escutar. Nessa canção, ela faz uso do Theremin, instrumento
musical eletromagnético criado pelo russo de mesmo nome, cujos sons são obtidos
com movimentos da mão. Interessante.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Calibri;"><o:p><a href="https://www.youtube.com/watch?v=wg1do0eACYU">https://www.youtube.com/watch?v=wg1do0eACYU</a></o:p></span></div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Calibri;">Depois o ritmo diminui, sem perder o tom crítico em “Mira
Ira”:<o:p></o:p></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="background: white; color: #666666; font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 10.5pt; line-height: 115%;">“Tá tudo padronizado<br />
No nosso coração<br />
Nosso jeito de amar<br />
Pelo jeito não é nosso não<br />
Tá tudo padronizado”<o:p></o:p></span></i></div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Calibri;">O ritmo volta a subir em “Soldat”, o verdadeiro poema
cantado em ritmo punk-rock. Depois vem as igualmente boas “Esperança Cansa” (<i style="mso-bidi-font-style: normal;">minha fúria odiosa já está na agulha</i>) e
“Solo de Água Fervente”. <o:p></o:p></span></div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="background: white; color: #666666; font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 10.5pt; line-height: 115%;">“Essa tarde dourada que traz<br />
felicidade pras pessoas normais” <o:p></o:p></span></i></div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Calibri;">“Bem vindas”, a penúltima canção, é mais uma que tem uma
letra inspirada, mas dessa vez com um ritmo mais lento, quase como se fosse uma
canção de ninar. Excelente. <o:p></o:p></span></div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="background: white; color: #666666; font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 10.5pt; line-height: 115%;">“Hoje eu não tô afim<br />
de corre-corre e confusão<br />
eu quero passar a tarde<br />
estourando plastico bolha”<o:p></o:p></span></i></div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Calibri;">O disco encerra com a criativa “Plástico Bolha”, afinal quem
nunca quis passar uma tarde estourando plástico bolha.<o:p></o:p></span></div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Calibri;">Enfim, trata-se de um disco impecável do começo ao fim, que
traduz muito bem a sua energia. Um som desses para nos encher de esperança de que não <i style="mso-bidi-font-style: normal;">está tudo
padronizado nos nossos corações</i>.</span><br />
<span style="font-family: Calibri;"></span><br />
<span style="font-family: Calibri;">PS: para escutar, conhecer, ouvir, sugiro entrar no site dela, de onde se pode baixar ou comprar o disco: </span><br />
<a href="http://www.karinabuhr.com.br/discos">http://www.karinabuhr.com.br/discos</a> </div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Calibri;"><o:p>[Paul]</o:p></span></div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<!--[if !supportFootnotes]--><br />
<div style="mso-element: footnote-list;">
<br /></div>
<hr align="left" size="1" width="33%" />
<!--[endif]-->
<br />
<div id="ftn1" style="mso-element: footnote;">
<div class="MsoFootnoteText" style="margin: 0cm 0cm 0pt;">
<a href="file:///C:/Users/Paulo/Documents/Pessoal/Blog/1001br/Karina%20Buhr.docx" name="_ftn1" style="mso-footnote-id: ftn1;" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="mso-special-character: footnote;"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Calibri",sans-serif; font-size: 10pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-language: AR-SA; mso-bidi-theme-font: minor-bidi; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin; mso-hansi-theme-font: minor-latin;"><span style="color: blue;">[1]</span></span></span><!--[endif]--></span></span></a><span style="font-family: Calibri; font-size: x-small;">
Karina BUhr participou de rodas e côco e ciranda em Pernambuco, e integrou
bandas como Eddie, Bonsucesso Samba Clube, Dj Dolores e Orchestra Santa Massa
(com </span><a href="http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Erasto_Vasconcelos&action=edit&redlink=1" title="Erasto Vasconcelos (página não existe)"><span style="color: windowtext; text-decoration: none; text-underline: none;"><span style="font-family: Calibri; font-size: x-small;">Erasto Vasconcelos</span></span></a><span style="font-family: Calibri; font-size: x-small;"> e </span><a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Ant%C3%B4nio_N%C3%B3brega" title="Antônio Nóbrega"><span style="color: windowtext; text-decoration: none; text-underline: none;"><span style="font-family: Calibri; font-size: x-small;">Antônio Nóbrega</span></span></a><span style="font-size: x-small;"><span style="font-family: Calibri;">).<o:p></o:p></span></span></div>
</div>
Dãohttp://www.blogger.com/profile/00692177805712075182noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-1233835418864094446.post-45739812325538089952014-04-27T12:52:00.000-03:002014-04-27T13:01:02.209-03:00"A Arca de Noé" - Vinícius de Moraes (1980)<img height="304" src="https://encrypted-tbn1.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcSiEo81nybg5SYY8n8C1woVPwjggqKOXb8Wd3Jgl90Daye-k6jlmg" width="320" /><br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;">
</div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;">
<span style="font-family: Calibri;">Lembro até hoje do dia em que, ainda criança, minha mãe
chegou com um disco Arca de Noé, que mostrava que músicas infantis não precisam
ser bobas, ainda mais interpretadas por cantores do naipe de Ney Matogrosso,
Chico Buarque e Alceu Valença entre outros.<o:p></o:p></span></div>
<span style="font-family: Calibri;">O disco tinha uma capa interativa, daquelas que só os
antigos vinis permitiam.<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Pelo que me
recordo, uma capa em branco com uma arca desenhada. O restante dos desenhos estava
disposto em um encarte interno para recortar e colar na capa, algo que eu
rapidamente me prontifiquei a fazer. Depois descobri que aquilo era mais uma
criação do mestre Elifas Andreato (sobre os desenhos de Antonio Bandeiras).<o:p></o:p></span><br />
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;">
<span style="font-family: Calibri;">Os poemas de <i>A Arca de Noé</i> foram escritos por
Vinicius muitos anos antes de sua primeira edição para seus filhos Suzana e
Pedro de Moraes. Por muitos anos, eles ficaram guardados. Só em 1970, o
conjunto de poemas infantis ganhou o mundo em lançamento na Itália, país onde a
presença do poeta era constante.<br />
<br />
É lá, justamente que o disco com os poemas infantis é preparado com o nome <i>L’Arca</i>.
No mesmo ano, seus poemas musicados na Itália são lançados em livro no Brasil.
Dez anos depois, com arranjos de Rogério Duprat e Toquinho, resolveram
transformar o conjunto de belos poemas <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>em <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>disco (resultou em dois discos – embora aqui
falarei apenas do primeiro), com o mesmo nome do livro. <o:p></o:p></span></div>
<i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="background: white; color: #666666; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10.5pt; line-height: 115%;">“E abre-se a porta da arca</span></i><i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="color: #666666; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10.5pt; line-height: 115%;"><br style="-webkit-text-stroke-width: 0px; word-spacing: 0px;" />
<span style="background: white;"><span style="-webkit-text-stroke-width: 0px; float: none; word-spacing: 0px;">Lentamente surgem
francas</span></span><br style="-webkit-text-stroke-width: 0px; word-spacing: 0px;" />
<span style="background: white;"><span style="-webkit-text-stroke-width: 0px; float: none; word-spacing: 0px;">A alegria e as
barbas brancas</span></span><br style="-webkit-text-stroke-width: 0px; word-spacing: 0px;" />
<span style="background: white;"><span style="-webkit-text-stroke-width: 0px; float: none; word-spacing: 0px;">Do prudente
patriarca</span>”</span></span><o:p></o:p></i><br />
<span style="font-family: Calibri;">Após uma abertura orquestrada sob a narração de Chico
Buarque, o disco abre de forma grandiloquente, com a canção “Arca de Noé” com a
voz de Milton Nascimento trazendo tranquilidade alternando com um coro infantil
que acelera no tempo certo. Belíssimo resultado.<o:p></o:p></span><br />
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;">
<span style="font-family: Calibri;">Em seguida, lá vem “O Pato” para ver o quê que há, com o
MPB-4. Que nunca se divertiu com a voz do próprio pato nessa canção? </span><span style="font-family: Calibri;">Depois vem a coitadinha da “<i style="mso-bidi-font-style: normal;">Corujinha”</i> (que feinha que é você) com a brilhante voz da Elis
Regina, em talvez uma das suas últimas gravações antes de falecer, <o:p></o:p></span></div>
<i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="font-family: Calibri;">
<span style="-webkit-text-stroke-width: 0px; float: none; word-spacing: 0px;">"Quer ver a foca</span></span></i><br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;">
<i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="font-family: Calibri;"><span style="-webkit-text-stroke-width: 0px; float: none; word-spacing: 0px;">Ficar feliz?</span><br style="-webkit-text-stroke-width: 0px; word-spacing: 0px;" />
<span style="-webkit-text-stroke-width: 0px; float: none; word-spacing: 0px;">É por uma bola</span><br style="-webkit-text-stroke-width: 0px; word-spacing: 0px;" />
<span style="-webkit-text-stroke-width: 0px; float: none; word-spacing: 0px;">No seu nariz”<o:p></o:p></span></span></i></div>
<span style="font-family: Calibri;">O clima circense vem em grande estilo com a voz de Alceu
Valença cantando “A Foca”, outra que se tornou clássica e emenda com o clima
tropicalista de Moraes Moreira cantando “As Abelhas”. B</span><span style="font-family: Calibri;">ebel Gilberto canta “As pulgas”, com um ritmo que deve <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>fazer a festa das crianças mais novas. Depois
vem o divertido clima de cabaré com divertidas Frenéticas cantando “Aula de
Piano”.<o:p></o:p></span><br />
<br />
<span style="font-family: Calibri;">O disco segue com “A Porta” (cantada por Fábio Jr.), “A Casa”
(poema que consolidou a expressão <i style="mso-bidi-font-style: normal;">rua dos
bobos número zero</i>) e “São Francisco”, numa bela interpretação do Ney
Matogrosso depois de uma abertura com um coro gótico.<o:p></o:p></span><br />
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;">
<i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="font-family: Calibri;">
<span style="-webkit-text-stroke-width: 0px; float: none; word-spacing: 0px;">"Com um lindo salto</span></span></i><br />
<i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="font-family: Calibri;"><span style="-webkit-text-stroke-width: 0px; float: none; word-spacing: 0px;">Leve e seguro</span><br style="-webkit-text-stroke-width: 0px; word-spacing: 0px;" />
<span style="-webkit-text-stroke-width: 0px; float: none; word-spacing: 0px;">O gato passa</span><br style="-webkit-text-stroke-width: 0px; word-spacing: 0px;" />
<span style="-webkit-text-stroke-width: 0px; float: none; word-spacing: 0px;">Do chão ao muro</span><br style="-webkit-text-stroke-width: 0px; word-spacing: 0px;" />
<span style="-webkit-text-stroke-width: 0px; float: none; word-spacing: 0px;">Logo mudando</span><br style="-webkit-text-stroke-width: 0px; word-spacing: 0px;" />
<span style="-webkit-text-stroke-width: 0px; float: none; word-spacing: 0px;">De opinião</span><br style="-webkit-text-stroke-width: 0px; word-spacing: 0px;" />
<span style="-webkit-text-stroke-width: 0px; float: none; word-spacing: 0px;">Passa de novo</span><br style="-webkit-text-stroke-width: 0px; word-spacing: 0px;" />
<span style="-webkit-text-stroke-width: 0px; float: none; word-spacing: 0px;">Do muro ao chão"</span><o:p></o:p></span></i></div>
<span style="font-family: Calibri;">“O Gato” vem com a voz da Marina, canção que vai acelerando também
em ritmo circense, alternando com trechos mais sossegados em arranjo
caprichado. Depois vem o “O Relógio” com a voz de Walter Franco (outro que está
até então ausente desse blog e que merece ser lembrado também).<o:p></o:p></span><br />
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;">
<i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="font-family: Calibri;">
<span style="-webkit-text-stroke-width: 0px; float: none; word-spacing: 0px;">"Menininha do meu coração </span></span></i><br />
<i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="font-family: Calibri;"><span style="-webkit-text-stroke-width: 0px; float: none; word-spacing: 0px;">Eu só quero você</span><br style="-webkit-text-stroke-width: 0px; word-spacing: 0px;" />
<span style="-webkit-text-stroke-width: 0px; float: none; word-spacing: 0px;">A três palmos do chão</span><br style="-webkit-text-stroke-width: 0px; word-spacing: 0px;" />
<span style="-webkit-text-stroke-width: 0px; float: none; word-spacing: 0px;">Menininha, não cresça mais não</span><br style="-webkit-text-stroke-width: 0px; word-spacing: 0px;" />
<span style="-webkit-text-stroke-width: 0px; float: none; word-spacing: 0px;">Fique pequenininha na minha canção"</span><o:p></o:p></span></i></div>
<span style="font-family: Calibri;">Canção que certamente deve ter servido de inspiração para
tantos pais ninarem suas filhinhas nos anos 80, “Valsa para uma Menininha” serve
para ilustrar bem a bela parceria de Vinícius com Toquinho, que marcou a última
década de vida do primeiro. </span><br />
<span style="font-family: Calibri;"><o:p></o:p></span><br />
<span style="font-family: Calibri;">O disco termina com uma canção final que traz uma espécie de
<i style="mso-bidi-font-style: normal;">pout-pourri</i> orquestrado de trechos
das canções do disco.<o:p></o:p></span><br />
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;">
<span style="font-family: Calibri;">Infelizmente pouco depois do lançamento desse belo disco que
mereceu inclusive um especial na Rede Globo, quando planejava o volume 2 desse
disco (lançado em 1981), Vinícius faleceu deixando um imenso e valioso legado.<o:p></o:p></span></div>
<span style="font-family: Calibri;">Enfim, a Arca de Noé tornou-se um dos discos mais populares
de Vinicius de Moraes por trazer o mundo da literatura e das canções para o
público infantil, e de quebra aproveitando também para despertar a criança que
há em cada adulto. <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Dá até vontade de ter
filhos só para ter pretexto de escuta-lo novamente. </span><br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;">
<span style="font-family: Calibri;">[Paul]</span></div>
Dãohttp://www.blogger.com/profile/00692177805712075182noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1233835418864094446.post-33701020994263132312014-04-23T10:10:00.003-03:002014-04-23T10:10:59.216-03:00Mestre Ambrósio - Fuá na Casa de Cabral (1998)<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhetZa_3TvITi3jirhk6Kcz5VrTYjqTtJQLi8DNJGp5MQKyVZ3rVGDm78OU75OwAjEUq4BJ4Udxv1l1TDjwhtRXk9g9bTU1y6qMECmW6bLxlOxksbTBP4ZT9U68zB9TtCsd0nAjZu3_g9q9/s1600/Fua+Mestre+Ambrosio.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhetZa_3TvITi3jirhk6Kcz5VrTYjqTtJQLi8DNJGp5MQKyVZ3rVGDm78OU75OwAjEUq4BJ4Udxv1l1TDjwhtRXk9g9bTU1y6qMECmW6bLxlOxksbTBP4ZT9U68zB9TtCsd0nAjZu3_g9q9/s1600/Fua+Mestre+Ambrosio.jpg" height="320" width="311" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: x-small;"><span style="line-height: 115%;"><br /></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
</div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><span style="line-height: 115%;">“<i>Naquele
Brasil antigo</i></span><i> / Perdido no desengano / Seu Cabral chegou nadando</i></span></div>
<div style="text-align: center;">
<i><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">E não preocupou com nada / Deu ordem à
rapaziada / Mandou varrer o terreiro</span></i></div>
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><i><div style="text-align: center;">
<i>"Me chame o pai do chiqueiro / que
hoje eu quero forró, / Toré, samba, catimbó / Que eu já virei brasileiro-ô-ô-ô...</i>"</div>
</i><o:p></o:p></span><br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><i><span style="line-height: 115%;">Mealembro</span></i><span style="line-height: 115%;"> vagamente das comemorações dos 500 anos de
descobrimento do Brasil. A ideia era de festa, mas o pau comeu e houve
protestos em muitos locais e ocasiões. Hum, vejamos nós aqui que esse negócio
de povo festeiro, sem consciência sóciopolíticaeconômica que 14 anos depois surpreende
os fãs do megafutebol patrocinado pela tal de FIFA já aflorava...<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="line-height: 115%;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br /></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="line-height: 115%;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Eita disquinho bom esse segundo do
Mestre Ambrósio (que segundo o <i>Wikipedia</i>
é banda de <i>manguebeat</i>?)! Banda
efêmera, átimo, como diria nosso tamborista zé tatu. Três discos e se acabou. O
primeiro saiu independente. Mais forte no conteúdo que na produção, algo que
neste segundo já é aprimorado. <o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="line-height: 115%;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br /></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="line-height: 115%;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Vimos o Mestre aqui num mês frio qualquer
em Curitiba (surpresa?), no antigo forró do vasquinho. Palco pequeno, quase de
colégio. A plateia se espalhava pela (ex-)quadra poliesportiva do (ex-)clube.
Nos cantos, vendia-se cerveja, caldinho de feijão e mocotó. <i>Calamengau</i> era uma espécie de nome
coringa, aplicava-se ao espaço e a banda anfitriã da casa. Se não me engano,
criada e gerida pelo “Ceará” que vi tocar sanfona com a camisa do Santa Cruz,
vai entender (bem, pode ser minha memória que me apunhala pelas costas). <o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="line-height: 115%;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br /></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="line-height: 115%;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Oh-oh, sim, o disco! Mestre
Ambrósio é, ou era neste disco, principalmente Siba (rabeca, guitarra, voz, letra
e música). Siba não é de muita concessão, se arrepiaria torcendo o nariz para o
supra-citado verbete da <i>wiki</i>. Siba
curte mesmo é o som do interior de Pernambuco, do nordeste, música matuta (como
atesta a autobiográfica <i>Pé-de-Calçada</i>).
Forró pé-de-serra calçado na sua rabeca, já veja aí a diferença. Mas, a parte
estas questões sociológicas, antropológicas, musicológicas ou outras lógicas
quaisquer (das quais eu só começo a entender depois da terceira ou quarta
ampola), a música deles é boa pra cacete! Siba tem um vozeirão potente, toca(ava,
pelo menos no <i>Calamengau</i>) uma Gibson
SG cristalina e tinha essa coisa de “forrabeca” que eu nunca tinha ouvisto antes.
A faixa que dá nome ao disco, por exemplo, é a sua cara.</span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="line-height: 115%;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br /></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="line-height: 115%;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Mestre Ambrósio aproveita a oportunidade
de, dispondo de melhor estrutura refazer três temas do álbum de estreia. Pessoalmente,
não penso que tenha sido essencial. Mas o Mestre não é só Siba. São três
percussionistas, Éder “o” Rocha, Sérgio Cassiano (que também dança e canta, num
timbre e estilo completamente diferente de Siba), Maurício Alves e
eventualmente Helder Vasconcellos (que também empunha o fole de 8 baixos) e
mais o baixista Mazinho Lima. A formação pode sugerir algum paralelo com a
Nação Zumbi, mas a realidade passa looooonge. Apesar da inclinação regionalista
do conjunto, o som é mais variado (mesmo sem incluir o óbvio rock) e a
percussão acompanha. <o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="line-height: 115%;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br /></span></span></div>
<div style="margin-bottom: 12.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Neste <i>Fuá</i>
destacam-se ainda <i>Sêmen</i> (<i>Como posso
saber de onde venho/ Se a semente profunda eu não toquei?</i>), Pescador
(<i>Já faz tempo que eu sai de casa / Pra viver no mar), Os Cabôco
</i>que homenageia o carnaval de Olinda, e<i> Chamá Maria (Toda noite é assim / Toda festa é assim / ... / Um brabo bate, um mole apanha / E o
pagamento é que é ruim / ... / O fole emperra, a voz arranha / Eita, pisada sem fim!</i>). <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="line-height: 115%;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Ainda sairia um ótimo Terceiro
Samba, menos Siba e mais Hélder e Sérgio Cassiano, e depois disso Siba se
mandou para a <i>Fuloresta</i> e eu perdi o
contato. Enquanto isso, o tempo passou e nada ficou mais atual que a última
estrofe do <i>Fuá</i>:<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="line-height: 115%;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br /></span></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal">
</div>
<div style="text-align: center;">
<i><span style="line-height: 115%;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Mas na hora
da verdade</span></span></i></div>
<i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><div style="text-align: center;">
<i>Quando passou a cachaça</i></div>
<div style="text-align: center;">
<i>Seu Cabral sentou na praça</i></div>
<span style="-webkit-text-stroke-width: 0px; float: none; orphans: auto; text-align: start; widows: auto; word-spacing: 0px;"><div style="text-align: center;">
<i>Caiu na reflexão</i></div>
</span>
<span style="-webkit-text-stroke-width: 0px; float: none; orphans: auto; text-align: start; widows: auto; word-spacing: 0px;"><div style="text-align: center;">
<i>Disse: "Esta situação</i></div>
</span>
<span style="-webkit-text-stroke-width: 0px; float: none; orphans: auto; text-align: start; widows: auto; word-spacing: 0px;"><div style="text-align: center;">
<i>sei que nunca mais resolvo!"</i></div>
</span>
<span style="-webkit-text-stroke-width: 0px; float: none; orphans: auto; text-align: start; widows: auto; word-spacing: 0px;"><div style="text-align: center;">
<i>Então falou para o povo:</i></div>
</span>
<span style="-webkit-text-stroke-width: 0px; float: none; orphans: auto; text-align: start; widows: auto; word-spacing: 0px;"><div style="text-align: center;">
<i>"Juro que me arrependi</i></div>
</span>
<span style="-webkit-text-stroke-width: 0px; float: none; orphans: auto; text-align: start; widows: auto; word-spacing: 0px;"><div style="text-align: center;">
<i>o Brasil que eu descobri</i></div>
</span>
<span style="-webkit-text-stroke-width: 0px; float: none; orphans: auto; text-align: start; widows: auto; word-spacing: 0px;"><div style="text-align: center;">
<i>queria cobrir de novo!"</i></div>
</span><o:p></o:p></span></i><br />
<div class="MsoNormal">
<i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="-webkit-text-stroke-width: 0px; float: none; orphans: auto; text-align: start; widows: auto; word-spacing: 0px;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br /></span></span></i></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="-webkit-text-stroke-width: 0px; float: none; orphans: auto; text-align: start; widows: auto; word-spacing: 0px;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br /></span></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="-webkit-text-stroke-width: 0px; float: none; orphans: auto; text-align: start; widows: auto; word-spacing: 0px;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">[M]</span></span></div>
Dãohttp://www.blogger.com/profile/00692177805712075182noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1233835418864094446.post-65438273945468910532013-05-02T16:13:00.002-03:002013-05-02T16:33:16.636-03:00Lobão nº 00668<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjJu3U1mU0Ad3q5Pjqomt6HuwdFUfAYkT8uF8BZ-hbSFcX17GhCCp-5LU22aNraO7hIbD8QpD0ZBJyEcVlQdLGHRQ4Xsr8mrEMX4h2u4N3WxMJOE4Pzsne6CTbGHbBqStpqtPKAMVnEm-9Z/s1600/A+vida+%C3%A9+doce.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjJu3U1mU0Ad3q5Pjqomt6HuwdFUfAYkT8uF8BZ-hbSFcX17GhCCp-5LU22aNraO7hIbD8QpD0ZBJyEcVlQdLGHRQ4Xsr8mrEMX4h2u4N3WxMJOE4Pzsne6CTbGHbBqStpqtPKAMVnEm-9Z/s1600/A+vida+%C3%A9+doce.jpg" /></a></div>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<br />
<span style="color: #403152; font-family: 'Tahoma','sans-serif'; mso-themecolor: accent4; mso-themeshade: 128;">Gênese da indicação: troca de e.mails <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">*</b>: Rolou um link (creio eu, pois não li) com considerações de Lobão. O que vem e repercussão interna parcial.</span><br />
<br />
<div class="MsoNormal" style="background: white; margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="color: #403152; font-family: 'Tahoma','sans-serif'; mso-themecolor: accent4; mso-themeshade: 128;">“</span><span style="color: #403152; font-family: 'Tahoma','sans-serif'; mso-fareast-font-family: 'Times New Roman'; mso-fareast-language: PT-BR; mso-themecolor: accent4; mso-themeshade: 128;">Vc acha o brasileiro um derrotado? Todos uns politicos uns merdas? O Brasil um pais de terceira?” – “Não consegui abrir...Mas se for algo do Lobão...pelo amor de deus, né: não precisamos nem perder tempo (...)” – “</span><span style="color: #403152; font-family: 'Tahoma','sans-serif'; mso-themecolor: accent4; mso-themeshade: 128;">Veja, falando sério agora (se bem que as piadas às vezes são mais precisas que o desfile racional de idéias, que, admito, não é meu forte...). Estava totalmente por fora desses discursos direitistas do Lobão (...) e do Roger (de quem sou fã confesso). Simplesmente porque NÃO ME INTERESSA.” – “</span><span style="color: #403152; font-family: 'Tahoma','sans-serif'; mso-fareast-font-family: 'Times New Roman'; mso-fareast-language: PT-BR; mso-themecolor: accent4; mso-themeshade: 128;">Consegui <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>ler agora...Entendi...e concordo. E não é patrulha ideológica: é opinião pessoal. Ele pode dizer o que quiser por ai. Só não me peça para eu ler ou dar a mínima atenção a ele...” – “</span><span style="color: #403152; font-family: 'Tahoma','sans-serif'; mso-themecolor: accent4; mso-themeshade: 128;">Ele eh f. Eu gosto muito dele como letrista, mas na verdade nunca li absolutamente nada interessante dele. Sempre falou m. em entrevista, ao vivo. Mas tem letras brilhantes.” – “</span><span style="color: #403152; font-family: 'Tahoma','sans-serif'; mso-fareast-font-family: 'Times New Roman'; mso-fareast-language: PT-BR; mso-themecolor: accent4; mso-themeshade: 128;">Tem letras brilhantes...compostas há quase 3 décadas. Qual foi a última coisa boa que compôs? Confesso que cheguei a comprar aquele disco dele que vendeu em bancas, mas não encontrei coisas boas por lá..e isso foi há uns 10 anos.” – “Nos anos 90 lancou coisa boa. Inclusive aquele lancado em banca. Acho q foram dois. Acho q ele parou de lancar discos, rolou so um acustico ha alguns anos. Mas isso pouco importa. Importa a obra dele. Sem falar q mesmo em seus melhores momentos, ele so falava m. Impressionante!” – “(...)</span><span style="color: #403152; font-family: 'Tahoma','sans-serif'; mso-themecolor: accent4; mso-themeshade: 128;">Sobre o cd de banca do Lobão. Se vc se refere ao primeiro, ele é bom. Embora o meu tenha vindo danificado...mas numa musica menor.” – “</span><span style="color: #403152; font-family: 'Tahoma','sans-serif'; mso-fareast-font-family: 'Times New Roman'; mso-fareast-language: PT-BR; mso-themecolor: accent4; mso-themeshade: 128;">P. Zéba...achei que você meteria o pau..e está elogiando o cd do Lobão? Então “seje homi, rapá” e resenha esse cd para colocar no blog!”.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="color: #403152; font-family: 'Tahoma','sans-serif'; mso-fareast-font-family: 'Times New Roman'; mso-fareast-language: PT-BR; mso-themecolor: accent4; mso-themeshade: 128;">Lá vai. É o primeiro que ele lançou no esquema banca de revista. O meu veio danificado na faixa 4, mas receio que tenha prescrito o meu direito de reclamar a troca. Acho que é de 99 e chama “a vida é doce”.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="color: #403152; font-family: 'Tahoma','sans-serif'; mso-fareast-font-family: 'Times New Roman'; mso-fareast-language: PT-BR; mso-themecolor: accent4; mso-themeshade: 128;">Faixa 1: Uma batida super “</span><span class="st1"><span lang="PT" style="color: #444444; font-family: 'Arial','sans-serif'; mso-ansi-language: PT;">Blaze Of Glory”. Simpática, já dando o tom quase funesto do disco. Faixa 2: Sombria no ponto certo, com um namoro com o funk e hip-hop...creio eu. Faixa 3: Tambem funkzinho. Letra e batida bem agradáveis. Faixa 5: A título e melhor do disco. Obra prima na altura de um “Revanche”. Lobão puro!. Aliás, resgata essa coisa já retrô de um disco ter como titulo sua melhor faixa. Faixa 6: Idem faixa 5, só mais acustica. Faixa 9: creio que essa foi gravada em disco anterior ou no acustico posterior...o que empobrece a proposta libertáriadograndesquemajabáeditoragravador. De qualquer forma merecia se regravada. Faixa 11: Bossa nova? Ok, é certo que tem muito carinha da bossa nova original que fez coisa pior.</span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span class="st1"><span lang="PT" style="color: #444444; font-family: 'Arial','sans-serif'; mso-ansi-language: PT;">Enfim, o disco tem 11 musicas, considerando que Gil e Caetano têm trabalhos que se aproveita menos, vale a indicação num universo de 1001.</span></span><span style="color: #403152; font-family: 'Tahoma','sans-serif'; mso-fareast-font-family: 'Times New Roman'; mso-fareast-language: PT-BR; mso-themecolor: accent4; mso-themeshade: 128;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="color: #403152; font-family: 'Tahoma','sans-serif'; mso-fareast-font-family: 'Times New Roman'; mso-fareast-language: PT-BR; mso-themecolor: accent4; mso-themeshade: 128;">Conclusão: ótimo disco para um retorno solitário para casa às 3 da manhã em seu carro!</span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="color: #403152; font-family: 'Tahoma','sans-serif'; mso-fareast-font-family: 'Times New Roman'; mso-fareast-language: PT-BR; mso-themecolor: accent4; mso-themeshade: 128;">Ah, cada cd vinha com uma tosca inscrição do seu nº na capa. Realmente não consigo imaginar qual o proveito. À época ele falou que era para um maior controle autoral...bom, ele falou tanta coisa bem pior depois...</span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="color: #403152; font-family: 'Tahoma','sans-serif'; mso-fareast-font-family: 'Times New Roman'; mso-fareast-language: PT-BR; mso-themecolor: accent4; mso-themeshade: 128;"></span><span style="color: #403152; font-family: 'Tahoma','sans-serif'; mso-fareast-font-family: 'Times New Roman'; mso-fareast-language: PT-BR; mso-themecolor: accent4; mso-themeshade: 128;">*Apenas fragmentos sem indicação de autoria...para evitar problemas judiciais.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="color: #403152; font-family: 'Tahoma','sans-serif'; mso-fareast-font-family: 'Times New Roman'; mso-fareast-language: PT-BR; mso-themecolor: accent4; mso-themeshade: 128;"></span><span style="color: #403152; font-family: 'Tahoma','sans-serif'; mso-fareast-font-family: 'Times New Roman'; mso-fareast-language: PT-BR; mso-themecolor: accent4; mso-themeshade: 128;">(ZEBA)</span></div>
Dãohttp://www.blogger.com/profile/00692177805712075182noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-1233835418864094446.post-11398023499168917772013-02-05T14:29:00.001-03:002013-02-05T14:30:25.967-03:00ACÚSTICO BABY DO BRASIL (1998)<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi2t_Etzy_hnatvPuTqfAOP52UYACrO4lKoRVGChQBUofzit3aXQys6K7snzhlG2SSZfo1v8DcIl4-eDNkDNPy4hvOyyThHLfy5JnEGlATk8TSMArWtS0DjiOiACNs95pyegQh4Dqg0Roel/s1600/baby.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi2t_Etzy_hnatvPuTqfAOP52UYACrO4lKoRVGChQBUofzit3aXQys6K7snzhlG2SSZfo1v8DcIl4-eDNkDNPy4hvOyyThHLfy5JnEGlATk8TSMArWtS0DjiOiACNs95pyegQh4Dqg0Roel/s1600/baby.jpg" /></a></div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<br />
<div align="left" class="MsoNormal" style="margin-top: 0cm;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Então,
continuando com o clima praiano e discos solo, prosseguimos com Baby, antes
Consuelo, agora evangélica e Do Brasil.<o:p></o:p></span></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="margin-top: 0cm;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Esse
é um acústico atípico, porque não traz agregado ao título MTV que, ao que
parece, não é proprietária do formato nem da palavra 'acústico'.<o:p></o:p></span></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="margin-top: 0cm;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Animado
e variado, o disco tem um pique de ao vivo mesmo, com aqueles gritinhos
ridículos e tudo.<o:p></o:p></span></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="margin-top: 0cm;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">E
uma banda de luxo: Lincoln Cheib (bateria e percussão), o saudoso Nico
Assumpção (baixo) e Nelson Faria (violão).<o:p></o:p></span></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="margin-top: 0cm;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Baby
e Pepeu permaneceram no recém postado Novos Baianos até 1978, quando os dois
decidiram sair e se dedicar a suas carreiras solo.<o:p></o:p></span></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="margin-top: 0cm;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">'<b>O
que vier eu traço</b>', música que inicia o cd, vem justamente do primeiro
disco solo da niteroiense Baby, emendando num medley ou pout-pourri alucinante
com '<b>Apanhei-te cavaquinho/ Baião/ Samba do ziriguidum</b>'.<o:p></o:p></span></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="margin-top: 0cm;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Depois
vamos pro repertório baiano, '<b>Farol da Barra</b>' (Galvão/Caetano Veloso),
num climinha bem leve e solto.<o:p></o:p></span></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="margin-top: 0cm;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Sai
pra bem longe da praia depois: '<b>Sampa</b>', numa versão bem suingada e cheia
de breques, com direito a solo de violão.<o:p></o:p></span></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="margin-top: 0cm;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">“E
os novos baianos te podem curtir numa boa”<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Voltando para a praia e
prosseguindo no Caetano, vamos de '<b>Menino do Rio</b>', uma homenagem ao
carioca<span style="background-color: white; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; color: #222222;"> Petit, surfista e praticante de asa delta, c</span>omposta especialmente para ela cantar para a trilha
da novela 'Água viva', que meus amigos de blog (dizem que) não veem... É uma
versão bem jazzistica, mas mantendo aquele arpejo inicial característico da
música.<o:p></o:p></span></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="margin-top: 0cm;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Brasilsilsil:
'<b>O samba da minha terra</b>' emendando com '<b>Aquarela do Brasil</b>', em
versões bem legais, animadas e cheias de gás e ufanismo, inclusive com ela
fazendo a galera gritar 'Brasil'...<o:p></o:p></span></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="margin-top: 0cm;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Esse
medley é inusitado: '<b>Mania de você</b>' e '<b>Is this love</b>', mas
combinou, ou melhor, mixou bem!<o:p></o:p></span></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="margin-top: 0cm;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Essa
é de autoria da Baby, linda linda: '<b>Um auê com você</b>', cheia de brisa
praiana...<o:p></o:p></span></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="margin-top: 0cm;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Vamos
de Gil agora: '<b>Esotérico</b>', que começa bem solta e depois dá uma
acelerada com percussão. Depois '<b>Super Homem</b>', ainda do Gilberto Gil,
numa versão original e bonita.<o:p></o:p></span></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="margin-top: 0cm;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Um
Djavan com aquele leveza, '<b>Mal de mim</b>', bonita e com um ritmo com cara
de praia...estou forçando, eu sei. Tem uma brincadeira improvisada entre a voz
e o violão.<o:p></o:p></span></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="margin-top: 0cm;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Tem
até um sambinha da melhor safra do Chico, '<b>Estação derradeira</b>'! Com
muito balanço e até uma cuíca simulada pela super versátil voz da Baby.<o:p></o:p></span></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="margin-top: 0cm;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">'<b>É</b>',
do Gonzaguinha, também é um samba da melhor qualidade, o cd tem um repertório
excelente e que não deixa a peteca cair.<o:p></o:p></span></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="margin-top: 0cm;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Momento
solo de voz!! '<b>Brasileirinho</b>' parece ter sido feita pra voz, velocidade,
precisão e interpretação da Baby. Depois o violão entra (mas sai quando a
música acelera, não dá pra acompanhar), mas a voz é realmente o show.<o:p></o:p></span></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="margin-top: 0cm;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">E
para terminar, a música arquetípica dos Novos Baianos, '<b>Brasil pandeiro</b>',
numa versão de levantar o salão!</span><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><o:p></o:p></span></div>
Dãohttp://www.blogger.com/profile/00692177805712075182noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-1233835418864094446.post-87615848290492989552012-12-29T17:26:00.003-03:002012-12-29T17:26:47.126-03:00Guitar Player BR!!!<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
Edição especialíssima com guitarristas brasileiros e lições pessoais, confiram!!<br />
Scandurra, Pepeu, Sérgio Dias, Lanny, Frejat, Luiz Carlini!!!!<br />
Feliz 2013, amigos, colaboradores e leitores!<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiKftO5-etAOKN1SZU6kZrMdRNAaOIxFTvmqCetwx4bz5-cr7DgjL_cBooUKnxkXn2gWSF13kqzBN7q54s36WvS0Imwkerjq8bYwJlwVR8MhDN5NaMjDyKNzqYIfS4PPw4Plc03O86EiRJA/s1600/228.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiKftO5-etAOKN1SZU6kZrMdRNAaOIxFTvmqCetwx4bz5-cr7DgjL_cBooUKnxkXn2gWSF13kqzBN7q54s36WvS0Imwkerjq8bYwJlwVR8MhDN5NaMjDyKNzqYIfS4PPw4Plc03O86EiRJA/s1600/228.jpg" /></a></div>
<br />Dãohttp://www.blogger.com/profile/00692177805712075182noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1233835418864094446.post-24697442836770057352012-12-29T16:57:00.003-03:002012-12-29T17:19:59.336-03:00Arnaldo Baptista: 'Lóki?' & 'Loki' (dvd)<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEikOOsJgkd_1wROYU_gTDFfD0O4S9At1l1WkCFHQWft98D4wXZPjCIIEPXXPQqhyphenhyphen_IlPW9OmfHMmjFS6u_uZeDOywoEXpYJ_vr5voadb23w_eNHF9cgm6D_iOkUdWrbjBWkypAJliG2dBYH/s1600/ABL.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEikOOsJgkd_1wROYU_gTDFfD0O4S9At1l1WkCFHQWft98D4wXZPjCIIEPXXPQqhyphenhyphen_IlPW9OmfHMmjFS6u_uZeDOywoEXpYJ_vr5voadb23w_eNHF9cgm6D_iOkUdWrbjBWkypAJliG2dBYH/s320/ABL.jpg" width="320" /></a></div>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh6m7_QprC2SoJXzRfdIssG9o1vAItF6bVQkpGI5e6SjagTXdR00Id9721BjG-AyPnKAAubLI3IAKV0y3yk0CiBqQbYlvmyD8jB4Rz2E6gmhRY1d3tdYJHZX1dD1myXjUq6RERqhjKe3Rjk/s1600/img_esquerda.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh6m7_QprC2SoJXzRfdIssG9o1vAItF6bVQkpGI5e6SjagTXdR00Id9721BjG-AyPnKAAubLI3IAKV0y3yk0CiBqQbYlvmyD8jB4Rz2E6gmhRY1d3tdYJHZX1dD1myXjUq6RERqhjKe3Rjk/s320/img_esquerda.jpg" width="217" /></a></div>
<br />
Estas são obras independentes e com uma distância de 34 anos (o disco de 1974 e o dvd de 2008), mas mesmo assim, uma ajuda muito na compreensão da outra. E mesmo nunca tendo resenhado dvds por aqui, acho que este em especial tem seu lugar por aqui.<br />
<br />
O dvd dá uma perspectiva de contexto e do criador Arnaldo, não só como autor, mas como músico, compositor, arranjador, cantor, marido, pai, irmão, etc.<br />
Em muitos momentos do dvd as lágrimas aparecem e me pego perguntando porque estou vendo uma história tão triste, principalmente nesta época, com altas tendências à depressão...Mas o filme é de sobrevivência, forte e ao final otimista, como deve ser esta história. A primeira vez que o vi fiquei muito impressionado, queria fazer logo a resenha do disco, mas pensei que talvez devesse dar um tempo e vê-lo de novo mais tarde, o que fiz agora.<br />
Também há muitos depoimentos, que algumas vezes colocam o Arnaldo (e os Mutantes) num nível de reconhecimento altíssimo, a saber:<br />
- o Maestro Rogério Duprat diz com todas as letras que os Mutantes foram o que de mais relevante havia no movimento Tropicália, que inclusive foi objeto de um recente (e a comprar) dvd de documentário; pra mim faz todo o sentido, os Mutantes foram os primeiros (e além disso originais, criativos e competentes) a traduzir o rock'n'roll pra uma versão brasileira com cara própria - a Jovem Guarda o fazia sem mudar quase nada do rock estrangeiro, principalmente do italiano; e por mais que eu goste e admire Gal, Gil e Caetano, o rock brasileiro <u>pra mim</u> é muito mais importante e relevante do que a mpb; o Devendra Banhart chega a dizer que os Mutantes são melhores do que os Beatles!<br />
- vários artistas e críticos (Lobão, Liminha, Roberto Menescal - que produziu este disco juntamente com Mazola, João Ulhoa - que produziu 'Let it bed' do Arnaldo, Tarik de Souza, Nelson Motta, Gilberto Gil, Sean Lennon - que cita um paralelismo interessante entre o Arnaldo e Syd Barret, Tom Zé, Kurt Cobain etc) ressaltam a importância do Arnaldo e do disco 'Lóki';<br />
- contextualizando a autor e sua história, você ouve com muito mais atenção a 'densidade emocional' no disco, onde percebemos o quão exposto e corajoso o Arnaldo se pôs e, mais do que tudo, o quanto de alma e coração ele colocou no álbum.<br />
<br />
E há mais que coração e alma: intensa dor, depressão, desespero e isolamento, delírios e imagens pessoais, problemas graves com drogas (principalmente o LSD que, como lembrado por várias pessoas, não é brincadeira não), frustração e decepção amorosa, angústia e solidão, sexo e ovnis, paranóias e incertezas, lucidez e loucura entrelaçadas, um grito desesperado de um jovem genial de 25 anos que tinha perdido a mulher e a banda. Mas que ainda tinha o rock'n'roll.<br />
<br />
"Rock eu gosto porque é meu sangue. É minha vida, desde que nasci" (Arnaldo em entrevista à Ana Maria Bahiana, publicada no Globo em 1978).<br />
<br />
É um disco de rock sem guitarras. Arnaldo tem a seu lado velhos companheiros: Liminha no baixo, Dinho Leme na bateria, Rita Lee (vocais de apoio em '<b>Não estou nem aí</b>') e Rogério Duprat. Em alguns momentos Arnaldo se indispôs com os músicos, por se negar a refazer algumas faixas (por isso o disco é em alguns momentos muito cru e contém alguns pequenos erros).<br />
É um disco feito com urgência e sofreguidão, visceral, o que em algum artigo aí abaixo o ligou coerentemente a 'Plastic Ono Band'.<br />
Há uma grande mistura de gêneros: <i>glam</i> rock, <i>boogie-woogie</i>, rock progressivo, bossa nova, samba, rock'n'roll, música clássica etc.<br />
<br />
Os dois lados originais iniciam-se com canções perguntas: o lado A '<b>Será que vou virar bolor'</b> e o B com '<b>Cê tá pensando que eu sou loki?'</b>.<br />
Qual o futuro? O esquecimento? A loucura?<br />
Cada música traz um pouquinho de resposta, ou melhor, um monte de procuras...<br />
<br />
A minimalista canção final, '<b>É fácil</b>', parece ter um resposta: a genialidade da música!<br />
"Eu me amo<br />
como eu amo você<br />
é fácil"<br />
<br />
"Hoje eu percebi que venho me apegando às coisas materias que me dão prazer<br />
(...)<br />
não gosto do pessoal da NASA<br />
Cadê meu disco voador?"<br />
(<b>Será que vou virar bolor</b>)<br />
<br />
'<b>Uma pessoa só</b>' foi herdada dos Mutantes, utópica sobre a plenitude da convivência humana, traz um belo arranjo de cordas e versos lindos:<br />
"Estamos numa boa pescando pessoas no mar<br />
Aqui<br />
Numa pessoa só"<br />
<br />
'<b>Não estou nem aí</b>' é a exata antítese da canção anterior, negando os projetos utópicos e enfrentando o mundo material, o instant karma da vida cotidiana.<br />
"Ontem me disseram que um dia eu vou morrer<br />
mas até lá eu não vou me esconder<br />
porque eu não estou nem aí pra morte<br />
não estou nem aí pra sorte<br />
eu quero mais é decolar toda manhã"<br />
<br />
'<b>Vou me afundar na lingerie</b>' traz mais uma possibilidade, com muito humor: o hedonismo, o ócio, como destruidores das opressões e barras pesadas. (Antecipando ''Diversão é solução sim")<br />
"quem já dançou sempre tem medo dos homens"<br />
<br />
Finalizando o lado A, '<b>Honky tonky</b>', instrumental onde Arnaldo passeia por estilos ao piano.<br />
<br />
Iniciando o lado B, '<b>Cê tá pensando que eu sou loki?</b>', que meio que cita a bossa nova e o disco do Tom com Sinatra.<br />
<br />
'<b>Desculpe</b>' pode ser interpretada como releitura de 'Desculpe, Baby' dos Mutantes, e traz mais uma possibilidade de resposta: o Amor. Mesmo sendo 'uma das baladas mais corta-pulso da história'...<br />
"Desculpe<br />
se eu fiz você chorar<br />
Te esqueça<br />
Olha, o sol chegou<br />
Diga-me o meu nome<br />
Diga-me que você me quer<br />
Sinta o pulso de todos os tempos<br />
Comigo<br />
Até quando, eu não sei<br />
Mas desculpe<br />
mas eu vou me fechar<br />
não sou perfeito<br />
nem mesmo você é<br />
me abrace, diga-me o o meu nome<br />
(...)<br />
sinta o barato de ser humano<br />
Comigo<br />
até quando Deus quiser"<br />
<br />
'<b>Navegar de novo</b>' traz uma resposta concisa: seguir em frente. Traz uma das primeiras críticas à nascente sociedade de consumo e sua superficialidade, mas com esperança.<br />
<br />
'<b>Te amos podes crer</b>' é uma canção de amor, em menos de 3 minutos Arnaldo faz um tratado das dores de amores.<br />
"é muito triste pensar em você como quem não vive depois da morte"<br />
<br />
Finaliza com '<b>É fácil</b>'. Que traz Arnaldo ao violão, com um impressionante domínio do instrumento, que não era seu principal.<br />
<br />
No cd se perde uma coisa meio louca: os dois lados tem exatamente 16 minutos e 50 segundos.<br />
E na ficha técnica: "Este disco é pra ser ouvido em alto volume".<br />
<br />
Arnaldo não gostou do nome, imposto pela gravadora, nem da capa, além do que havia imaginado.<br />
Logo após o lançamento, Arnaldo sofreu uma das suas primeiras internações psiquiátricas.<br />
<br />
Sobre os anos pós-Loki: "Passei 4 anos num ostracismo. Não tinha ninguém, mulher nenhuma. Ninguém me queria. Não tinha amor. Aí me internaram, porque parece que fiquei uma pessoa violenta. E eu não quero ser uma pessoa violenta. Diziam que eu era. Me internaram. Agora estou bem. Cortei as drogas. Tomo uns remédios. Estou bem. (...) Não sou violento. A bateria é. O piano não consegue, por causa da amplificação" (Arnaldo na entrevista citada).<br />
<br />
O dvd traz muita história anterior (Mutantes principalmente, infelizmente sem depoimento da Rita) e posterior, culminando com o retorno dos Mutantes, e os shows em Londres (2006) e em Sampa (2007).<br />
<br />
Ana Maria Bahiana, na entrevista citada: "Subitamente pede licença, vai correndo ao palco cuidar, pessoalmente, das ligações elétricas de seu teclado Hohner. Se é possível ter certeza de algo, de uma coisa sei: ele não está brincando de pirado. Todo seu corpo, todo seu rosto está empenhado numa batalha surda e intensa, digna, que não tem nada a ver com as possíveis fantasias de sua ex ou atual plateia. Agachado atrás dos amplificadores, metodicamente checando fios e plugs, sobrancelhas cerradas, ele não parece um herói: está lutando por sua vida. Com todas as forças".<br />
<br />
Links (de onde eu tirei muita informação e onde roubei uma ou outra frase...):<br />
<a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Arnaldo_Baptista">Wikipedia do Arnaldo</a><br />
<a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/L%C3%B3ki%3F">Wikipedia do 'Lóki?'</a><br />
<a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Loki_-_Arnaldo_Baptista">Wikipedia do 'Loki' (dvd)</a><br />
<a href="http://musicaestranhaeboa.blogspot.com.br/2009/02/artista-arnaldo-baptista-album-loki.html">site música estranha e boa</a><br />
<a href="http://www.arnaldobaptista.com.br/">site do Arnaldo</a><br />
<br />Dãohttp://www.blogger.com/profile/00692177805712075182noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-1233835418864094446.post-59627073506241338242012-12-28T15:35:00.000-03:002012-12-28T15:35:30.431-03:00Fim de ano é época de Noel...<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEghLyewRNFdviw7bnxth7khi7O5u3CNqTWNbX1bloZb7_GDCE1qmMRChF-Dz5ZAK3FDIqhHebNEtLF9BgEp2j9VlmuLDOHjuq0Oqilwhw-WYeK6t1fvp0UXofG3h6Axp5L8uv3zjCgtx57z/s1600/foto+(5).JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEghLyewRNFdviw7bnxth7khi7O5u3CNqTWNbX1bloZb7_GDCE1qmMRChF-Dz5ZAK3FDIqhHebNEtLF9BgEp2j9VlmuLDOHjuq0Oqilwhw-WYeK6t1fvp0UXofG3h6Axp5L8uv3zjCgtx57z/s320/foto+(5).JPG" width="320" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<br />
<div class="MsoNormal">
Para fechar o ano, resolvi fazer justiça com um dos grandes
artistas da música brasileira que até o momento não foi citado, muito
provavelmente porque na sua época não se produzia “discos” tal como conhecemos conceitualmente
nos dias de hoje, tornando-se mais conhecido pelas suas composições tão
gravadas que por algum disco específico. Trata-se de Noel Rosa.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Como nos anos 20 e 30 as gravações de canções eram esparsas,
o disco citado aqui foi lançado primeiramente apenas em 1965 através do Selo
MIS, do Museu da Imagem e do Som, que foi criado com o objetivo de resgatar
registros de nomes notáveis da música brasileira. Mas foi inteiramente constituído
por gravações realizadas entre os anos de 1930 e 1936. Mais recentemente, em
1997, esse mesmo disco foi remasterizado em processo digital, mas suas canções não
perderam aquela sonoridade antiga, cuja audição faz lembrar os velhos vinis
rodando com seus ruídos característicos. Foi essa versão quefelizmente caiu em
minhas mãos, presenteado pela minha mãe, que possui um acervo de discos
nacionais espetacular (e a ela que dedico essa resenha).<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<i>Seu garçon faça o
favor..de me trazer depressa...um boa média que não seja requentada....</i>Quem
não conhece “Conversa de Botequim”, que abre o disco? Gravada em 1935 com o
Conjunto Nacional, essa canção marcou não só a sua curta carreira, mas sim a história
da música nacional a ponto de ser gravada diversas vezes por grandes nomes da
MPB, como Chico Buarque, Maria Rita e João Nogueira (provavelmente a versão
mais conhecida).<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Depois de “João Ninguém” e “Arranjei um Fraseado” (<i>arranjei um fraseado que já trago decorado
para quando lhe encontrar..</i>.”), vem “Onde está a honestidade”, mais um
clássico samba, regravado recentemente pela Paula Toller e pela Orquestra
Imperial. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Adepto da boemia, Noel encontra nessa vida a maior
inspiração para suas canções, como as seguintes “Provei, (<i>Quem fala mal do amor...não sabe a vida gozar...quem maldiz a própria
dor.. tem amo, mas não sabe amar</i>) e “Você vai se quiser” (<i>você vai ser quiser...você vai se
quiser...pois a mulher não se deve obrigar a trabalhar...mas não vai dizer
depois que você não tem vestido , que o jantar não dá pra dois</i>), ambas
gravadas com Marilia Batista e Benedito
Lacerda e seu conjunto.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Antes de completar 20 anos, no final de 1930, gravou “Com
que Roupa”, que se tornou um seus maiores clássicos e fez grande muito sucesso
no carnaval de 1931. Essa canção foi inspirada na ocasião em que sua mãe
escondeu suas roupas na tentativa de impedir mais uma noitada. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Vivendo de trocados que conseguia com as suas composições,
mas torrando tudo com bebidas e mulheres, Noel Rosa também transforma sua má
relação com dinheiro em temas para músicas bem humoradas em “Quem dá mais?” e
“Cordiais Saudações”. Até o lançamento desse disco, a versão de “Cordiais
Saudações” aqui gravada estava inédita, já que o próprio Noel tinha
classificado-a como “horrível” e rejeitado, para gravar outra com o Bando dos
Tangarás. Terminou que essa versão ficou guardada por Almirante, um dos seus
principais parceiros, e só foi revelada muito depois de sua morte.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Depois de desfilar seu bom humor com “Mulata Fuzarqueira” e “Coração”
(na qual satiriza o tal sangue azul), o disco fecha com “Minha Viola”, canção
em que faz uma ponte entre o samba e a legítima música caipira (estilo
denominado como “embolada” no disco): <i>Minha
viola...tá chorando com razão....por causa duma marvada...que roubou meu
coração</i>.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
A seleção das músicas nesse disco, por fim, ficou excelente.
Mas é claro que com o repertório tão vasto, certamente muitas canções clássicas
acabaram ficando de fora, como “Gago Apaixonado”, “Palpite Infeliz” ou ainda “Pra
que mentir”. Mas de qualquer forma esse trabalho do MIS merece ser louvado. A
se lamentar apenas o fato de que a falta de maiores cuidados com a saúde aliada
à boemia acabou levando Noel Rosa muito cedo (com apenas 26 anos em 1937). Certamente
ele teria deixado um legado muito maior. Mas o jeito é homenageá-lo da melhor
forma: abrindo uma cervejinha e entrando no clima que esse disco consegue
trazer.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Para escutar: http://grooveshark.com/#!/album/Noel+Rosa+E+Sua+Turma+Da+Vila/6399202<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
[Paul]</div>
Dãohttp://www.blogger.com/profile/00692177805712075182noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-1233835418864094446.post-91844483040791580242012-12-21T15:57:00.001-03:002012-12-21T16:01:01.687-03:00Naná Vasconcelos - Contando histórias (Storytelling)<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjNinTDxCyEeaTU1pJp0Rzexxw-RzKOu80eAOFm-mw-MMLJhRrtJyLPeai1PMgndwSEvBHcu3Yje8Q_sLaLHRbvUT1QpJ9tVoG0EYMtZpLJ3BItZXfhkmeo8SZQkZMpgBazpVJ0EsteYQzP/s1600/nana+contando+estorias.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjNinTDxCyEeaTU1pJp0Rzexxw-RzKOu80eAOFm-mw-MMLJhRrtJyLPeai1PMgndwSEvBHcu3Yje8Q_sLaLHRbvUT1QpJ9tVoG0EYMtZpLJ3BItZXfhkmeo8SZQkZMpgBazpVJ0EsteYQzP/s1600/nana+contando+estorias.jpg" /></a></div>
<br />
<br />
Chegamos a ele, o místico mas também excelente administrador de sua carreira internacional (inclusive morador de New York), eleito 8 vezes o melhor percussionista do mundo pela revista Down Beat!, o típico percussionista brasileiro mas extremamente original e reconhecível, Naná Vasconcelos.<br />
A princípio vinculado ao Milton Nascimento, Geraldo Vandré, depois a Egberto Gismonti, depois o mundo, Paris, New York, Alemanha e por aí vai. E volta também, participando de PercPans ou homenagens em Recife.<br />
Compõe muitas trilhas, para ballet ou cinema ('Down by law', 'Procura-se Susan desesperadamente', entre muitos).<br />
Também produziu, entre outros, o Cordel do Fogo Encantado.<br />
<br />
Tendo como principal instrumento, mas longe de ser o único, o berimbau, nesse disco explora muitas sonoridades e acompanhamentos de outros instrumentos, principalmente uma orquestra muito bonita.<br />
Citando o próprio:<br />
"(...) partindo do princípio de que o primeiro instrumento é a voz e o melhor é o corpo";<br />
"A origem mais remota da percussão é a vida, porque se o coração não bater, não tem música, não tem vida";<br />
"Hermeto é responsável pela ideia de que tudo é percussão. Você pode pegar qualquer coisa e fazer virar um instrumento".<br />
<br />
O disco é bem etéreo, cheio de sons mais do que músicas, aparentemente, porque depois percebe-se que tudo é música. Em alguns momentos de experimentalismos lembra o polêmico 'Araçá azul' do Caetano, que ninguém tem coragem de postar aqui...<br />
<br />
<br />
<br />
Assim '<b>Fui fuio (na praça)</b>' começa com assovios e palavras quase faladas pelo percussionista que depois, com um 'auxílio luxuoso' de um pandeiro vira uma música bem legal que já faz você se mexer! Depois vai entrando uma bandinha de coreto e é só belezura.<br />
<br />
Também com pequenos sons começa '<b>Cortina</b>', mais um canto poderoso que depois é acompanhado de uma orquestra muito bonita, só ouvindo mesmo, difícil traduzir...Tema bonito, música crescendo!<br />
<br />
'<b>Clementina</b>' começa com umas risadas gostosas do Naná, mas é mais tradicional, um samba de roda com berimbau e letra, balança e remexe...<br />
<br />
'<b>Uma tarde no norte</b>' começa com ruídos e vozes, para depois entrar o canto próximo a uma cantiga de roda ''o meu chapéu é o alto do céu'', cantada por Naná e muitas crianças (o que reforça o aspecto de cantiga), citada no disco recentemente postado do Otto.<br />
<br />
'<b>Noite das estrelas</b>': mais ruídos, agora noturnos, e um violoncelo que emerge como um dinossauro na noite, muito bonito mesmo! Mais vozes e percussões esparsas sugerem bem uma noite.<br />
<br />
'<b>Tu nem quer saber</b>' é mais um samba de roda conduzido pelo berimbau, rebola aí. Ou tu não é neguinha?<br />
<br />
'<b>Um dia no Amazonas</b>', '<b>Nordeste</b>', '<b>Vento chama vento</b>' e '<b>Tira o Leo</b>' são as seguintes, com estruturas parecidas com as já citadas, mas cada uma tem sua sonoridade própria, estranha mas bonita, além de se utilizar de elementos variados (vozes, assovios, ruídos, instrumentos, coros de crianças, risos, percussões e até sanfona) e suas diversas combinações para compor sua textura e mensagem.<br />
Parece viajante, e é! Mas mesmo 'purinho' dá pra curtir...<br />
<br />
Links:<br />
<br />
<a href="http://www.nanavasconcelos.com.br/">http://www.nanavasconcelos.com.br/</a><br />
<a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Nan%C3%A1_Vasconcelos">http://pt.wikipedia.org/wiki/Nan%C3%A1_Vasconcelos</a><br />
<a href="http://blogmultiplicidade.wordpress.com/2009/10/29/nana-vasconcelos/">blog multiplicidade</a><br />
<a href="http://www.gafieiras.com.br/Display.php?Area=InterviewsBiographies&IDInterview=35&IDArtist=34">site gafieiras</a><br />
<a href="http://www.paginadamusica.com.br/edanteriores/setembro01/nanavasconcelos.htm">site página da música</a><br />
<br />
<br />
(Dão)Dãohttp://www.blogger.com/profile/00692177805712075182noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1233835418864094446.post-23228266634796178672012-12-19T12:06:00.000-03:002012-12-19T12:06:43.085-03:00Brasil Musical - Pau Brasil/Hermeto Paschoal<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhYN__OQTPRK7PVJSY4hdDI5cUxULQQpcvBYIOUWT8Bu_rPchcA46vvJ-ZVr2jFNuLSnGN3mrO5CfFscH7vZlDUCLTtWlWeUAHHyhgZ2-vo0I8pxWOXZAzH9SKZbQw_Daq3d9yZxnkFlWZp/s1600/cd-hermeto-pascoal-pau-brasil-serie-musica-viva-1996_MLB-O-86283222_3708.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="284" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhYN__OQTPRK7PVJSY4hdDI5cUxULQQpcvBYIOUWT8Bu_rPchcA46vvJ-ZVr2jFNuLSnGN3mrO5CfFscH7vZlDUCLTtWlWeUAHHyhgZ2-vo0I8pxWOXZAzH9SKZbQw_Daq3d9yZxnkFlWZp/s320/cd-hermeto-pascoal-pau-brasil-serie-musica-viva-1996_MLB-O-86283222_3708.jpg" width="320" /></a></div>
<br />
Aproveitando o ensejo da citação do Hermeto Paschoal na postagem do Paulo Moura pelo Mateus, vamos a ele, juntamente com o grupo instrumental Pau Brasil, 'juntados' nesse disco dessa excelente série.<br />
Tanto o Hermeto quanto o Naná Vasconcelos vieram à minha cabeça nesses dias, como artistas que faltam por aqui. O problema desses dois para mim é que, mesmo sendo reconhecidamente gênios, não tem AQUELE disco pelo qual sejam reconhecidos.<br />
Mas mesmo assim, vamos preenchendo as lacunas...<br />
<br />
Essa série do Selo Tom Brasil se originou de shows promovidos no SESC Pompéia/SP, com grandes nomes da música instrumental, que pela lotação, provou que também tem aceitação popular.<br />
Esse cd aqui reúne o grupo Pau Brasil, que comparece com duas longas suítes contendo várias músicas, e Hermeto Paschoal, que traz mais 4 músicas.<br />
<br />
As músicas:<br />
<br />
(Pau Brasil)<br />
1. Cordilheira dos Andes, Tubofone, Sem Nome<br />
2. Metrópole Tropical, Olho D'água, Bambuzal<br />
<br />
(Hermeto Paschoal)<br />
3. Harmonia sem cronologia<br />
4. Viajando pelo Brasil<br />
5. Mesclando<br />
6. Rainha da Pedra Azul<br />
<br />
Não são de audição fácil, principalmente pela longa duração, as músicas do Pau Brasil, mas valem a pena o esforço, não pela virtuosidade ou complexidade, mas pela beleza e naturalidade, fluência e criatividade dos músicos e improvisadores. Tem uma bela voz (Marlui Miranda) fazendo papel de instrumento também, bonito mesmo! Na época, além da Marlui, o grupo era formado por: Lelo Nazarino, Zé Eduardo Nazarino, Rodolfo Stroeter e Teco Cardoso.<br />
<br />
Mais informações sobre o grupo aqui: <a href="http://www.grupopaubrasil.com/">http://www.grupopaubrasil.com/</a><br />
<br />
Sobre o Hermeto é difícil falar...um enorme gênio, criativo ao extremo, improvisador excepcional (o que o torna um compositor muito produtivo), faltam adjetivos. Tive a felicidade de conhecê-lo pessoalmente em várias ocasiões em Curitiba e aeroportos, o cara além de tudo é acessível e sem arrogância nenhuma, hoje ele é casado com a Aline Moreno, com quem já fiz um curso de música para trilhas sonoras de cinema.<br />
Multi-instrumentista, toca qualquer coisa (literalmente, não precisa ser instrumento musical, já vi um show dele onde ele começou a improvisar, às vezes regendo a plateia, sobre aqueles sinais sonoros que avisam que o espetáculo vai começar) que lhe caia às mãos, sempre de um modo natural, o que é outro elemento que lhe inspira muito, a Natureza e seus sons, inclusive animais...<br />
As músicas são típicas das composições de jazz brasileiro: exposição do tema, em geral com Hermeto na flauta, e posteriores improvisos e desenvolvimentos etc. Sempre em ritmos brasileiros, como o xote, maracatu e elementos do chorinho, sempre também animadíssimos e às vezes bem acelerados.<br />
<br />
Como ele termina o livro com 366 partituras, uma para cada aniversariante de cada dia do ano, chamado 'Calendário do Som', "Tudo de bom sempre''!!!<br />
<br />
<a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Hermeto_Pascoal">http://pt.wikipedia.org/wiki/Hermeto_Pascoal</a><br />
<br />
(Dão)Dãohttp://www.blogger.com/profile/00692177805712075182noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1233835418864094446.post-75772158926814272962012-12-17T16:55:00.002-03:002012-12-18T06:29:38.970-03:00Paulo Moura - Mistura e Manda (1984)<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgQJrlSjipSMqfGRF95SPZHa6lxR-cPiIep6MxUE1vJsk6OonDnGOx4Z5W5TmDR8cYVO4cr8VJQkqlxaXdCPrK_OrQjH4EALp2SX85C9fWIcv_4O4OA_Cja6TsWBFMudi2aAbZyjvvvDyKA/s1600/Paulo+Moura.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgQJrlSjipSMqfGRF95SPZHa6lxR-cPiIep6MxUE1vJsk6OonDnGOx4Z5W5TmDR8cYVO4cr8VJQkqlxaXdCPrK_OrQjH4EALp2SX85C9fWIcv_4O4OA_Cja6TsWBFMudi2aAbZyjvvvDyKA/s1600/Paulo+Moura.jpg" /></a></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; font-size: small;"><span style="line-height: 115%;">Naquele tempo o Léo dizia que iria
comprar uma coletânea do <i>The Who</i>, e aí eu teria dois discos pra poder ouvir em
casa (ou outro era o <i>Dirty Work</i>). Pudera, nesses tempos a trilha sonora da casa
variava entre o jazzzzz e lançamentos recentes da MPB, “o novo do <i>Caetano</i>” (e
este ‘aquele tempo’ era um tempo onde isso valia a pena), isqueiro ou fósforos
de <i>Djavan</i> (coisa de acender), alguma coisa de rock nacional (<i>Big Bang</i> dos
<i>Paralamas</i> tocou até furar) e este: Mistura e Manda.</span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: small;"></span></div>
<span style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; font-size: small;">
</span><br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; font-size: small;"><span style="line-height: 115%;">Hoje o Léo tem uma menina linda e
curte mesmo é um bom funk carioca, de tal forma que este post é dedicado a
Helena, pra ela saber que o pai dela um dia já teve muito bom gosto.</span></span></div>
<span style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; font-size: small;">
</span><br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: small;"></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; font-size: small;"><span style="line-height: 115%;">Gosto mais do Chorinho que da
Bossa-Nova e do que do Samba. Acho mais original e mais astral que um, e mais
delicado e surpreendente que o outro. Ainda que neste caso, elementos típicos
da gafieira comparecem em tempero preciso no disco, conferindo à definição “choro
negro” seu exemplo perfeito. </span></span></div>
<span style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; font-size: small;">
</span><br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: small;"></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; font-size: small;"><span style="line-height: 115%;">Nascido no estopim da Revolução
Constitucionalista em julho de 1932 no interior de SP (São José do Rio Preto),
muda-se para o Rio em 1945 junto com a família de músicos.</span></span></div>
<span style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; font-size: small;">
</span><br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: small;"></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; font-size: small;"><span style="line-height: 115%;">“</span><i>Interrompi meus estudos
na segunda série do "Ginásio Luiza de Castro", na Tijuca, para
dedicar-me à música, com autorização de meus pais. Queria evitar a profissão de
alfaiate que me fora imposta pelo José, meu irmão mais velho.” </i>(<a href="http://www.paulomoura.com/">http://www.paulomoura.com</a>)</span><br />
<span style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; font-size: small;"><i><br /></i></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; font-size: small;"><span style="line-height: 115%;">Clarinetista,
saxofonista e maestro arranjador, Paulo Moura é sinônimo de música brasileira.
Neste disco, <span style="font-size: small;">lançado <span style="font-size: small;">pela</span></span> KUARUP (Produção Executiva e Direção
Geral de Mario de Aratanha) o próprio artista assume a direção artística e a responsabilidade
sobre os arranjos, tornando-o muito pessoal. O repertório é de muito bom gosto
e inclui sete músicas, entre (não tão) clássicos e composições próprias:</span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; font-size: small;">
</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: small;"></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; font-size: small;"><span style="line-height: 115%;">Chorinho pra Você (Severino Araújo)
/ Chorinho pra Ele (Hermeto Pascoal) / Mistura e Manda (Nelson Alves) / Nunca
(Lupicinio Rodrigues) / Tempos Felizes (Paulo Moura) / Caminhando (Nelson
Cavaquinho e Nourival Bahia) / Ternurinha (K-Ximbinho)</span></span></div>
<span style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; font-size: small;">
</span><br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: small;"></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; font-size: small;"><span style="line-height: 115%;">Os músicos que tocaram no disco
mostram um time seletíssimo (Rafael Rabello era então um menino de 22 anos...) e extremamente afinado com o projeto. Reparem que a
presença de Zé da Velha no trombone e uma percussão “heavy metal” dão ar de gafieira em muitas das
faixas: </span></span></div>
<span style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; font-size: small;">
</span><br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: small;"></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; font-size: small;"><span style="line-height: 115%;">Paulo Moura (clarineta); Zé da
Velha (trombone); Rafael Rabello (violão de 7); Joel Nascimento (bandolim);
Maurício Carrilho, César Faria e João Pedro Borges (violão); Jonas Pereira,
Carlinhos do Cavaco, Mané do Cavaco (cavaquinhos); Jorginho (pandeiro); Neoci
de Bonsucesso (tamtam); Joviniano (repique de mão e ganzá) e Gargalhada (caixa
de fósforos).</span></span></div>
<span style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; font-size: small;">
</span><br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: small;"></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; font-size: small;"><span style="line-height: 115%;">Paulo Moura nos deixou recentemente
em 2010, mas este disco acaba-lhe conferindo eternidade, graças a deus. </span></span></div>
<span style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; font-size: small;">
</span><br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: small;"></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; font-size: small;"><span style="line-height: 115%;">Que o maestro descanse em merecida paz,
enquanto o redondinho vai girando incansável..<span style="font-size: small;">.</span></span></span><br />
<br />
<span style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; font-size: small;"><span style="line-height: 115%;">[M]</span></span><br />
<br /></div>
Dãohttp://www.blogger.com/profile/00692177805712075182noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1233835418864094446.post-21390097622446917832012-12-17T08:57:00.001-03:002012-12-17T09:04:39.009-03:00Nelson Freire interpreta Villa-Lobos<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhdhy4XQA52X5edVxSBPd70cZ3LzK6mPSK09SvDhOij-2KmMRB1fiPY9HSLROrqDUlwDxyw67_TnP-ZU-YA2pUUBw0vE_LIfqsoWE0iBnp6Fm5Rg0qlIjKenwfVmerc0MXKHY_lCkxTwdJ3/s1600/159145_4.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhdhy4XQA52X5edVxSBPd70cZ3LzK6mPSK09SvDhOij-2KmMRB1fiPY9HSLROrqDUlwDxyw67_TnP-ZU-YA2pUUBw0vE_LIfqsoWE0iBnp6Fm5Rg0qlIjKenwfVmerc0MXKHY_lCkxTwdJ3/s1600/159145_4.jpg" /></a></div>
<br />
Acho que com esse cd fico tranquilo se o mundo acabar essa semana.<br />
<br />
Faltavam esses dois grandes da música brasileira (claro que provavelmente faltem mais, mas no momento é o que me ocorre) e com um cd mato dois coelhos com uma cajadada (ou na versão popularesca, com uma 'caixa-d´água'...). Mais ainda, serve de sugestão para o mais novo bebê mufumu: o Chicão! Se bem que há tensão em algumas músicas (é mito que música erudita ou 'clássica' seja calma e/ou relaxante, acredite em mim), principalmente em 'Bruxa - a boneca de pano'.<br />
<br />
Aqui está o internacionalmente conhecido pianista brasileiro Nelson Freire. Existe um documentário muito elogiado dele que infelizmente eu não vi, apesar da minha locadora preferida em Curitiba, a Cartoon, ter (fica a dica aos amigos curitibanos).<br />
<br />
Aqui está também o gigante compositor Heitor Villa-Lobos, com um conjunto de oito peças inspirado em canções folclóricas: 'A prole do bebê', para piano, que encantou Arthur Rubinstein, grande pianista polonês, que passou a executá-las mundo afora.<br />
São as peças (aviso: os nomes são pré era do politicamente correto):<br />
'Branquinha - a boneca de louça',<br />
'Moreninha - a boneca de massa'<br />
'Caboclinha - boneca de barro',<br />
'Mulatinha - a boneca de borracha',<br />
'Negrinha- a boneca de pão',<br />
'Pobrezinha - a boneca de trapo',<br />
'O polichinelo' e<br />
'Bruxa - a boneca de pano'.<br />
<br />
Ainda tem 'Bachianas brasileiras nº 4', 'As três Marias' e 'Rudepoema'.<br />
<br />
Essa informação e uma resenha mais específica, bela e especializada para conhecedores da música erudita encontrei aqui:<br />
<a href="http://musicainstrumentalbrasil.blogspot.com.br/2008/11/nelson-freire-interpreta-villa-lobos.html">site Instrumental Brasil</a><br />
(na verdade vi que é uma transcrição do encarte do cd, escrito por Luiz Paulo Horta, mas vale a visita ao site)<br />
<br />
O que posso dizer é que um disco muito bonito, interessante mesmo aos sem maiores conhecimentos de música erudita, e que serve como boa introdução às obras desses dois brasileiros.<br />
<br />
Nelson Freire lançou recentemente um disco com interpretação de mais Villa-Lobos e outros compositores (Camargo Guarnieri, Cláudio Santoro, Francisco Mignone, Lorenzo Fernandez, Barrozo Neto, Henrique Oswald e Alexandre Levy): 'Villa-Lobos & friends'.<br />
<br />
<a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Nelson_Freire">Wikipedia sobre Nelson Freire</a><br />
<a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Heitor_Villa-Lobos">Wikipedia sobre Heitor Villa-Lobos</a><br />
<br />
(Dão)Dãohttp://www.blogger.com/profile/00692177805712075182noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1233835418864094446.post-37096397870008416692012-12-15T16:57:00.001-03:002012-12-17T08:00:39.148-03:00Moacir Santos - Ouro Negro<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgfZQCcv2YG3vtGryi46d5ZnrADBZJZwMl1TNHiMmjaqZ3caDCV84TOYxpqsaLKriC6TdyzgTVtCnTwtqhFfEKzXIrDks0SIYI9z1tDEFTpynCufEREXaJj0HlTgi7E-cWRGLxPIkd_JZoz/s1600/maouro.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="293" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgfZQCcv2YG3vtGryi46d5ZnrADBZJZwMl1TNHiMmjaqZ3caDCV84TOYxpqsaLKriC6TdyzgTVtCnTwtqhFfEKzXIrDks0SIYI9z1tDEFTpynCufEREXaJj0HlTgi7E-cWRGLxPIkd_JZoz/s320/maouro.jpg" width="320" /></a></div>
<br />
Um dos maiores da música popular brasileira.<br />
Um dos maiores desconhecidos da música popular brasileira.<br />
<br />
Um dos Músicos dos Músicos.<br />
<br />
"A benção Maestro Moacir Santos que não és um só, mas tantos, tantos como o meu Brasil de todos os santos, inclusive meu São Sebastião" ('Samba da Benção', Vinícius de Moraes)<br />
<br />
Um exemplo do improvável: "transformar um negrinho do interior de Pernambuco, nascido menos de quatro décadas após a abolição da escravatura e órfão aos 3 anos de idade, em um dos músicos brasileiros mais reconhecidos, nacional e internacionalmente, em todos os tempos" (trecho retirado, como vários outros desta resenha, do encarte do cd e do Songbook).<br />
<br />
"Tom Jobim dizia que, no Brasil, é proibido ao aborígene sair da taba. Moacir Santos foi um dos que saíram e o Brasil fez desabar sobre seu nome um manto de silêncio. Pois chega de silêncio. Nanã sabe das Coisas e diz que chegou a hora de o Brasil saber de Moacir, reaprender Moacir, merecer Moacir" (Ruy Castro)<br />
<br />
Veio do interior para Recife, depois João Pessoa, Rio de Janeiro, Los Angeles, mundo. Você não conhece? Nunca ouviu falar? Envergonhe-se.<br />
<br />
"Moacir foi Maestro, por concurso, da Rádio Nacional. Todos os músicos profissionais, naquela época, iam estudar música 'superior' com ele. Era um professor sensacional, meio metafísico, explicava a harmonia, os intervalos entre as notas, as dissonâncias, usando como exemplo as estrelas. Fui estudar com ele essas 'sabedorias', ficamos muito amigos e por causa dessa amizade ele começou a me mostrar as composições que fazia no piano e não mostrava a ninguém. Tocava para mim as músicas e dizia: - Olha essa 'coisa' que eu fiz, escuta essa outra 'coisa'." (Baden Powell)<br />
<br />
A palavra 'Coisa' é muito usada pelo Maestro, arranjador, compositor e saxofonista Moacir José dos Santos. Nascido em Flores do Pajeú (na verdade ali foi registrado, o local de nascimento deu-se em local incerto do interior de Pernambuco, entre Serra Talhada, Bom Nome e Belmonte), em julho de 1926 (mesmo ano de Miles Davis e John Coltrane). Entregue a uma família branca 'remediada', teve instrução ginasial e musical, para sorte nossa. Aos 14 anos, dominando vários instrumentos de banda, além de banjo, violão e bandolim, fugiu: Serrânia, Arco Verde, Recife, Catro, Timabúba, João Pessoa, onde se torna sargento-músico da PM, depois integrando a legendária orquestra de Severino Araújo, de mudança para o Rio, onde chega casado com Cleonice.<br />
<br />
"Sempre tive o anseio em produzir músicas com a catalogação erudita, como por exemplo Opus 3, Nº 1. Quando Baden Powell foi estudar comigo e me convidou para participar do disco com o baterista americano Jimmy Pratt, na antiga Phillips, o engenheiro de gravação perguntou o nome da música e eu respondi: 'Isso é uma coisa'...Aí me ocorreu a ideia de numerá-las." (Moacir Santos)<br />
<br />
Ingressando na Rádio Nacional, RJ, como saxofonista, frequenta bailes também. Mas ao contrário de muitos de seus colegas, estudou sempre e muito, formando-se em Regência e tendo como mestres Cláudio Santoro, Guerra-Peixe, H. J. Koellreuter, de quem mais tarde seria assistente, e Ernst Kreneck, com quem aprende as manhas do dodecafonismo.<br />
<br />
"A África não deixa em paz o negro, de qualquer país que seja, qualquer que seja o lugar de onde venha ou para onde vá." (Jacques-Stephen Alexis, poeta haitiano)<br />
<br />
Começa algum reconhecimento depois de promovido a arranjador e regente na Rádio, ao lado de Radamés Gnatalli, Leo Perachi e Lirio Panicalli, sendo eleito pelos colegas da Rádio 'o músico do ano'.<br />
<br />
Teve muitos alunos conhecidos e reconhecidos na música popular brasileira: Paulo Moura, Sérgio Mendes, João Donato, Raul de Souza, Doum Romão, Bola Sete, Roberto Menescal, Geraldo Vespar, Chiquito Braga, Nara Leão, Dori Caymmi etc, o que o incluiu como um dos patronos da bossa nova.<br />
<br />
Paralelamente, o maestro trabalhou com muitas e importantes trilhas para o Cinema Novo brasileiro, entre eles os filmes 'Seara vermelha', 'Ganga Zumba', 'Os fuzis', 'O beijo' e o mais importante, 'Amor no Pacífico (Love in the Pacific)', que lhe trouxe a oportunidade de trabalhar com uma orquestra de 65 excelentes músicos e lhe abriu o mercado internacional, levando-o a se mudar para os EUA, em 1967. Lá, gravou discos solos, um deles indicado ao Grammy, deu aulas e compôs trilhas para cinema (tendo trabalhado até na equipe de Henry Mancini), construindo uma sólida reputação como compositor, arranjador e docente, membro que era da Associação de Professores de Música da Califórnia.<br />
<br />
Repito aqui o que já foi merecidamente reconhecido por grande parte da melhor crítica musical: Moacir Santos produziu, nas décadas de 60 e 70, a música popular mais sofisticada e ao mesmo tempo mais enraizada nas tradições afro-brasileiras.<br />
<br />
À época do lançamento desse disco, uma coisa que se repetia muito era que a única crítica que o disco merecia era relativa ao título que, por ter sido patrocinado pela Petrobras, poderia remeter ao petróleo e não ao Maestro...<br />
<br />
Esse é um disco irretocável, mesmo sendo duplo. As músicas foram recriadas em cima dos arranjos originais, que haviam se perdido quando o selo Forma foi vendida à PolyGram (na época Philips e hoje Universal...), de vários discos: Coisas (Forma, 1965, este que já foi o disco mais valorizado no mercado dos vinis), Maestro (Blue Note, 1972), Saudade (Blue Note, 1974) e Carnival of Spirits (Blue Note, 1975).<br />
<br />
Juntamente ou posteriormente (não tenho certeza) foram lançados o Songbook (que eu tenho mas pratico e leio pouco) e um DVD (que encontrei agora no site Livraria da Folha).<br />
<br />
Muitos excelentes músicos participam do disco, entre eles Mario Adnet (que também o produziu junto com Zé Nogueira), Ricardo Silveira, Cristóvão Bastos, Marcos Nimrichter, Jorge Helder, Nailos Proveta, Teco Cardoso, Hugo Pilger, Jessé Sadoc, Marcelo Martins etc.<br />
<br />
Algumas das músicas receberam letras (por Nei Lopes) e cantores: Coisa nº 8, Navegação (com Milton Nascimento), Sou eu (com Djavan), Orfeu (com Ed Motta), Maracatu, Nação do amor (com Gilberto Gil), Oduduá (com João Bosco), De repente estou feliz (com Joyce e João Donato) e Bodas de prata dourada (com Sheila Smith e Muíza Adnet).<br />
A título de curiosidade, 'Coisa nº 6' tornou-se 'Dia de festa' com letra do Geraldo Vandré, gravada pelo próprio; aqui neste disco está a versão instrumental.<br />
<br />
Comentar cada faixa seria uma tarefa muito além da minha capacidade de traduzir esta Música em palavras, além de ficar chato por todos os detalhes musicais, então dessa vez vou transcrever os comentários do próprio Maestro diretamente do encarte.<br />
<br />
<u>CD 1</u>:<br />
<br />
'<b>Coisa nº 5 - Nanã</b>': "Fico muito feliz de vocês terem gravado a versão original porque foi assim que ouvi e assim que fiz. É uma grande procissão."<br />
<br />
'<b>Suk-cha</b>': "Foi uma rosa que ofereci à minha primeira nora que era coreana..."<br />
<br />
'<b>Coisa nº 6</b>': "Essa música é uma festa..."<br />
<br />
'<b>Coisa nº 8 - Navegação</b>': "A inspiração vem de uma música de Luiz Gonzaga, 'Vem morena' e um tema de filme americano, estrelado por Kirk Douglas, que tinha semelhança com a de Gonzaga. Apenas três notinhas foram suficientes para que construísse o meu tema. Se essas notas me impressionam é o bastante..."<br />
<br />
'<b>Amphibious</b>': "Estava viajando de João Pessoa para Recife, era maestro da Rádio Tabajara da Paraíba. Assis tocava trompete na orquestra e tínhamos muita afinidade. Ele me mostrou a primeira parte do tema, que já havíamos batizado de Amphibious e em seguida, fiz a segunda..."<br />
<br />
'<b>Mãe Iracema</b>': "É a história de José de Alencar, das duas tribos que estavam em guerra. Iracema flechou um índio rival, no olho, e ele não reagiu quando viu que se tratava de uma mulher. Ela correu para prestar socorro e então isso resultou em um grande amor entre os dois. Quando nasceu o filho ela pronunciou o nome Moacy que, em tupi-guarani, significa 'Oh, filho da minha dor'. Essa música é dedicada a todas as Iracemas..."<br />
<br />
'<b>Coisa nº 1</b>': "Foi apenas um truque rítmico, um drible de Moacir Santos..."<br />
<br />
'<b>Sou eu [Luanne]</b>': "Esse nome, Luanne, surgiu exatamente onde ele é cantado na melodia. Isso é coisa dos anjos..."<br />
<br />
'<b>Bluishmen</b>': "Bluishmen são os negros que, de tão retintos, chegam a ser azulados. Esses são de uma tribo africana que fica na costa, na mesma direção do Ceará. Deve ter sido o mesmo lugar, na época que os continentes eram uma coisa só. A paisagem é a mesma, praias, coqueiros, palmeiras..."<br />
<br />
'<b>Kathy</b>': "Foi feita a pedidos para a namorada do Rick, tropetista que tocava na minha orquestra nos Estados Unidos. Apesar do nome ter cinco letras, o fato da música ser em 5/4 é pura coincidência. Coisa dos anjos..."<br />
<br />
'<b>Kamba</b>': "Essa foi composta logo que chegamos ao Rio, em homenagem ao nascimento do nosso filho. Cleonice estava na maternidade Clara Basbaum, em Botafogo, e quando liguei para saber notícias, ele havia acabado de nascer. Comecei a cantar esa música no trem, a caminho do hospital. Nessa época, morávamos ao lado de um terreiro, ouvia frequentemente cantos de umbanda, mesmo que não quisesse..."<br />
<br />
'<b>Coisa nº 9</b>': "Isso é um lamento.''<br />
<br />
'<b>Orfeu [Quiet Carnival]</b>': "Estava dando uma aula numa escola dos Estados Unidos, chamada Nova Music, quando terminei fui para casa e ouvi no rádio uma música que estava no hit parade das 10 mais, uma coisa muito repetitiva. Dessas eu faço uma dúzia na hora! Comecei a compor uma música cheia de repetições, mudando as notas no final de cada frase. Isso fez tanto sucesso entre os músicos, que diziam que ganharia o Grammy..."<br />
<br />
'<b>Amalgamation</b>': "Estava começando um curso de música para cinema na USLA, no início dos anos 70 e comecei ese tema naquela época. Adoro quebrar formas tradicionais usando solos <i>ad libtum</i> antes de apresentar o tema. Essa música foi concluída há uns dois anos."<br />
<br />
<u>CD 2</u>:<br />
<br />
'<b>Coisa nº 7 [Evocative]</b>': "Uma brincadeira pianística..."<br />
<br />
'<b>Coisa nº 2</b>': "Antes de ir para São Paulo dirigir a orquestra da TV Record, participei de um curso de música internacional, em Teresópolis. Lá aconteceu um fato simples mas que me impressionou. N passagem entre uma aula e outra, uma moça deixou cair uns desenhos no chão e eu a ajudei a pegar. Ela estudava artes plásticas; começou então a me mostrar seus trabalhos e um deles era a pintura de uma rosa. Ela disse: 'Isso é Villa-Lobos' - apontando para a rosa. Mais tarde, em São Paulo, tive uma sensação parecida ao tocar um exercício simples, em Si Bemol, do Método de Czerny. Lembrei da história do quadro 'Villa-Lobos'. A inspiração veio dessa sensação..."<br />
<br />
'<b>Lamento astral</b>': "Nós morávamos ainda em Nova Iorque, no final dos anos sessenta. Uma noite Cleonice passou mal, eu a coloquei no chuveiro e saí desesperado pela rua, atrás de uma farmácia. Foi assim que surgiu essa melodia na minha cabeça"<br />
<br />
'<b>Maracatu, Nação do Amor</b>': "Antes de gravar o meu primeiro disco nos Estados Unidos, mostrei ao dono da gravadora Blue Note a trilha que havia feito para 'Amor no Pacífico'. Ele gostou, mas pediu que eu gravasse mais músicas ritmadas, nada tão doce como aquela trilha. Voltando para casa, olhei para o céu azul, me lembrei do Brasil e comecei a cantar essa coisa africana..."<br />
<br />
'<b>Coisa nº 4</b>': "Foi como imaginei os negros fugindo das senzalas. A melodia, com as notas longas, significa a esperança..."<br />
<br />
'<b>Coisa nº 10</b>': "Essa também é um truque musical..."<br />
<br />
'<b>Jequié</b>': "Isso é uma inspiração no modo lídio. Coloquei esse nome por causa de uma viagem que fiz à minha terra natal e passei pela cidade de Jequié"<br />
(nota minha: modos são 7, originados da cada nota escala maior, muito utilizados na Idade Média, antes e paralelamente ao sistema de tonalidades, 'primitivo' mas sempre redescoberto e reinventado; o modo Lídio é aquele que você ouve no tema dos Simpsons, por exemplo)<br />
<br />
'<b>Oduduá</b>': "Pr uma incrível 'coincidência' os letristas da primeira versão não sabiam da minha história quando escreveram a letra. Só fui descobrir meu nome completo e minha idade exata na década de oitenta, nos registros da Igraja das Flores. Acho que os anjos contaram a eles..."<br />
trecho da letra:<br />
"Diz, Oduduá, quem sou eu?<br />
Pra onde vou? De onde vim?<br />
Quem me fez voar tantos céus<br />
Navegar, tanto assim?"<br />
<br />
'<b>Coisa nº 3</b>': "Fui assistir a um filme francês e ouvi, pela primeira vez, o som das ambulâncias de lá. Voltei para casa compondo..."<br />
<br />
'<b>Anon</b>': "Anon quer dizer sem nome, vem de anônimo. É inspirada em uma marchinha de carnaval que ouvi quando era criança, em Recife. Não sosseguei enquanto não fiz alguma coisa com ela. A capoeira apareceu no caminho..."<br />
<br />
'<b>Quermesse</b>': "Compus esse tema na época da Rádio Nacional. Paulo Tapajóes era meu amigo e prometeu interceder a meu favor para ingressar no quadro dos maestros. Disse a ele que aceitaria desde que não interferisse nos meus estudos com Koellreuter. Escrevi a melodia para trompa e foi o meu tema para o programa 'Quando os maestros se encontram'. Mais tarde, nos Estados Unidos, transformei na festa que acontecia no pátio da Igreja de Flores"<br />
<br />
'<b>De repente, estou feliz</b>': "Esta foi para Cléo, completamente"<br />
<br />
'<b>Maracatucutê</b>': "Um tema típico de Moacir Santos que, de vez em quando, aparece na minha cabeça..."<br />
<br />
'<b>Bodas de prata dourada</b>': "Esta foi composta em homenagem aos nossos quarenta anos de casados. Achei que talvez não chegasse às Bodas de Ouro"<br />
[Moacir e Cleonice estavam casados há 54 anos em 2001, ano de lançamento deste CD]<br />
<br />
Moacir faleceu em 2006.<br />
<br />
Faça um favor a si mesmo, ouça!<br />
<br />
Links:<br />
<a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Moacir_Santos">Wikipedia</a><br />
<a href="http://www.ceart.udesc.br/ppgmus/prod_alunos/dissertacaoalexandrevicente.pdf">Tese de pós na UESC</a><br />
<br />
(Dão)Dãohttp://www.blogger.com/profile/00692177805712075182noreply@blogger.com2